quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Todo CATÓLICO deveria ver esse vídeo

Este é o padre católico Joaquim Carreira das Neves, considerado o maior estudioso português da Bíblia. Esse vídeo mostra que os membros dessa religião sabem que as festas comemoradas pelo catolicismo vêm do paganismo e que existe prazer em comemorá-las, mesmo sabendo que isso desagrada ao Eterno. Além de sugar parte da história do Messias de Y'srael e interpolar textos pagãos na Brit HaDashah , eles declaram de forma aberta que os rituais e as festas mitraicas estão em suas cerimônias apenas para cristianizar os pagãos. Em outras palavras, arrecadar membros para a sua religião.
Vitaminas ABC da boa forma
Revigorantes, antioxidantes e rejuvenescedoras, as vitaminas são indispensáveis ao bom funcionamento do organismo, mas seu uso em excesso pode fazer muito mal

As vitaminas, com freqüência, são comparadas ao óleo do motor, indispensável para um bom funcionamento do automóvel. Elas participam ativamente dos processos que permitem ao nosso organismo "queimar o combustível", ou seja, produzir energia, e o ajudam a se defender das agressões geradas pelos processos de oxidação (e, portanto, dos célebres radicais livres). O problema é que nosso corpo não sabe produzir sozinho as vitaminas de que necessitamos. Assim, temos de introduzi-las a cada dia nas quantidades adequadas. Para cada uma delas foi calculada uma dose mínima recomendada, que deve ser ingerida a cada dia.
Fotos/Shutterstock
Conservação - Uma alimentação correta deveria bastar para garantir um aporte adequado de vitaminas, mas existe um problema: sabemos com certeza quais modalidades de conservação, preparação e cozimento garantem a salvaguarda do patrimônio vitamínico dos alimentos que ingerimos diariamente?
Uma pesquisa sobre as capacidades antioxidantes das maçãs, feita pela Escola de Ciências da Alimentação, da Universidade de Milão, Itália, constatou que aquelas conservadas em frigoríficos por seis meses perdem a maior parte dessa propriedade, até mesmo quando o aspecto, o perfume e o sabor da fruta permanecem perfeitos.
Cozimento - Não são apenas os processos de conservação que ameaçam o efetivo poder vitamínico dos alimentos: as verduras com as quais se prepara uma sopa são dotadas de um alto poder antioxidante, mas ele é em grande parte perdido com o cozimento. O mesmo, porém, não acontece com os ovos: eles permanecem com um notável poder antioxidante quando cozidos.
Tabaco e condicionamento físico - Verificou-se também que os fumantes têm resistência muito menor aos agentes oxidantes do que as pessoas que não fumam. O mesmo acontece para um atleta que faz grandes esforços físicos sem estar devidamente treinado, ou que está seguindo uma dieta desequilibrada e carente de algumas vitaminas. Com o aporte adequado de vitaminas e antioxidantes, a resistência aumenta notavelmente.
OS VÍCIOS QUE "QUEIMAM" AS VITAMINAS
Uma dieta equilibrada, com uma correta quantidade de frutas e verduras, deveria ser mais do que suficiente para garantir as necessidades de vitaminas e de outros micronutrientes. Certos comportamentos, porém, podem tornar insuficiente esse aporte, alterando o equilíbrio entre vitaminas ingeridas e consumidas e aumentando, portanto, as necessidades. Aqui estão os "vícios" que devem ser evitados:
TABACO - O primeiro da lista é o cigarro. Para combater a oxidação que o tabaco provoca no organismo, é recomendável tomar as vitaminas C e E, ambas antioxidantes. Calcula-se que uma fumante necessita do dobro da dose diária de vitamina C indicada para uma mulher que não fuma.

DIETAS PARA EMAGRECER - As dietas muito drásticas ou desequilibradas representam outra causa importante de carência vitamínica. Além do fato de que nessas situações ingere-se pouca vitamina, a diminuição do consumo de gorduras torna mais difícil a absorção das vitaminas lipossolúveis.

ÁLCOOL - O abuso do álcool também se reflete de maneira negativa na absorção de algumas vitaminas, sobretudo as do grupo B e a C. No caso das vitaminas A, D e E, seus depósitos no fígado são muito reduzidos.

CAFÉ - Parece que a cafeína acelera a eliminação das vitaminas hidrossolúveis.

