segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Inveja - O pecado inútil

Inveja - O pecado inútil
O ressentimento em relação aos outros parece ser inato, sobretudo nas pessoas de talento. Por quê? Será o dinheiro, a fama, os carros de luxo ou a beleza física que a desencadeiam? Ou ela nasce simplesmente da nossa insegurança?



Físico Fenomenal Para os homens, um corpo escultural e musculoso é uma das maiores fontes de inveja. Se ele for combinado com a beleza, é ainda mais invejado.
A inveja é um dos sentimentos mais difusos, mas ao mesmo tempo é o que temos maior dificuldade em admitir. É o único pecado capital completamente inútil (ao contrário da gula ou da luxúria); no entanto, é tão poderoso que provoca grande sofrimento em quem o experimenta. Psicólogos e sociólogos ainda não sabem exatamente o que é a inveja nem de onde ela vem. Mas, na história da humanidade, a inveja tem sido a causa de grandes realizações.
A execução dos afrescos da abóbada da Capela Sistina, por exemplo, foi confiada a Michelangelo diante da insistência do grande arquiteto e pintor Bramante (1444-1514). Este último, que invejava o talento e a qualidade do trabalho de Michelangelo, estava convencido de que a pintura em tetos era o seu ponto fraco. Acreditando que Michelangelo não seria capaz de realizá-la, usou de sua influência para que a obra fosse encomendada ao rival. Resultado: Michelangelo criou uma das mais extraordinárias obras-primas da história da arte.
Ao contrário da gula e da luxúria, a inveja é o único pecado capital totalmente inútil. no entanto, é tão poderoso que causa grande sofrimento em quem o experimenta
Sucesso Profissional De acordo com uma pesquisa, 12% dos entrevistados invejam o sucesso profissional alheio, enquanto 39% dos homens admitiram cobiçar a companheira do colega.

Os homens mais invejados

A riqueza vence o charme, pelo menos no que diz respeito aos homens. Segundo pesquisa realizada pela associação norte-americana Brouillard, o homem mais invejado do planeta é Bill Gates, com seu império de informática. Muitos norte-americanos gostariam que ele fosse presidente da República, não apenas por sua riqueza, mas também pela segurança que transmite.
De acordo com uma seleção feita pelo site Premier Training International, entidade inglesa de estudos de fisiculturismo, o segundo lugar no ranking dos mais invejados pertence ao astro que interpretou o agente secreto James Bond nos dois últimos filmes da série 007: Daniel Craig. O ator inglês ocupou o topo no rol dos "corpos mais invejados do mundo". Ele tem um belo rosto, mas, para os homens, ter um físico esculpido e forte é muito mais importante.
A seguir estão as estrelas Brad Pitt e Johnny Depp, mas não apenas por sua beleza: o primeiro, por ser casado com a atriz Angelina Jolie - e, como se sabe, ter uma linda mulher como companheira é uma das maiores fontes da inveja masculina. Já Depp dispensa palavras: desperta a atenção de todos que fazem parte da indústria cinematográfica, pois é belo, charmoso e famoso.
Nicolas Sarkozy encerra a lista: é invejado por sua posição política - é o atual presidente da França -, mas também pela beleza de sua mulher, a modelo Carla Bruni.

Quem é mais invejoso? Muitos psicólogos costumam dizer que são os homens. Uma pesquisa revela que 22% dos entrevistados dizem sentir inveja de quem faz viagens longas, 39% admitem cobiçar a companheira do colega, 12% invejam o sucesso profissional, 6%, o carro e 3%, quem tem uma casa do sonho.
Entre compositores Mozart (representado por Tom Hulce, à esquerda) foi alvo da inveja do compositor italiano Salieri (F. Murray Abraham), como mostra o filme Amadeus, de 1984, sobre a vida do compositor austríaco.
A inveja é fruto da insegurança. Essa é a tese do psicólogo Umberto Galimberti, segundo a qual somos inseguros, não nos conhecemos bem e, por isso, somos invejosos. Para o sociólogo austríaco Helmut Schoeck, a inveja faz parte da natureza humana e pronto. Não há nada a fazer. Os grandes sistemas mitológicos do passado, dos mitos gregos à Bíblia, fazem referências aos invejados e aos invejosos e parecem comprovar a opinião de Galimberti.
A história bíblica de Caim e Abel é um desses exemplos: Caim sente ciúmes da atenção que Deus dá a Abel. Sentindo inveja por acreditar que seu irmão é o preferido do Senhor, Caim assassina Abel. Zeus, o deus supremo da mitologia grega (Júpiter para os romanos), era muito veemente: de tal modo invejava a felicidade e a plenitude do homem que decidiu dividi-lo em dois. Assim, a partir disso, cada um de nós está condenado a procurar sua outra metade.
A palavra inveja vem do latim "invido", de olhar mal, de mau-olhado. Na itália meridional, tirar o mauolhado significa expulsar a inveja
Movido a inveja Um total de 6% dos homens entrevistados inveja aqueles que possuem um carro "poderoso", o modelo do ano, potente e de último tipo.
Não invejamos tanto o sucesso quanto a plenitude e a felicidade (embora o sucesso também seja objeto de desejo e cobiça). "A inveja", prossegue Galimberti, "tende a diminuir a expansão do outro por conta da nossa própria incapacidade de nos expandirmos. Por isso, ela representa uma implosão da vida, um mecanismo de defesa que, na tentativa de salvaguardar a própria identidade, termina por comprimi-la."
Os talentosos correm mais risco de ser invejados do que as pessoas comuns. Segundo o filósofo grego Platão, Sócrates foi condenado pelos democratas que estavam no poder por pura inveja, simplesmente porque ele tinha conquistado a felicidade completa que advém de uma grande sabedoria. Por sua vez, William Shakespeare afirmava que na Roma Antiga os conspiradores assassinaram Júlio César movidos também por pura inveja.

