sexta-feira, 4 de maio de 2012

Fibras ajudam a emagrecer

Novos estudos provam que o consumo de alimentos ricos em fibras auxilia e muito quem precisa emagrecer além de fortalecer o sistema imunológico. Paula Desgualdo


Elas estão ocultas na consistência crocante de uma cenoura e no sabor levemente adocicado de uma maçã. Na soja e na lentilha, aparecem aos montes. E ainda emprestam suas qualidades ao arroz integral, à aveia, à linhaça e às folhas. Diferentemente de micronutrientes como a vitamina C, que dá aos alimentos um toque cítrico, as fibras não alteram o sabor da comida — interferem muito mais na textura.
Você certamente já ouviu falar dos seus benefícios, especialmente para o bom funcionamento do intestino. Agora a ciência acaba de revelar outro megafavor que as fibras prestam à nossa saúde: ajudam a esvaziar pneus do abdômen. "Quanto maior o consumo de fibras, menor o acúmulo de gordura visceral, que fica entre o intestino e outros órgãos abdominais", garante Jaimie Davis, professora do Departamento de Medicina Preventiva na Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos. A constatação vem de um estudo que ela acaba de apresentar na China, no I Congresso Internacional de Obesidade Abdominal.
Já Huaidong Du, cientista do Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente, na Holanda, fez outro trabalho que confirma a relação entre as fibras e a circunferência abdominal. "Consumir mais de 10 gramas por dia durante um ano reduz um pouco menos de 1 centímetro de barriga", conta. Essas são duas novíssimas evidências do elo entre o consumo de fibras e a eliminação do tecido adiposo — tanto aquele escondido entre os órgãos como o que impede que o botão da calça se feche. Para desvendar o complexo mecanismo por trás da redução da barriga, no entanto, é preciso entender todas as benfeitorias que elas realizam corpo adentro. A partir de agora, você abocanhará uma cenoura ou uma maçã com muito mais satisfação.
Acompanhe o raciocínio da nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg, do Hospital das Clínicas de São Paulo: "Pessoas que consomem mais alimentos ricos em fibras tendem a ingerir menos gorduras e calorias, o que leva a um controle do peso e, consequentemente, à redução da circunferência abdominal". Mas a explicação — que provavelmente você já ouviu antes — não é a única para justificar o fato de elas murcharem os pneus.
"As fibras formam uma goma em contato com água e tornam a digestão mais lenta, fazendo com que o açúcar seja absorvido de maneira gradual", acrescenta a nutricionista Giane Sprada Mira, da Universidade Federal do Paraná, entregando uma chave importante para o enigma. E por que isso é bom? Ora, se não fosse assim, o organismo produziria mais insulina, o hormônio que coloca a glicose dentro das células. E, em excesso, ele favorece o estoque de gordura na região do abdômen — sem falar que libera o caminho para que o diabete se instale.
Da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, vem a prova de que a versão solúvel é capaz, também, de melhorar o sistema imunológico. "As fibras solúveis transformam células de defesa pró-inflamatórias em anti-inflamatórias", detalha Gregory Freund, professor de patologia da instituição. Há quem atribua essa ação a um tipo específico delas, as chamadas de prebióticas — como a inulina e os fruto-oligossacarídeos. "Elas estimulam o crescimento de bactérias benéficas na flora intestinal e bloqueiam a atividade dos micro-organismos danosos", afirma Eline Soriano, da Associação Brasileira de Nutrologia.