PÍLULA - Observou-se uma redução dos níveis de vitaminas dos grupos B e C, bem como do ácido fólico, nas mulheres que usam a pílula anticoncepcional.
Quantas PÍLULAS tomar por dia para organizar as defesas?
É preciso acrescentar vitaminas à dieta? Os especialistas se dividem. Mas todos concordam que cinco porções diárias de frutas ou verduras já bastam
Supunha-se que os efeitos protetores das vitaminas - sobretudo no caso de tumores ou de patologias cardiovasculares - seriam potencializados se a pessoa ingerisse doses diárias maiores do que as recomendadas. Mas os estudos feitos até agora não permitem nenhuma certeza a respeito disso.
As primeiras observações foram muito promissoras. Constatou-se, por exemplo, uma redução do risco de infarto em mulheres que tomaram vitamina E, e do risco de tumores do estômago depois da administração de vitamina C.
Os resultados de investigações subseqüentes, contudo, não produziram confirmações disso, sobretudo no que diz respeito à vitamina A. Uma pesquisa norte-americana não revelou nenhum efeito preventivo quanto a tumores e doenças cardiovasculares em grupos de fumantes, exfumantes e trabalhadores expostos ao amianto que durante quatro anos tomaram vitamina A e betacaroteno. E não foi só isso: aqueles que tinham tomado as vitaminas pareciam correr um risco levemente superior à norma. São análogos os resultados de uma pesquisa que envolveu durante 12 anos mais de 20 mil médicos norte-americanos.
As coisas resultaram um pouco melhores em relação à vitamina E, que, numa pesquisa recente, confirmou sua capacidade de diminuir o número de infartos num grupo de pessoas que a tomavam regularmente.
Não se observou, entretanto, uma diminuição da mortalidade em relação a quem não tomava essa vitamina. Atribui-se também à vitamina E um papel protetor em relação à diabete e à catarata.
Em qualquer caso, porém, é indiscutível que uma dieta rica em frutas e verduras seja muito favorável quanto ao risco de tumores e de doenças cardiovasculares. Da mesma forma, é certo que determinados hábitos estão associados à diminuição das capacidades de defesa do organismo e a carências de vitaminas. O fumo de um único cigarro contém bilhões de radicais livres e provoca a destruição da vitamina C. Isso não significa, é claro, que a solução dos problemas causados pelo tabaco seja o consumo de vitamina C. Os danos que ele provoca estão ligados à redução das defesas do organismo contra a oxidação.
Em muitos momentos da vida, o consumo de vitaminas é especialmente importante. Encaixam-se nessa condição crianças em fase de crescimento, pessoas em situações de estresse psicofísico prolongado, de convalescença, de idade avançada, mulheres durante a gravidez e a amamentação.
Um adequado aporte de vitaminas representa também uma maneira de contrabalançar alguns efeitos da poluição. É certo que algumas vitaminas desempenham uma ação eficaz de proteção contra várias substâncias intoxicantes. Elas reduzem e em alguns casos impedem a formação de radicais livres - moléculas que danificam, por oxidação, diversas estruturas celulares, favorecendo o processo de envelhecimento e a proliferação de células tumorais.
O organismo humano necessita de pelo menos 13 vitaminas: A, B1, B2, B6, niacina, PP, C, D, e E. As vitaminas B5, B12 e K são sintetizadas pela flora intestinal em quantidade suficiente, enquanto a vitamina D é produzida pela exposição da pele aos raios solares. As demais devem ser introduzidas com a dieta, especialmente por meio de alimentos crus e frescos, como frutas, verduras, ovos e leite.
Cada vitamina tem uma função particular. Algumas, como a A e a E, são necessárias para a manutenção da integridade dos tecidos epiteliais, que nos protegem das agressões externas de bactérias e de vírus. Outras - como o grupo de vitaminas B - são indispensáveis na construção de determinadas enzimas, parte básica de diversas reações metabólicas. A necessidade média diária do homem (ver tabela na página seguinte) varia de pessoa a pessoa e em relação aos mais diversos fatores ambientais, dietéticos, de comportamento, de tratamentos médicos, etc. Por exemplo, o uso prolongado de medicamentos - particularmente os antibióticos - pode comprometer a síntese, pela flora intestinal, de algumas vitaminas do grupo B.
Por outro lado, sabe-se que, desde a mais remota antigüidade, carências de vitaminas provocaram verdadeiras epidemias. O exército de Napoleão perdeu um enorme número de soldados na campanha da Rússia não apenas pelo frio do inverno, mas também por conta do escorbuto, doença que pode ser fatal, originária da falta de algumas vitaminas, sobretudo a C. Mas apenas em 1907 os cientistas Froelich e Holst mostraram experimentalmente que a presença de "misteriosas substâncias nos alimentos" impedia a manifestação de algumas doenças. Foi o químico polonês Funk quem, anos depois, chamou essas substâncias de vitaminas, ou seja, substâncias indispensáveis para a vida.
Nem falta, nem excesso
Em algumas fases da vida as vitaminas são ainda mais necessárias. Mas atenção: o exagero pode criar vários problemas
Um justo aporte de vitaminas é indispensável. Mas não se deve de nenhum modo superar as dosagens aconselhadas. A convicção de que as vitaminas nunca fazem mal, até mesmo quando tomadas em doses exageradas, é um equívoco.
Enquanto as vitaminas hidrossolúveis (a C e as do grupo B) em excesso são eliminadas com a urina, as lipossolúveis (A, D, E e K) se acumulam no organismo e podem provocar graves efeitos colaterais. A vitamina A, em particular: quando suas doses diárias superam 10 mil unidades (U.I. = Unidade Internacional), podem ocorrer sonolência, cefaléias, vômito, perda de cabelo, pruridos, escamações da pele e hipercalcemia. E altas doses tomadas durante a gravidez podem causar danos ao feto.
Entre todas as vitaminas lipossolúveis, a que mais provoca graves efeitos tóxicos quando tomada em excesso é a D, presente em quantidades notáveis em muitas fórmulas de vitaminas e em alguns produtos de integração dietética. Doses diárias de 60 mil U.I. (1,25 miligrama) podem provocar hipercalcemia, afrouxamento muscular, apatia, cefaléia, náusea e vômito, dores nos ossos, calcificações vasculares generalizadas, hipertensão e arritmia cardíaca.
PARA QUE SERVEM E ONDE SE ENCONTRAM
Estas são as substâncias nas quais se encontram as principais vitaminas, quais funções elas desempenham e quais são as doses mínimas diárias recomendadas
PERDAS NA COZINHA
Conservação inadequada e erros de preparação podem comprometer o conteúdo real de vitaminas de vários alimentos. Veja como evitar essas perdas:
A verdura fresca não deve permanecer muito tempo imersa na água: deve ser lavada rapidamente. Isso é importante sobretudo para as vitaminas do grupo B e para a C.
Frutas e verduras devem ser cortadas com uma faca afiada; o esmagamento pode destruir as vitaminas A e C.
As vitaminas A e E se perdem logo após o contato com o ar; portanto, frutas e verduras devem ser comidas assim que forem cortadas.
Quanto ao cozimento, é bom lembrar que os recipientes de cobre provocam a destruição do ácido fólico e das vitaminas C e E.
Em termos de vitaminas, é mais recomendável consumir uma verdura congelada do que uma fresca conservada vários dias na geladeira. Mas atenção: para manter intacto o patrimônio de vitaminas das verduras congeladas, elas devem ser descongeladas somente no instante do cozimento.
Algumas vitaminas hidrossolúveis, como é o caso da B6, também se revelaram tóxicas, sobretudo quando tomadas em dosagens elevadas por longos períodos. A vitamina B6, ou piridoxina, em doses superiores a um grama pode causar graves neuropatias periféricas, com acentuada perda da sensibilidade à dor, tátil e térmica e com redução dos reflexos nos pés e nas mãos.
No caso da vitamina B3 (niacina), foram assinalados casos nos quais dosagens acima de 500 miligramas podem causar graves lesões hepáticas.
O modo mais seguro de se tomar doses adequadas de vitaminas é, sem dúvida, o consumo diário de frutas e de verduras frescas, da estação, que garantem um aporte equilibrado de vitaminas para o nosso organismo.
A idade das carências
É necessário não tomar vitaminas em excesso. Mas também é preciso se preocupar com a carência delas. Estas são as fases da vida que requerem mais atenção: Crescimento e puberdade. Nesses períodos convém comer muita fruta e verdura devido a uma maior solicitação do metabolismo energético do organismo, e por conta da síntese dos hormônios.
Gravidez e amamentação - Convém garantir um adequado aporte de ácido fólico a partir de dois meses antes da gravidez.
Terceira idade - Os idosos correm risco de carência por dificuldade de mastigação, digestão e absorção dos alimentos, afora possível redução do apetite ou desconfortos psicossociais.
Uma carência de vitaminas também pode se instalar após algumas doenças (infecções de certa gravidade, por exemplo), terapias prolongadas (com antibióticos, barbitúricos, etc.), pela intensa atividade esportiva e pelo fumo.
Revista planeta

