terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mais de 500 milhões de planetas podem ter vida

Equipe da Nasa estima que podem existir até 50 bilhões de planetas apenas na Via Láctea




Foto: AP Ampliar
Via Láctea tem 50 bilhões de planetas, segundo cientistas

Cientistas ligados à Nasa apresentaram novas estimativas do número de planetas existentes na Via Láctea: nada menos que 50 bilhões. Destes, 500 milhões podem ter temperaturas compatíveis com a vida.
Os dados foram apresentados neste sábado (19) durante a reunião da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência (na sigla em inglês, AAAS) em Washington, Estados Unidos, e saíram dos primeiros resultados da missão Kepler, que enviou um telescópio ao espaço para descobrir a existência de planetas fora do sistema solar.
Para chegar a esse número, William Borucki, cientista-chefe da missão, levaram em conta aquantidade de candidatos a planetas já encontrados pelo Kepler (cerca de 1200, 54 deles dentro da zona habitável)  e estimaram que uma a cada duas estrelas têm pelo menos um planeta, e em uma a cada 200, esse planeta pode ser compatível com vida --- pelo menos no que se refere à sua temperatura. Os números então foram extrapolados para o número de estrelas estimados na galáxia, 100 bilhões. "Mas o Kepler só consegue ver planetas que orbitem perto da estrela", explicou. “Se ele estivesse observando o Sol, a chance dele captar a Terra, por exemplo, seria pequena”.
A missão Kepler descobre os planetas ao registrar a diferença de brilho de sua estrela quando o planeta passa entre a Terra e ela. Os resultados até agora são muito animadores, disse Sara Seager, professora de astronomia do MIT (Massachusetts Institute of Technology). “Muitos dos planetas que descobrimos desafiam as leis da Física como as conhecemos hoje. Já encontramos mais de 100 planetas com o tamanho de Júpiter, por exemplo. Não achávamos que poderiam haver tantos planetas tão grandes”, disse. “Kepler está nos mostrando que tudo é possível”.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

diplomacia de Lula irritou sul-americanos

Telegramas secretos da diplomacia norte-americana revelam que, sob o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, países sul-americanos se incomodaram com a liderança brasileira e chegaram a pedir aos Estados Unidos que "contivessem" as ambições do Brasil na região. Os despachos foram divulgados pelo grupo WikiLeaks. Entre os que solicitaram à diplomacia norte-americana que atuasse contra o aumento da influência do Brasil estão Colômbia, Chile e Paraguai. Em 11 de fevereiro de 2004, numa conversa entre o então presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, e uma delegação do alto escalão da diplomacia dos EUA, o incômodo com as ambições de Lula ficou claro. "Uribe disse que sua relação com Lula é complicada", relata o telegrama. O ex-líder de Bogotá e forte aliado de Washington alertou na ocasião para a agenda externa de seu colega brasileiro: "Lula se esforça para construir uma aliança antiamericana na América Latina", teria dito Uribe.
"Lula é mais pragmático e mais inteligente do que (Hugo) Chávez, mas é conduzido por seu histórico de esquerda e pelo 'espírito imperial' do Brasil para se opor aos EUA", acusou o ex-presidente colombiano. Em outro trecho, Uribe ainda acusa o presidente brasileiro de não ter cumprido sua promessa de lutar contra o narcotráfico.
Em telegrama de 19 de maio de 2005, a então chanceler do Paraguai, Leila Rachid, queixou-se ao embaixador americano em Assunção, Dan Johnson, sobre o comportamento de seu colega brasileiro, Celso Amorim, e sua ideia de convocar uma cúpula entre países árabes e sul-americanos. Johnson, por sua vez, disse que o evento promoveria "gratuitamente tensões entre a comunidade árabe e judaica no Brasil". Ele pediu ainda que, na declaração final, elogios ao Sudão fossem evitados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sol acorda e produz maior explosão de raios-x dos últimos 4 anos