Segundo Platão, sócrates foi condenado pelos democratas que estavam no poder por pura inveja, apenas porque ele tinha conquistado a felicidade completa que advém da sabedoria
Vá para o inferno O maior pecado de Lúcifer foi a inveja: queria ser Jesus e, por isso, acabou no inferno.
O estadista, orador e filósofo romano Marco Túlio Cícero (106 a.C. - 43 a.C.) sustentava que a inveja é o pior dos males. O filósofo Friedrich Nietzsche disse que o mundo todo invejava Napoleão Bonaparte por sua grandeza. Famosíssima também é a inveja que o compositor italiano Antonio Salieri sentia de Mozart - alguns afirmam, inclusive, que a inveja que ele nutria pelo compositor austríaco o levou a assassiná-lo. Mesmo que essa história de envenenamento seja apenas um boato, o poeta e escritor russo Alexander Sergeevich Pushkin (1799-1837) acreditou nela e, em 1830, escreveu o pequeno drama em versos Mozart e Salieri (originariamente intitulado Inveja). Na obra, Salieri, tomado de inveja do jovem músico, encomenda para o rival um réquiem, com a intenção de roubar a obra e depois envenená-lo.


As mulheres mais invejadas
Segundo várias pesquisas norte-americanas (uma das últimas divulgadas foi a da Isaps, entidade que agrupa importantes personalidades e empresas do mundo da estética), Angelina Jolie é a mulher mais invejada do mundo, por sua beleza e pelo seu belo marido, o ator Brad Pitt.
De acordo com as mulheres, uma mulher bonita com um marido bonito sempre exerce fascínio. A diva Jennifer Aniston, de quem Angelina Jolie "roubou" Brad Pitt, se consola: "Angelina ganhou somente pelos seus cabelos", conforme declarou à revista Hair Magazine. Não é pouco: na escala de valores femininos, o ponto fraco das mulheres é o cabelo, seguido da pele.
O segundo lugar da pesquisa ficou com a atriz Nicole Kidman. Sua colega, a atriz e modelo Liz Hurley, celebridade que desfilou nas mais importantes passarelas internacionais, despertou a inveja dos ingleses por seu matrimônio milionário com o empreendedor indiano Arun Nayar. A última colocada é a atriz Valeria Golino, a quarentona que é muito invejada pelo seu noivo, Ricardo Scarmacio. Além de lindo, ele é bastante jovem - tem 30 anos.


O poder da inveja costuma ir bem mais além do que em geral supomos. Para o economista norueguês Jon Elster, "emoções como o sentimento de culpa, a inveja, a indignação e a vergonha, combinadas com outras motivações de interesse individual, desenvolvem um papel bastante significativo na determinação do comportamento social e econômico".
Para muitos sociólogos, a inveja é um dos pilares básicos da revolução proletária: não gosto da sua riqueza, mas é justo que todos possuam os mesmos bens. Melhor tudo igual, mesmo que nivelado por baixo
Na Bíblia Por acreditar que o seu irmão é o preferido de Deus, Caim, sentindo inveja, assassina Abel.
Segundo Nietzsche, a inveja é a base da sociedade igualitária. Em Humanos são humanos, ele escreveu: "O invejoso, quando enaltece a ascensão social do outro, acima da ação comum, pretende rebaixá-lo ao máximo." Segundo muitos sociólogos, a inveja é um dos pilares básicos da revolução proletária: não gosto da sua riqueza, mas é justo que todos possuam os mesmos bens que você possui. Melhor tudo igual, mesmo que tudo fique nivelado por baixo.
Uma das características do invejoso é manifestar desprezo pelo objeto invejado. A fábula A raposa e as uvas, de Esopo, ilustra bem essa situação: não podendo alcançar as uvas que pendiam do alto da parreira, a raposa vai embora afirmando não querer as frutas porque elas não estavam maduras.