2012: ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS - URGENTE - Parte 1 de 3

2012: ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS - URGENTE - Parte 2 de 3

2012: ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS - URGENTE - Parte 3 de 3

Degelo silencioso
Fotos registram o esvaecimento sistemático da crosta da GroenIândia.

Fotos Nick Cobbing
O Iceberg desprendido da geleira de Frederikshaab Isblink, no oeste da Groenlândia.
O fotógrafo inglês Nick Cobbing viajou para a Groenlândia cinco vezes, com apoio de universidades e organizações ambientalistas, para documentar o impacto das mudanças climáticas no Ártico, recebendo vários prêmios de fotografia na Europa e nos Estados Unidos. No verão de 2010, voltou à região, a bordo do barco Arctic Sunrise, do Greenpeace, e documentou expressões de um aumento da temperatura local de 2,4ºC em relação à média de 1971 a 2000. No ano passado, 419 km2 de gelo derreteram na ilha, três vezes mais do que nos últimos dez anos, segundo a agência norte-americana Nasa. Confira o que ele viu.

O Verão ártico: um veleiro observa a geleira do arquipélago de Svalbard, no norte da Noruega, desaguar no mar.
A temperatura mais alta beneficia as papoulas do Ártico, as flores mais setentrionais do planeta

O Arctic Sunrise, do Greenpeace, abre caminho no mar gelado.

Aldeia de Narsaq, vista entre icebergs.
Água cristalina da geleira Petermann, fotografada de helicóptero.
 



O ecologista Joe Constantine, do Greenpeace, navega de caiaque na geleira Humboldt.
Gelo derretido na geleira Humboldt, a maior do Hemisfério Norte.