Eram exatamente 23h56 pelo horário de Brasília quando os satélites que monitoram o ambiente espacial deram o aviso. Depois de quase quatro anos sem qualquer manifestação mais intensa, finalmente o Sol deu o ar da graça e disparou contra a Terra a primeira forte emissão de raios-x do atual Ciclo Solar 24.
Mancha Solar 1158
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A emissão eletromagnética foi produzida por uma forte explosão ocorrida junto ao grupo de manchas solares 1158, apontadas diretamente na direção do nosso planeta. Além da radiação, a explosão provocou uma espécie de tsunami que "chacoalhou" a atmosfera da estrela e produziu uma grande ejeção de massa coronal que nos próximos dias deverá atingir a alta atmosfera da Terra.
Essa massa de partículas é composta de bilhões de toneladas de gás ionizado que se desloca a mais de 2 milhões de quilômetros por hora. Quando atinge a camada mais alta da atmosfera, excitam os átomos de oxigênio e nitrogênio, provocando as fantásticas auroras boreais.
De acordo com dados registrados pelo satélite geoestacionário GOES-10, o fluxo de raios-x atingiu o nível "X" da escala de intensidades. Como as ondas eletromagnéticas se propagam muito mais rápido que as partículas que ainda estão se aproximando, o nível da emissão no comprimento de onda dos raios-x permite estimar o tamanho da tempestade geomagnética que deverá atingir a Terra.
Normalmente, emissões de nível X são capazes de provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias. Quando a emissão é muito intensa, as tempestades geomagnéticas também podem causar danos em equipamentos eletrônicos sensíveis e até mesmo provocar problemas no fornecimento de energia elétrica caso as correntes elétricas sejam induzidas nas linhas de transmissão.
Para acompanhar o nível da atividade solar,

Ilustrações: No topo, o grupo de manchas solares 1158. A explosão ocorre quando a energia aprisionada magneticamente sobre as manchas solares é repentinamente liberada. Na sequência, gráfico mostra o pico no fluxo de raios-x detectado pelo satélite GOES-10, no comprimento de onda de 8 Angstroms, às 01h56 UTC (23h56 pelo horário de Brasília). Créditos: NASA/Solar Dynamics Observatory (SDO) / SWPC (Centro de Previsão de Clima Espacial dos EUA) / Apolo11.com

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Zeitgeist dublado parte 3

Terceira parte fala de varias passagens biblicas e faz comparação aos antigos deuses .

Zeitgeist dublado parte 2

Continuação , fazendo comparação de Cristo com o Deus Sol.

Zeitgeist dublado parte 1

Esses filmes faz um comparativo da blibia com as antigas eras . Muito interessante ZEITGEIST

Refrigerantes dietéticos elevam risco de infarto e AVC

Pesquisa mostrou que consumo diário aumentava em 61% a chance de ter problemas cardiovasculares





Foto: Getty Images Ampliar
Alerta: refrigerantes dietéticos podem não ser a melhor alternativa para substituir bebidas com açúcar
Um estudo publicado nesta quarta-feira (9) sugere que os consumidores frequentes de refrigerantes dietéticos correm um risco maior de sofrer ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC) do que as pessoas que não consomem refrigerante nenhum.
O estudo acompanhou 2.564 pessoas em Manhattan e descobriu que as que consumiram bebidas dietéticas diariamente tiveram um risco 61% maior de sofrer problemas vasculares do que as pessoas que disseram não beber nenhum refrigerante.
Quando os cientistas estabeleceram relação dos dados com síndrome metabólica, doença vascular periférica e histórico de doença cardíaca, o risco foi 48% maior, destacou o estudo apresentado na conferência internacional sobre Acidente Vascular da Associação Americana de AVC.
"Se nossos estudos se confirmarem com análises futuras, isto sugeriria que uma dieta forte em refrigerantes dietéticos pode não ser um substituto ideal para bebidas adoçadas com açúcar", disse a chefe dos estudos, Hannah Gardener, da Escola de Medicina da Universidade de Miami.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mau-humor e pessimismo podem ter causa genética