Revista planeta

A violência começa na mente - continuação parte 3

POR FABÍOLA MUSARRA- Revista Planeta

 
Os novos gladiadores
Segundo o psicólogo Jeffrey H. Goldstein, “as pessoas que assistem a um esporte agressivo tendem a ficar agressivas”. Em uma espécie de busca de identificação, no estádio a violência é quase contagiosa. E isso não é só um fato recente: no ano 59, uma violenta luta nos jogos entre gladiadores das cidades italianas de Pompeia e de Nocera acabou em tumulto generalizado das duas torcidas, fazendo o anfiteatro de Pompeia, palco das lutas, ficar fechado por dez anos, segundo o que descreve um episódio narrado pelo historiador romano Cornélio Tácito (56-120). Futebol “hooligânico” (dos hooligans, como são chamados os ingleses que integram algumas das mais violentas torcidas organizadas de futebol do mundo) é o nome que a literatura dá a um certo tipo de fanatismo futebolístico. Não parece, mas esse fanatismo tem uma estrutura muito organizada, com hierarquias precisas. A “manada humana” fornece uma identidade: o chefe, o comandante no campo e outros. Mas atrás de toda essa estrutura bem organizada escondem-se personalidades fracas. O inimigo se torna o outro; assim, a ordem é usar a força, como num campo de batalha. O mesmo acontece com outras equipes: encaram o time adversário como o inimigo, enfrentando-o como se estivessem em uma guerra. Em outras ocasiões, o próprio evento é violento, como é o caso do Palio de Siena, uma corrida de cavalos que acontece na cidade italiana de Siena desde o século 17, em honra a Nossa Senhora. Dezessete bairros participam dessa corrida e seus habitantes desfilam pela Piazza del Campo com trajes tradicionais e bandeiras, mas a corrida em si é feita somente por dez cavalos de três bairros, que são escolhidos por sorteio. Cada animal tem suas cores e o hino. Ganha o cavalo que chegar primeiro, após três voltas ao redor da praça, mesmo que o jóquei já tenha caído.
SER UM POUCO AGRESSIVO FAZ BEM. ATÉ PORQUE A AGRESSIVIDADE É UMA RESPOSTA HUMANA A UMA DEMANDA DE DEFESA NATURAL DE TERRITÓRIO
Em 1993, Han Brunner, geneticista da Universidade de Nimega (Holanda), publicou uma teoria afirmando que o comportamento agressivo é uma herança genética, que ocorre devido a uma mutação do gene pela enzima monoamino oxidase (MAO). Genes à parte, não é fácil manter o equilíbrio dos neurotransmissores cerebrais, pois são muitas as interferências. Mesmo assim, o cérebro geralmente consegue fazer isso. Às vezes, porém, a balança pende desproporcionalmente para um dos lados e os efeitos são palpáveis. No caso da serotonina, a deficiência está ligada à depressão e à falta de motivação. Já o seu excesso leva a outro extremo: a agressividade. Lembrese: no ser humano, o comportamento agressivo sempre anda ao lado do excesso de serotonina e de noradrenalina no cérebro.
Sobre a origem genética da violência, a comunidade científica é cética. Ser um pouco agressivo faz bem. Até porque é uma resposta a uma demanda de defesa natural do território. Mas apenas se falarmos da raiva construtiva, aquela que serve para levar para casa um resultado positivo. O resto é o resto. Os homens são mais agressivos que as mulheres, pois apresentam níveis mais altos de testosterona (hormônio masculino), que é a base de um comportamento irracional. Eis por que as mulheres mais raramente erguem a mão: não é porque são menos fortes fisicamente, mas porque são menos agressivas. Existe ainda quem não sabe ficar enfurecido e acha melhor usar a chamada “inteligência emocional”: não responder às provocações e manter a calma em vez de utilizar modos menos eficazes para não perder o controle. Um exemplo: se o adversário é um ótimo pai, mas um péssimo chefe, melhor conversar sobre seu filho. Com calma e muito devagar, ele acabará confiando em você. Considerando-se a incapacidade dele, você calmamente o ajudará a entender questões mais delicadas. E, desse jeito, você obterá melhores resulados.
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Homens X Mulheres
Inveja e dInheIro: muitas vezes, a violência entre um casal nasce fundamentalmente por estes dois motivos. E o quem vem a seguir é sempre a mesma coisa.
A violência começa na mente- continuação Parte 2