Urso-polar no Canal de Robeson, entre a Groenlândia e o Canadá. O hábitat desses animais está desaparecendo.
A borda do iceberg revela o derretimento induzido pela mudança da temperatura.


Rios degelados na geleira Petermann.
Medição da espessura: o derretimento está diminuindo a salinidade e aumentando o nível da água do Oceano Ártico.  
Revista Planeta
 
 

Adoçantes sem segredos


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Adoçantes sem segredos

Eles são unanimidade na mesa de quem quer maneirar no açúcar. Por causa dos mitos que rondam seu consumo, SAÚDE elucida as dúvidas mais recorrentes

Adoçantes sem segredos

por Thais Manarini


Quando bate o desejo de levar uma vida mais equilibrada, a maioria das pessoas não demora a trocar o açúcar de mesa pelo adoçante. Aliás, do nicho de alimentos considerados saudáveis, ele é o que mais faz sucesso entre os brasileiros. Segundo levantamento da empresa de pesquisas Kantar WorldPanel, os edulcorantes — como também são conhecidos — marcam presença em 30,8% dos lares, seguidos por bebidas de soja (18%) e iogurtes funcionais (15%).
De olho nessa grande aceitação, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) desenvolveu uma cartilha chamada Adoçantes — Tire Suas Dúvidas. Lançado em setembro, durante o XV Congresso Brasileiro de Nutrologia, em São Paulo, o material esclarece diversos questionamentos que o produto ainda gera, como seu papel no ganho de peso e até no surgimento de tumores. Para que as suspeitas não azedem sua relação com o substituto do açúcar, também abordamos algumas das dúvidas mais relevantes.

Para quem é recomendado

O adoçante artificial surgiu no início do século passado tendo como público-alvo a turma que tem diabete. é que os portadores dessa doença não produzem insulina, ou pelo menos resistem à ação desse hormônio, e, daí, o açúcar não adentra as células — fica boiando na circulação. “mas, aos poucos, o mercado se expandiu para atender também aqueles que desejam cuidar da forma física”, conta a bioquímica aureluce demonte, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade estadual de São Paulo. no caso dos alimentos industrializados, é preciso bastante atenção. “ao serem processados, muitos produtos perdem o açúcar e, no lugar, ganham mais gordura”, diz a bioquímica. Portanto, não confunda: o produto diet, que leva um adoçante em substituição ao açúcar natural, é indicado apenas para quem é diabético e não arrisca ficar com a glicose nas alturas. Já no produto light há uma diminuição de açúcar ou de gordura e, por isso, seu uso é aconselhado para o pessoal que segue uma dieta restritiva pelo bem da cintura fina.

As contraindicações
Alguns tipos de adoçante não são bem-vindos a grupos específicos. Um exemplo é o aspartame, que nunca deve ser consumido por quem tem uma doença genética chamada fenilcetonúria. “isso porque ele tem fenilalanina, um aminoácido que os portadores desse problema não conseguem metabolizar”, explica a nutricionista Juliana da Cunha, professora da Universidade Federal de Goiás. outros adoçantes, como a sacarina e o ciclamato, também devem ser vistos com cautela, sobretudo por hipertensos. isso porque a dupla carrega sódio na fórmula. Quando esse mineral se acumula no sangue, a pressão sobre as artérias sobe que nem foguete, aumentando o risco de complicações cardiovasculares. “as gestantes e crianças também precisam de orientação especial antes de usar qualquer tipo de edulcorante”, lembra a nutricionista nairana borim, do Hospital alemão oswaldo Cruz, em São Paulo.

Artificiais versus naturais
Adiferença entre as duas versões está, basicamente, na forma de obtenção. enquanto os adoçantes naturais são provenientes de plantas, os artificiais são produzidos quimicamente, dentro do laboratório. no quesito saúde, não se deixe enganar: nenhum deles é considerado mais benéfico. “ambos passam pelos mesmos critérios de análise antes de serem liberados para a população. Portanto, dá para dizer que todos são igualmente seguros”, afirma a nutricionista adriana alvarenga, representante da abiad, na capital paulista.

Engorda?


“Não. o ganho de peso é resultado de um descompasso entre a ingestão e o gasto de calorias”, sentencia aureluce demonte. ou seja: por si só, o consumo do adoçante não é capaz de fazer o ponteiro da balança disparar. ele até ajuda a desinflar os pneus, porque tende a reduzir o valor calórico dos alimentos. mas o bom senso é sempre bem-vindo. “de nada adianta usar o adoçante e comer em dobro”, diz veridiana de rosso, engenheira de alimentos e professora da Universidade Federal de São Paulo.

Vontade de atacar a geladeira

Algumas evidências apontam que o adoçante não é tão eficaz quanto o açúcar na hora de liberar estímulos relacionados à saciedade. assim, ao ingeri-lo, a tendência seria multiplicar as porções dos alimentos ou sentir uma vontade maluca de abocanhar doces. “o fato é que a composição total da dieta também interfere nessa resposta do organismo”, ressalta Juliana da Cunha. logo, é cedo para culpar os edulcorantes pelos surtos de gula. “muitas vezes, a pessoa come em maior quantidade por achar que pode compensar, e não por causa do adoçante em si”, pondera nairana borim.