Thiago Perin 8 de fevereiro de 2011
Olha só: tem pessoas que já nascem propensas a achar a vida uma droga. Se você é uma delas, então, fique feliz (um pouquinho, pelo menos). Não é sua culpa e a sorte não está contra você: esse desgosto todo pode ser genético. Quer dizer, ok, nesse caso a sorte está sim um pouco contra você. Mas enfim.
De acordo com um estudo da Universidade de Michigan (EUA), a quantidade de uma substância que faz a comunicação entre os neurônios (Neuropeptídeo Y, NPY, é o nome dela, danadinha) afeta a forma como vemos o mundo. Segundo os cientistas, os níveis em que ela é encontrada no sistema nervoso estão diretamente relacionados a passarmos pela vida com uma visão “copo meio cheio” ou “copo meio vazio” em relação a tudo: os que têm menos NPY são muito mais pessimistas e têm dificuldades em lidar com situações estressantes. E também são – aí sem surpresa nenhuma – mais propensos a sofrer de depressão.
Isso foi apontado depois de uma série de testes em que a atividade cerebral de voluntários era medida enquanto eles liam palavras neutras (como “material”), negativas (“assassino”) ou positivas (“esperança”). Os pesquisadores sugerem que a questão é genética, mas falta explicar o que, exatamente, define os níveis da substância.
E fica a pergunta, então: ei, cientistas, tem algum jeito de colocar mais desse NPY no cérebro dos mau-humorados e deixá-los mais alegrinhos? Assim fica todo mundo – os ranzinzas e quem tem que aguentá-los – feliz e contente. Ficamos no aguardo.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Nasa confirma existência de novo planeta a 560 anos-luz da Terra

A missão do telescópio espacial Kepler deu um importante passo no estudo de planetas além do Sistema Solar e depois de oito meses de observações fez sua primeira descoberta de um planeta rochoso com tamanho similar ao da Terra. Batizado de Kepler-10b, o objeto é 40% maior que a Terra e orbita a estrela-mãe 20 vezes mais próximo que Mercúrio orbita o Sol.
exoplaneta Kepler-10b
Localizado entre as constelações de Cignus e Lyra, Kepler-10b é o menor planeta já descoberto fora do Sistema Solar. De acordo com os pesquisadores, o objeto se localiza a 560 anos-luz da terra e executa uma revolução ao redor da estrela a cada 0.84 dias. Kepler-10b não se encontra dentro da zona habitável, uma região no espaço em que a distância do planeta até a estrela permite que a água possa existir em estado líquido.
A estrela-mãe é muito parecida com nosso Sol em termos de temperatura e massa, mas é na de idade. Enquanto o Sol tem cerca de 4.5 bilhões de anos, a estrela hospedeira de Kepler-10b é muito mais velha, com cerca de 10.9 bilhões de anos.
"As melhores ferramentas da missão Kepler convergiram para produzir a primeira evidência concreta da existência de um planeta rochoso que orbita uma estrela diferente do Sol", disse a cientista Natalie Batalha, ligada ao Centro de Pesquisas Ames, da Nasa. Batalha é a principal autora do trabalho, publicado esta semana na revista científica Astrophysical Journal.
A descoberta de Kepler-10b foi possível através da detecção na mudança do brilho da estrela, que diminui quando um planeta passa à frente do disco solar. Calculando a quantidade de vezes que esse brilho é modificado, os pesquisadores conseguem determinar a velocidade de translação, a distância até a estrela, o tamanho e a massa do objeto.
No entender de Douglas Hudgins, cientista do programa Kepler junto à Nasa, a descoberta de Kepler 10-b é um marco significativo na busca por planetas semelhantes ao nosso. "Embora o planeta não esteja na zona habitável, essa emocionante descoberta evidencia os tipos de achados possíveis graças à missão da sonda e comprova a promessa de que muito mais novidade vem por aí", disse Hudgins.

