sexta-feira, 11 de julho de 2014

Déficit de sono tem efeito 'dramático' sobre o corpo humano, conclui estudo

Déficit de sono tem efeito 'dramático' sobre o corpo humano, conclui estudo


Foto: BBC
Quantidades insuficientes de sono durante um período prolongado pode ter efeito profundo sobre o funcionamento do corpo humano, segundo pesquisadores britânicos.
Um experimento concluiu que a atividade de centenas de genes no organismo de voluntários foi alterada quando eles dormiram menos de seis horas por noite durante uma semana.
Em artigo na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os pesquisadores disseram que os resultados do estudo ajudam a explicar como o sono insuficiente prejudica a saúde.
Doenças cardíacas, diabetes, obesidade e mau funcionamento do cérebro foram vinculados ao pouco dormir.
O processo pelo qual o déficit de sono altera a saúde, no entanto, ainda não é conhecido.
A equipe da Universidade de Surrey, na Inglaterra, coletou amostras de sangue de 26 pessoas após elas terem dormido bastante - até dez horas por noite - durante uma semana.
Na segunda fase do experimento, o mesmo grupo foi submetido a uma semana de sono insuficiente - menos de seis horas por noite. Amostras de sangue foram colhidas novamente.
Ao comparar as amostras, os cientistas observaram que a atividade de mais de 700 genes no organismo dos participantes foi alterada após a mudança no padrão do seu sono.

Configuração química

Cada gene contém instruções para a fabricação de uma proteína. Portanto, os que ficaram mais ativos produziram mais proteínas. Isso alterou completamente a configuração química no corpo dos voluntários.
O relógio natural dos seus organismos também foi perturbado pela falta de sono. A atividade de alguns genes aumenta e diminui no decorrer do dia, mas esse efeito foi enfraquecido pelo déficit de sono.
Falando à BBC, Colin Smith, da Universidade de Surrey, disse que "houve uma mudança dramática na atividade de muitos tipos diferentes de genes".
"Áreas como o sistema imunológico e a forma como o organismo reage a danos e estresse foram afetadas", agregou. "Claramente, dormir é essencial para a reconstrução do corpo e a manutenção de um estado funcional. (Caso contrário) vários tipos de danos parecem acontecer, o que pode resultar em doenças. Se não podemos reabastecer ou substituir células, isso leva à (formação de) doenças degenerativas."
O especialista disse que muitas pessoas podem estar vivendo com déficits de sono ainda maiores do que os estudados. Isso significa que essas mudanças nos genes podem ser comuns.
Comentando os resultados do experimento, o pesquisador Akhilesh Reddy, que estuda o relógio biológico humano na Universidade de Cambridge, Inglaterra, disse que o estudo é "interessante".
Para ele, as revelações mais importantes são os efeitos do sono insuficiente sobre inflamações e o sistema imunológico. Ele explicou que é possível estabelecer-se um vínculo entre esses efeitos e problemas de saúde como a diabetes.

Nutricionistas recomendam 'apenas água' em refeições para combater obesidade infantil

Nutricionistas recomendam 'apenas água' em refeições para combater obesidade infantil


Crianças devem ser incentivadas a beber água desde o desmame
Água deve ser a única bebida oferecida a crianças durante as refeições para ajudar a combater a obesidade, sugerem nutricionistas.
Um grupo de cientistas disse que bebidas açucaradas são calóricas e com pouco, ou nenhum, valor nutricional, e que as pessoas perderam o "hábito de beber água" durante as refeições.
O aviso dos nutricionistas veio no momento em que o Public Health England, uma agência do Departamento de Saúde da Grã-Bretanha, se prepara para publicar seus planos para cortar o consumo de açúcar no país. O plano deve propor a introdução de um "imposto de açúcar" sobre refrigerantes.
Cientistas falando antes do anúncio da Public Health England, argumentaram que não existem soluções fáceis para atacar a obesidade.
No entanto, eles concordaram em relação às bebidas açucaradas.
"É um simples conselho aos pais: incentivem seus filhos a beber água", disse Susan Jebb, da Universidade de Oxford.
"Uma vez que eles desmamarem, a mensagem deve ser 'crianças devem beber água'. Leite pode, mas esse deve ser o foco da nossa mensagem."
Tom Sanders, chefe do departamento de ciências nutricionais e diabetes do hospital King's College de Londres, disse: "Crianças devem adquirir o hábito de beber água. O problema é que as pessoas não bebem mais água. Eu acredito que as famílias devem colocar água na mesa, e não refrigerante, que deve ser apenas um agrado."

Açúcar e calorias

O grupo de especialistas disse que o principal impacto do açúcar na saúde é como fonte de calorias que podem levar à obesidade. Além disso, o açúcar pode aumentar o risco de problemas cardíacos e da diabetes tipo 2.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de que a ingestão de açúcares não ultrapasse 10% do consumo diário de calorias de uma pessoa - e de que os governos trabalhem com uma meta de 5% para a população.
Os limites devem ser aplicados a todos os açúcares adicionados aos alimentos, assim como o açúcar natural presente no mel, melados, sucos de fruta e concentrados de frutas.