Causa câncer?


Essa dúvida começou a amedrontar meio mundo quando foi divulgado um estudo associando o uso de sacarina a uma maior incidência de tumor de bexiga em cobaias. “isso, no entanto, nunca foi comprovado em seres humanos”, avisa aureluce demonte. Quem também se posiciona é adriana alvarenga: “além de serem feitas com animais, essas pesquisas normalmente utilizam uma dose enorme de adoçante, muito difícil de atingir no dia a dia”. as especialistas ainda frisam que o câncer é uma doença multifatorial — isto é, a combinação entre herança genética e exposição a agentes cancerígenos, por exemplo, tem influência no quadro. moral da história: não faz sentido, até o momento, culpar os emuladores do açúcar pelo desenvolvimento de um tumor.

O melhor adoçante


Como ficou claro, todos são livres de risco. então, ao julgar qual é mais vantajoso, geralmente são avaliadas características como sabor e versatilidade. nesses pontos, a sucralose parece ganhar. afinal, seu gosto é bem semelhante ao do açúcar, não deixa sabor residual, a solubilidade em água é alta, pode ir ao forno e é isenta de calorias. o ciclamato e a sacarina, por outro lado, fazem as pessoas de paladar mais sensível torcerem o nariz. Já o problema do aspartame é que não cai bem em receitas quentes: “em altas temperaturas, ele perde o poder de adoçar”, informa veridiana de rosso. essas e outras curiosidades sobre os adoçantes mais consumidos estão no quadro à direita.

Os principais tipos
Revista Saúde Vital

Hora de acelerar o metabolismo


Hora de acelerar o metabolismo

Chega o verão e bate aquela vontade de se despedir dos quilos a mais. Saiba o que a ciência aconselha a fazer para incrementar a queima de calorias

Hora de acelerar o metabolismo


por Diogo Sponchiato e Caroline Randmer


Virada de ano é sinônimo de renovar as promessas e cumprir aquelas pendentes. Um compromisso marcante na agenda de muita gente é se livrar das gorduras que estão sobrando e, assim, afinar as medidas. Só que, no momento de botar o plano em prática, vem à cabeça uma porção de obstáculos que emperrariam o sonho do corpo em forma. Nesse momento, a culpa recai quase sempre sobre uma palavrinha mágica, o metabolismo. E aí soltamos ou ouvimos a boa e velha frase: "Tenho dificuldade de emagrecer porque meu metabolismo é lento". A essa corriqueira desculpa a ciência responde: isso não passa de balela!

A queima de calorias não depende exclusivamente da idade biológica ou da maquinaria interna que faz o organismo funcionar. Ele reage, na verdade, aos estímulos gerados por nossos hábitos. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade Justus-Liebig, na Alemanha, após acompanhar por quase uma década mais de 500 homens e mulheres acima dos 60 anos. Os especialistas perceberam que o metabolismo permanecia mais ativo entre as pessoas que faziam exercícios físicos rotineiramente. "O gasto energético até desacelera com o avançar da idade, mas o estilo de vida, sobretudo a prática de esportes, minimiza esse declínio", afirma a fisiologista do exercício Ivani Manzzo, professora da Universidade Nove de Julho, em São Paulo. Isso significa que ajustes no dia a dia — e aqui entram a malhação, o cardápio e até a qualidade do sono — incentivam a gente a tostar calorias e, assim, perder peso ou conservá-lo no patamar ideal.

Mas, afinal, o que se entende por metabolismo? O termo resume uma gama de reações fisiológicas que controlam o saldão ou o estoque de energia para manter o corpo vivo. "O gasto calórico está baseado principalmente no metabolismo basal, que é o consumo de energia em repouso capaz de assegurar nossas funções vitais, e nos efeitos da atividade física e da dieta", explica a nutricionista Regiane Lopes de Sales, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Acontece que algumas atitudes diárias fazem as engrenagens do corpo humano rodarem mais rápido, ou seja, elevam o ritmo com que usamos nossas reservas mesmo horas depois de suarmos a camisa ou terminar a refeição.

Antes de explorarmos um dos principais pilares que sustentam o metabolismo acelerado, devemos esclarecer que o gasto calórico tende a variar um pouco de pessoa para pessoa — é claro que há exceções à regra, que conspiram a favor da obesidade. E ele responde diretamente à atividade dos hormônios. "Os homens costumam ter mais facilidade para manter-se em forma por causa do nível elevado de testosterona, que aumenta o consumo energético", diz Ivani. Já no corpo feminino, a gestação e a menopausa também repercutem nesse enredo e não é à toa que muitas mulheres engordam depois de ter o bebê ou parar de menstruar.

No entanto, é possível prevenir e inclusive remediar, pelo menos em parte, a situação. A chave que aciona as engrenagens, independentemente do sexo e da idade, é a tão receitada atividade física, conduta básica para impedir que o organismo não venha a se tornar uma poupança descomunal de calorias. "Os exercícios deixam as células mais sensíveis à ação de alguns hormônios, o que acaba intensificando o gasto calórico", conta a bioquímica Viviane Abreu, professora da Universidade de São Paulo.