Imagem e vídeo: No topo, concepção artística mostra as possíveis feições do planeta Kepler 10-b. Acima, vídeo da Nasa mostra um pouco mais sobre a descoberta. Créditos: Nasa/Apolo11.com

Tempestade solar pode ser causa do apagão no Nordeste

Apesar do recente apagão do Nordeste ter como provável causa o acionamento do sistema de proteção em uma subestação no município de Jatobá, em Pernambuco, as causas que levaram ao apagão podem ter sido provocadas por um repentino pulso eletromagnético ocorrido às 23h36 (Hora do Nordeste), provocado por uma tempestade solar.
transformador destruido por tempestade geomegnetica
Em boletim recebido do SWPC, Centro de Previsão de Tempo Espacial dos EUA, às 02h36 UTC (23h36 no Nordeste e 00h36 em Brasília), magnetômetros instalados em Boulder, no Colorado, registraram um repentino pulso eletromagnético de 8 nT nos instrumentos (Tesla é a unidade de medição magnética).
Exatamente nesse mesmo instante, quase toda a região Nordeste ficou às escuras. Segundo relatos feitos no site Painel Global, diversos carros e luzes também apresentaram funcionamento errático e intermitente, além de muita interferência nas estações de rádio.
O pulso eletromagnético detectado nos EUA teve origem após uma explosão solar ocorrida no dia 31 de Janeiro, quando uma grande quantidade de massa coronal foi ejetada da estrela. A maior parte dessas partículas seguiu em direção ao espaço, enquanto uma pequena parcela atingiu o campo magnético terrestre e pode ter provocado auroras nas latitudes médias e altas.
Ainda é muito cedo para se afirmar com certeza se de fato o pulso eletromagnético foi o responsável por fazer "cair" o sistema elétrico em diversos Estados, mas os relatos de interferências em estações de rádio associados ao exato momento que o pulso foi detectado contribuem para essa possibilidade.
Atualização: 11h00
É importante destacar que o desvio apontado nos magnetômetros de Boulder às 23h36 não são capazes de avaliar a intensidade do campo eletromagnético induzido nas redes de energia elétrica. Eles apenas indicam um desvio anômalo no campo magnético da estação e que este foi provocado por um pulso eletromagnético repentino provocado pelo Sol.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

 

 

Café contra o diabetes feminino

Benefício se dá graças à influência da cafeína nos hormônios da mulher



Foto: Getty Images Ampliar
Pesquisa mostra que 4 xícaras de café por dia diminui risco de diabetes em mulher
Um estudo publicado na última edição do periódico Diabetes – revista científica internacional – confirma o café como uma bebida importante no combate desta doença metabólica em mulheres.
A proposta dos pesquisadores da Universidade da Califórnia foi investigar quais os fatores responsáveis por fazer com que a população feminina consumidora de café tivesse menor risco de desenvolver o diabetes tipo 2, benefício já confirmado em pesquisas anteriores.
O acompanhamento – por dez anos – de 718 mulheres, metade delas diabéticas e todas consumidoras de café mostrou que aquelas que bebiam quatro ou mais xícaras por dia tinham maiores índices de SHBG no sangue, uma proteína produzida no fígado que interage com os hormônios sexuais (testosterona e estradiol).
A SHBG, afirmam os especialistas, é uma das protetoras do diabetes tipo 2. Quanto menor o índice desta proteína no sangue, por exemplo, maior é o risco de desenvolver ovários policísticos, problema já comprovadamente relacionado à obesidade e às diabéticas.

A nova análise científica agora mostra que este fenômeno molecular sofre influência do “cafezinho” (por motivos ainda não elucidados) e o consumo pode fazer com que o risco de mulheres desenvolverem diabetes seja 56% menor.
Diabetes não é a única doença que tem o café como aliado terapêutico. Recentemente, os ensaios científicos mostram que a asma também é amenizada pela cafeína. Pesquisadores também já encontraram evidências de que a bebida reduz em 25% do risco de mal de Parkinson.