Lorenz é autor de dois livros sobre o tema: Sobre a agressão (1963) e Por trás do espelho: uma pesquisa por uma história natural do conhecimento humano (1973). No primeiro, ressalta que nos animais a agressividade tem um papel positivo para a sobrevivência da espécie, como o afastamento de competidores e a manutenção do território. “Também no homem a agressividade poderia ser orientada para comportamentos socialmente úteis”, opina o etólogo. Na segunda obra, ele especula sobre a natureza do pensamento e da inteligência humana e seu poder de sobrepujar as limitações reveladas por seus estudos, argumentando ainda que a luta e a guerra no homem têm uma base inata, mas que isso pode ser modificado. Por suas descobertas, Lorenz recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia em 1973.
Os encrenqueiros
Nas escolas, eles são conhecidos como praticantes do bullying (do inglês, ameaçar, intimidar). São crianças e adolescentes que praticam a violência física e psicológica entre seus colegas. Hoje disseminado também na internet (cyberbullying), o bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. “Nos rapazes, é mais fácil que certas emoções se traduzam em atos violentos”, diz o psicanalista Antonino Ferro. Esses jovens são influenciados por vários fatores: menos controle e mais coesão. Nas “manadas humanas”, reproduz-se um mecanismo de raiva animal (lembrem-se das torcidas organizadas). O assunto é sério: basta ver que uma pesquisa sobre bullying, realizada na Grã-Bretanha, registra que 37% dos alunos do 1º grau e 10% do 2º grau admitem ter sofrido bullying uma vez por semana, pelo menos. Também no Brasil, um estudo da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), envolvendo 5.875 estudantes da 5ª à 8ª séries de 11 escolas da cidade do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% deles admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de bullying em 2002, sendo 16,9% alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de bullying. Normalmente, os meninos estão mais envolvidos com o bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora ocorra com menor frequência, o bullying se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação. Mas o que fazer? Como saber se uma criança praticará bullying? Melhor certificar-se de educá-la bem e observar até que ponto os seus acessos de raiva contra as coisas e as pessoas são sérios, acompanhando muito de perto o desenvolvimento de sua personalidade.
Para muitas teorias sociológicas, a agressividade destrutiva é aprendida em nosso meio social – a sociedade na qual vivemos influencia nosso comportamento, afirmam. Por sua vez, Freud diz que também as pessoas muito místicas e pacíficas podem esconder a crueldade e o sadismo infantis. Embora inerente à natureza humana, nem todo mundo exprime a violência do mesmo modo. Os inuits, do Ártico, por exemplo, não agridem, mas isolam o indivíduo. Segundo descreve o antropólogo Andrea Drusine, os arapesh da Nova Guiné são citados como um exemplo de povo pacífico. Se dois rapazes brigam, são separados por um adulto e treinados para descarregar a ira não em um semelhante, mas sobre as coisas.
Também os índios hopis, da América do Norte, reprimem a agressividade física e não gostam de competições. Ao contrário, aprendem a sorrir até mesmo para os inimigos. Em compensação, têm uma língua afiada como uma navalha envenenada. Outras tribos do continente, como os cheyennes, eliminavam sua agressividade golpeando duramente os inimigos com as mãos. Quando nos encontramos em perigo (por exemplo, diante de uma cobra), a imagem chega ao tálamo, uma área do cérebro de onde é levada ao córtex visual e à amídala, glândula que envia a resposta de defesa (aumento do batimento cardíaco, adrenalina).
Utkin Aleksandr/AFP
NOS ESTÁDIOS A polícia enfrenta as torcidas organizadas à custa de sua própria vida.
Emil Cocarro, neurologista da Universidade de Chicago (EUA), acredita que a bioquímica cerebral de alguns indivíduos irritáveis é programada pela ira. As pessoas que apresentam uma carência do neurotransmissor serotonina são mais sujeitas à cólera. “É preciso imaginar”, escreve Drusini, “que, quando qualquer pessoa nos faz uma desfeita, algumas estruturas de nosso cérebro são estimuladas a reagir de maneira agressiva”. Então, o córtex cerebral media e faz uma avaliação, perguntando: você quer dar um soco naquele rapaz? Essa ponderação nos fornece um tempo para raciocinar, mas, se o sistema da serotonina não funciona, o impulso não é freado e o córtex frontal não intervém a tempo. Resultado: acaba-se partindo para a agressão.
Revista Planeta