Não é novidade que a malhação enxuga os reservatórios de gordura. Mas há algumas táticas, que, com aval científico, ativam o metabolismo não apenas no período que se passa na academia. Com elas, o dispêndio de calorias se prolonga depois da sessão de exercício. Comecemos com a musculação. "Ela propicia microlesões nos músculos e o reparo delas demanda maior trabalho do corpo", explica o educador físico Marcio Scomparin, da rede Monday Academia, na capital paulista. Fora isso, a musculatura é um tecido guloso por natureza. Assim, se ela for constantemente exigida, a energia é usada e não se acumula na forma de gordura.

A intensidade e o ritmo também instigam a liquidação calórica. Daí a vantagem do treino intervalado, que combina caminhada leve e corrida, por exemplo. Ao alterar a frequência cardíaca, ele faz o corpo entender que precisa continuar mais pilhado. E o efeito permanece até três horas após o esforço. Só não caia na tentação de conservar por meses a fio os mesmos tempos, as mesmas cargas... "Aí o corpo se adapta e aquilo vira rotina. O treino deve sofrer variações depois de um a três meses", diz Scomparin.

O metabolismo, contudo, não gira em função exclusiva da atividade física. Ele também é influenciado pela dieta. "Alguns alimentos exercem um efeito termogênico, isto é, aumentam a temperatura corporal, ocasionando maior desembolso de calorias", diz a nutricionista Elaine de Pádua, de São Paulo. Só devemos levar em conta que esse fenômeno tem um limite e depende da ingestão diária de certos nutrientes. "Ele corresponde a até 10% do consumo energético no organismo", estima Regiane Lopes de Sales.

E quem está por trás do efeito termogênico? A proteína tem larga vantagem sobre outros macronutrientes — carboidratos e gorduras. É por isso que cardápios altamente proteicos facilitam a perda de peso. "No entanto, esse tipo de dieta não é fácil de ser seguida e muita gente se vale dela de forma equivocada. Isso porque boa parte das fontes de proteína, como carnes, são também carregadas de gordura", ressalva Regiane. A saída, nesse caso, é incrementar as doses do nutriente, mas procurar cortes magros e variar as opções à mesa — peixes e legumes também contribuem com essa cota.

Recentemente, averiguou-se que tipos específicos de lipídio teriam capacidade de fazer a temperatura corporal subir e, assim, torrar mais calorias. Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro aposta suas fichas nas substâncias encontradas no óleo de coco virgem. Regado sobre a refeição, ele induziria mais termogênese e saciedade. Só vale lembrar que, se o assunto é perder peso, o óleo deve fazer parte de um menu balanceado, sem direito a exageros.

Há, na realidade, uma fornada de substâncias sob investigação com potencial para esquentar o organismo e fazê-lo derreter seus estoques gordurosos. Já demonstraram sua eficácia a capsaicina, da pimenta e do gengibre, e a catequina, do chá verde. E sabe aquela história de que água gelada emagrece? Pois uma investigação do Sheba Medical Center, em Israel, comprovou que ela tem mesmo essa vocação. "A hidratação dos músculos faz com que eles dispensem mais energia", acredita o autor, Gal Dubnov-Raz. Com o líquido frio, o corpo sofre uma espécie de estresse e gasta calorias para entrar em equilíbrio de novo.

Embora os exercícios somados ao cardápio representem a principal forma de mexer com o metabolismo, ainda há outros fatores que interferem nele de forma mais indireta. Como toda ajuda é bem-vinda na hora de expulsar a gordura excedente, vale a pena analisá-los e, o principal, adotar algumas estratégias que, segundo novas pesquisas, dão aquele empurrão no extermínio calórico. Uma delas é a quantidade e a qualidade do sono. Sabe aquela conversa de que dormir ajuda a emagrecer? Ela tem fundamento se considerarmos a influência das horas sobre a cama no balanço energético. "A privação de sono tem um efeito até mesmo imediato, deixando o metabolismo mais lento logo no dia seguinte", diz o neurologista Walter Moraes, da Universidade Federal de São Paulo.

O que acontece de bom quando a gente está deitado e sonhando? "É no sono que o corpo libera o hormônio do crescimento, fundamental para conservar a massa muscular nos adultos", explica Moraes. Além disso, sob repouso, o organismo regula a produção de leptina, hormônio envolvido com a saciedade. Quem foge do travesseiro fica mais mole, com uma musculatura menos sedenta de energia e, na contramão, persiste com a fome de leão.

Muitas vezes, não é que a gente queira deixar de dormir, mas algo dificulta a tarefa de pregar os olhos. Como você deve saber, o principal patrocinador de noites em claro é o estresse. Minimizá-lo, por meio de atividades prazerosas e esportes, melhora não só o descanso como ainda tira da frente outro sabotador do metabolismo. A tensão faz o corpo, num primeiro momento, aniquilar calorias. Quando se torna crônica, porém, o tiro sai pela culatra. "Essa condição aumenta o apetite e favorece o acúmulo de gordura", avisa a endocrinologista Cintia Cercato, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.