Segundo a especialista, o produto da fermentação das prebióticas no intestino está relacionado ainda à produção de natural killers, as células que estão na vanguarda do batalhão de defesa do organismo. Ah, sim, para aproveitá-las, invista na banana, na alcachofra, na cevada, no alho, na cebola e no centeio.
Outra enorme vantagem das fibras solúveis, de maneira geral, é a sua atração pelas moléculas de colesterol. "A betaglucana, cuja principal fonte é a aveia, se liga a essas gorduras dentro do intestino e inibe sua absorção", diz Mariana Del Bosco, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Então, junto com os sais biliares, colesterol e fibras solúveis, unidos, acabam eliminados nas fezes. Isso obriga o fígado a usar mais moléculas de colesterol para produzir a bile, mantendo-as afastadas da corrente sanguínea. O resultado é um corpo mais protegido das doenças cardiovasculares, como infartos e derrames. Antes de se perguntar onde estão escondidas essas substâncias poderosas, saiba que o bom e velho feijão é uma excelente fonte — servido com arroz integral, então, só faz potencializar o consumo diário de fibras totais.
Se por um lado o altruísmo das fibras é duradouro, não podemos dizer o mesmo desses compostos em si. A passagem delas pelo organismo tem período restrito. "Por definição, trata-se da parte comestível das plantas ou carboidratos que são resistentes à digestão e à absorção no intestino delgado", resume Mariana Del Bosco. Quer dizer: elas entram, cumprem o seu papel e vão embora, sem mergulhar na circulação como vitaminas e minerais. Por isso mesmo, embora presentes nos alimentos, o correto seria nem sequer classificá-las como nutrientes.
Recentemente, pesquisadores descobriram que essa passagem fugaz pelo corpo rende bons frutos inclusive aos pulmões e ao estômago — comer fibras ajudaria a afastar a doença pulmonar obstrutiva crônica e a gastrite. E mesmo na hora do adeus elas continuam agindo em seu favor. "Além de aumentar o bolo fecal, melhorando o funcionamento do intestino, as fibras varrem as toxinas acumuladas nesse órgão que, se ficassem muito tempo em contato com suas paredes, facilitariam o desenvolvimento de tumores", afirma a nutricionista Daniela Jobst, em São Paulo.
Seguir os preceitos da boa saúde, investindo em porções de frutas, verduras e legumes todos os dias, é o melhor caminho para atingir a recomendação diária de fibras, de 25 gramas — hoje há quem defenda um valor de até 35 gramas! Como nem todo mundo consegue alcançar essa cota, vale apostar nos alimentos que levam doses extras da substância, como pães e massas integrais e iogurtes suplementados de fibras solúveis ou com cereais.
Note que, para que qualquer item seja considerado fonte de fibras, ele deve ter, no mínimo, 3 gramas desse ingrediente por 100 gramas de alimento. "Os produtos industrializados ricos em fibras são um complemento a dietas pobres em fibras dos vegetais propriamente ditos", comenta Eline Soriano. "Mas é importante lembrar que, muitas vezes, eles são enriquecidos com um único ingrediente e deixam a desejar em relação ao resto", pondera. Em sua forma natural — ou seja, nas frutas, nos cereais e nas hortaliças —, as fibras sempre vêm bem acompanhadas de uma série de substâncias fundamentais para uma saúde equilibrada.
Os especialistas insistem que uma dieta adequada e a prática de atividade física, aliás, são parte essencial tanto do processo de emagrecimento como da busca por qualidade de vida. Uma coisa, porém, é certa: as fibras podem não ser uma solução única para os seus problemas — nada, afinal, é —, mas as suas fontes são, também, as melhores escolhas para um cardápio saudável.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

PRESERVE OS SEUS TELÓMEROS E ABRANDE O ENVELHECIMENTO
Os telómeros são as estruturas que estão implantadas nos terminais dos cromossomas. Quanto mais curtos forem os cromossomas mais aumenta o risco de envelhecimento acelerado e de doenças crónicas como o cancro e as doenças cardiovasculares. Há 8 conselhos para preservar os telómeros.  Os telómeros são as estruturais terminais nos cromossomas que se encurtam cada vez que estes se dividem, até ao ponto em que já não é possível haver mais divisão celular (limite de Hayflick) ou seja, não há lugar a mais rejuvenescimento. Não podemos modificar a idade mas podemos e devemos agir sobre os factores que contribuem para preservar o comprimento dos telómeros. 
Permaneça magra
As pessoas obesas têm telómeros mais curtos que as magras. Mas há esperança pois os obesos que perdem peso vêm os telómeros alongar-se; quanto mais massa gorda se perde maior é o alongamento dos telómeros.
Exercício físico
Um estudo com 2401 participantes demonstrou quanto mais exercício físico as pessoas praticam, mais se alongam os seus telómeros. Isto vem mostrar o interesse da actividade física regular para prevenir o envelhecimento.
Diminuir o stress oxidativo e a inflamação silenciosa
O stress oxidativo está relacionado com as agressões por radicais livres de oxigénio às membranas celulares e aos organelos das células. Estes radicais são exacerbados pelo fumo, sol, poluição, álcool, abuso de medicamentos, exposição aos pesticidas e a metais pesados. O stress oxidativo acompanha-se sempre de inflamação ! As pessoas com maior stress oxidativo e inflamação são as que têm os telómeros mais curtos. De notar que as substâncias naturais como o açafrão, as vitaminas C e E, o selénio e o zinco diminuem estas reacções aumentando o comprimento dos telómeros.
Vitamina D
Segundo um estudo em 2160 mulheres entre os 18 e os 79 anos, as que tinham os níveis mais elevados de vitamina D eram as que tinham os telómeros mais longos, equivalendo a menos 5 anos de envelhecimento celular.
Folatos (vitamina B9)
Os folatos (vitamina B9) fornecem substâncias apelidadas de grupos metilo os quais servem de percursores às bases azotadas que entram na composição do ADN e dos telómeros. Um estudo acaba de demonstrar que as pessoas com taxas elevadas de folatos têm telómeros mais longos. Encontramos esta vitamina nos espinafres, na couve, e nos espargos entre outros.
Suplementação com multivitaminas
Segundo um estudo publicado em Junho 2009 com 586 mulheres entre os 35 e 74 anos, as que consumiam mais vitaminas tinham em média mais 5.1% de comprimento nos telómeros.
Reencontre o equilibrio
O comprimento dos telómeros tem sido associado, em diversos estudos, ao stress crónico e à depressão. Segundo a laureada Dr.ª Elizabeth Blackburn, certas formas de meditação podem evitar os efeitos do stress e controlar os níveis de cortisol e insulina. Vida Sã
Finalmente, um estilo de vida sã, que compreenda um regime rico em legumes e frutos, uma actividade física regular, a prática de relaxamento, ioga ou meditação está associado a maiores telómeros, em todos os estudos.  


publicado por Anti-Envelhecimento