Até banhos de sol incentivam o organismo a dar adeus aos pneus. O benefício, nesse caso, não vem do calorão que baixa sobre a pele, mas, sim, da vitamina D. Um trabalho da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, aponta que o nutriente obtido via exposição solar ajuda a regular o metabolismo e a murchar a barriga. Agora não tem desculpa: chegou o verão, é hora de emagrecer de vez.

Quem rege o metabolismo
O balanço energético que garante a nossa sobrevivência depende de um conjunto de reações químicas protagonizadas especialmente por hormônios. O regente da orquestra é o hipotálamo, área do cérebro que controla a fome, a saciedade e a temperatura interna. Também participam dessa história os músculos, o fígado, os rins e o tecido adiposo, que guardam ou proveem energia em situações de estresse e emergência.

Treinos que torram calorias
As práticas e os macetes que dão um gás ao metabolismo

Musculação
Levantar peso ajuda a expandir a massa magra em detrimento da gorda e os músculos exigem mais energia para serem mantidos na ativa. Além disso, o reparo das fibras musculares por si só eleva o gasto calórico. Só não se esqueça de que o número de séries e as cargas devem mudar de tempos em tempos para o corpo não se acostumar.

Treino intervalado
Ele pode ser aplicado às modalidades aeróbicas ou à musculação. No primeiro grupo, trata-se de alternar, por exemplo, caminhada e corrida intensa. No segundo, pode-se misturar exercícios para os braços ou pernas com corridas ou pedaladas. Como o corpo não descansa totalmente, o gasto energético dispara — e isso persiste algumas horas após o treino. "Esse programa esgota mais rapidamente os estoques de glicose e obriga o organismo a queimar gordura", explica a educadora física Ana Dâmaso, da Universidade Federal de São Paulo.

Exercícios vigorosos
Uma nova pesquisa da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, revela que combinações de exercícios que trabalham ao máximo o aproveitamento de oxigênio fazem a queima de energia perdurar até 14 horas depois do suadouro. Os treinos propostos por boxe e artes marciais podem proporcionar efeito parecido devido à sua intensidade.

Anabolismo e catabolismo
Esses dois palavrões têm tudo a ver com o equilíbrio energético. Enquanto o primeiro se refere à faculdade de armazenar fontes de energia, o segundo se reporta à quebra de moléculas que são usadas pelo corpo como combustível em períodos de necessidade. A dupla trabalha em sincronia e o resultado é o que conhecemos por metabolismo. Quando o processo catabólico se acentua, por mudanças de hábito, a gente perde peso.


Trocas à mesa pró-metabolismo

No que maneirar e no que investir para elevar a queima de calorias

MENOS DESSES...

Gorduras saturadas e trans
Fornecidas pelas carnes e por produtos industrializados, elas fazem com que o tecido adiposo fique mais volumoso quando ingeridas em excesso.

Açúcar
Ele é rapidamente absorvido na circulação e, assim, convertido ligeiro em energia. Quando se abusa, porém, desequilibra, com o tempo, a produção de insulina e o excedente de glicose se deposita na forma de gordura.

Massa refinadas
O raciocínio é semelhante ao do açúcar. Quem exagera nas massas brancas corre mais risco de engordar e ganhar barriga. Prefira as integrais, enriquecidas com fibras, que regulam os picos de glicose no sangue e prolongam a saciedade, além de demandarem mais energia para serem digeridas.

...E MAIS DESSES

Proteína
Ela cobra mais trabalho do corpo para ser quebrada no sistema digestivo e eleva a temperatura interna. Priorize cortes magros e sirva-se de peixes e legumes.

Gengibre e pimenta
Eles abrigam capsaicina, substância que faz a temperatura corporal decolar. Só não adianta comer uma vez por semana. O consumo dever ser diário.

Chás verde e branco
Eles têm catequinas, que elevam o gasto energético e maximizam a eliminação dos pneus.

Leite e derivados
O cálcio ofertado por eles reduz a absorção de ácidos graxos e aumenta a capacidade do corpo de esvaziar os depósitos adiposos.

Óleo de coco virgem
Alvo de pesquisa recente, ele tem substâncias que disparam a temperatura do organismo e controlam o apetite desenfreado.

Fat burners funcionam?
Os suplementos que prometem eliminar as gordurinhas viraram febre nas academias. Mas um levantamento da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, pontua que ainda faltam evidências sobre sua eficácia. "Muitos deles possuem hormônios que até aceleram o metabolismo, mas podem ter efeitos colaterais", diz o endocrinologista Renato Zilli, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.


Doenças que pisam no freio metabólico

Algumas desordens boicotam o balanço energético e dificultam o emagrecimento. Fique de olho

Hipotireoidismo
O déficit na produção dos hormônios da tireoide faz todo o corpo trabalhar em ritmo preguiçoso. O metabolismo desacelera e, aí, o indivíduo tende a engordar. Felizmente, a reposição hormonal reverte o problema.

Constipação intestinal
Esse distúrbio, mais comum em mulheres e idosos, pode ser indício de um gasto calórico abaixo da média e ainda piora o quadro porque estorva a absorção de nutrientes, entre eles os termogênicos.

Déficit de testosterona
A queda nas taxas do hormônio masculino corta um estímulo natural aos músculos, que são grandes consumidores de energia, e favorece o acúmulo de calorias na forma de gordura.

Males hepáticos
Quando o fígado sofre por causa do excesso de gordura ou da cirrose, ele perde parte da capacidade de produzir moléculas que aceleram as reações químicas do organismo e de disponibilizar glicose quando necessário.

A antigordura
É o tecido adiposo marrom, que vem sendo cada dia mais estudado como promessa no combate à obesidade. Diferentemente da gordura branca, que armazena energia, esse outro tipo utiliza calorias para manter a temperatura do corpo num estágio adequado. Como suas reservas são pequenas comparadas ao tecido branco, avaliam-se formas de intervir e aumentar sua concentração.

Revista Saúde Vital

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Cientistas encontram sinais da existência da 'partícula de Deus'


Cientistas encontram sinais da existência da 'partícula de Deus'

Durante um seminário do Cern, organização que opera o GCH, nesta terça-feira, cientistas anunciaram que dois experimentos no colisor conseguiram encontrar sinais que podem ser do bóson de Higgs, causando furor na comunidade científica.
No entanto, os pesquisadores ainda não tem dados suficientes para reivindicar verdadeiramente a descoberta.
Encontrar o bóson de Higgs seria um dos maiores avanços científicos dos últimos 60 anos. De acordo com os cientistas, ela é crucial para a compreensão do universo, mas nunca foi observada em experimentos.

Qualidade 'excepcional'

Dois experimentos separados no Grande Colisor de Hádrons - Atlas e CMS - procuram separadamente pela partícula.
A teoria do Modelo Padrão não prevê uma massa exata para o bóson de Higgs. Por isso, os físicos precisam utilizar aceleradores de partículas como o GCH para procurar o bóson dentro de um intervalo de massas.
"Descobrir a partícula confirma que a abordagem que estamos usando para entender o universo está correta."
Tara Shears, da Universidade de Liverpool
O Atlas e o CMS procuram sinais da partícula entre bilhões de colisões que ocorrem em cada experimento do GCH. Evidências da existência dela apareceriam como pequenos "picos" nos gráficos dos físicos.
Nesta terça-feira, os diretores dos dois projetos disseram ter encontrado estas evidências no intervalo de massa entre 124 e 125 giga elétron-volts (GeV) - cerca de 130 vezes mais pesado do que os prótons encontrados no núcleo dos átomos.
"O excesso (referindo-se ao "pulo" nos dados) pode ser o resultado de uma flutuação, mas também pode ser algo mais interessante. Não podemos excluir nada neste estágio", disse Fabiola Gianotti, porta-voz do Atlas.
Guido Tonelli, porta-voz do CMS, disse que "o excesso é muito compatível com um (bóson de) Higgs do Modelo Padrão nos arredores de 124 giga elétron-volts e abaixo disso, mas a significância estatística dele ainda não é suficiente para dizer nada conclusivo".
"O que vemos é consistente tanto como uma flutuação como com a presença do bóson."
A confirmação estatística da medida obtida pelos experimentos ainda é muito baixa para classificá-la formalmente como uma descoberta.

Mecanismo do universo

Colisão de feixes de prótons. | Foto: PA
Partícula pode ajudar a entender a formação do universo
Segundo os cientistas, quando o universo esfriou após o Big Bang, uma força invisível conhecida como o campo de Higgs teria se formado juntamente com o bóson de Higgs.
É este campo que dá massa às partículas fundamentais que formam os átomos. Sem ele, estas partículas passariam pelo cosmos na velocidade da luz e não conseguiriam se aglutinar.
O modo como o campo de Higgs trabalha foi associado ao modo como fotógrafos e repórteres se reúnem ao redor de uma celebridade. O grupo de pessoas é "atraído" fortemente pela celebridade e cria resistência ao seu movimento em um salão, por exemplo.
Dessa maneira, o grupo dá "massa" àquela celebridade, tornando sua movimentação mais lenta.
"A questão do (bóson de) Higgs é que sempre dizemos que precisamos dele para explicar a massa, mas sua importância real é que precisamos dele para entender o universo", disse à BBC Tara Shears, física especializada em partículas, da Universidade de Liverpool.
"Descobrir a partícula confirma que a abordagem que estamos usando para entender o universo está correta."
Estas preocupações motivam o esforço do Cern para destacar o bóson de Higgs e outros fenômenos usando o GCH.
O Grande Colisor de Hádrons fica em um túnel circular de 27 quilômetros de comprimento na fronteira entre a França e a Suíça, repleto de ímãs que "conduzem" partículas de prótons pelo imenso anel.
Em certos pontos do trajeto, o colisor faz com que os feixes de prótons se choquem uns com os outros a uma velocidade próxima à velocidade da luz, para que seja possível detectar outras novas partículas nos resultados da colisão.

BBC Brasil