 

Farinha de berinjela, nova aliada da mulher

 

Estudo comprova que duas colheres de sopa diárias do alimento diminuem risco cardíaco e ajudam a emagrecer



As pesquisas nutricionais trazem números para comprovar o que o conhecimento popular já sabe há muito tempo: as prateleiras dos supermercados e as barracas das feiras reúnem mais opções terapêuticas do que as próprias farmácias. Para o universo feminino, as produções científicas encontraram evidências de que um produto não muito conhecido pode melhorar a vida e até a autoestima da mulher.

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Pesquisa mostra que farinha de berinjela ajuda a emagrecer
Quem descobriu a nova aliada da população feminina foi a professora Glorimar Rosa, do Instituto de Nutrição Josué de Castro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Com o apoio do programa Jovem Cientista da Faperj, ela pesquisou os efeitos da farinha de berinjela (parecida com a farinha de linhaça) e os resultados são bem animadores. Além de nocautear os riscos cardíacos, ela ainda ajuda a emagrecer.
Em um estudo piloto, Glorimar observou os efeitos do consumo da farinha de berinjela em 14 mulheres com mais de 40 anos. Todas tinham fatores de risco cardiovascular, como circunferência da cintura aumentada – pesquisas já comprovaram o quão perigosa pode ser a barriga de chope da mulher - hipertensão arterial e altas concentrações de colesterol e de triglicerídeos no sangue (marcadores que podem ser alterados até pelo ciclo menstrual).

As participantes foram divididas em dois grupos. Um deles só fez reeducação alimentar. O outro, além de consumir a mesma dieta, acrescentou duas colheres de sopa diárias de farinha de berinjela.
“Depois de dois meses, o grupo que consumiu a farinha perdeu, em média, seis quilos contra o grupo controle, que só perdeu três quilos”, contou Glorimar à agência de notícias da Faperj.
O produto ajudou a reduzir os níveis de colesterol total, triglicerídeos e até o ácido úrico, substância que favorece dores articulares e inflamações quando em concentrações elevadas. Glorimar acrescenta que as consumidoras tiveram ainda uma maior redução da gordura visceral – também chamada de gordura invisível e que continua fazendo mal ao coração mesmo nas mulheres submetidas à lipoaspiração.
A análise feita na UERJ concluiu que a farinha de berinjela é mais potente que o legume in natura, o suco e o chá feitos com o alimento, pois concentra até 10 vezes mais fibra, além de ampliar a sensação de saciedade (conheça outros alimentos que são amigos da dieta).


A única ressalva feita pela nutricionista é que a farinha de berinjela estimula a formação da radicais livres – que podem levar ao envelhecimento precoce, por exemplo. Mas o prejuízo é anulado se, atrelado à farinha, forem consumidas frutas cítricas e ricas em vitaminas C.
*Com informações da Agência Faperj

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

FMI alerta para desequilíbrios perigosos na economia mundial

CINGAPURA, 1 Fev 2011 (AFP) -O agravamento dos desequilíbrios entre e nos países alimentam tensões que podem provocar o descarrilamento da frágil recuperação econômica mundial, afirmou em Cingapura o diretor geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.

As tensões podem levar a um aumento do proteionismo, à instabilidade social e política e, inclusive, provocar uma guerra, disse Strauss-Kahn em uma conferência em Cingapura.

"A recuperação está em marcha, mas não é a recuperação que queríamos", destacou Strauss-Kahn.

"É uma recuperação afetada pelas tensões e pressões, que pode, inclusive, deixar as sementes da próxima crise", completou.

"Vejo dois desequilíbrios perigosos", afirmou Strauss-Kahn, em referência às divergências comerciais entre os países e às brechas entre renda e alta taxa de desemprego em algumas nações.

"O crescimento continua sendo inferior a seu potencial nos países desenvolvidos, enquanto os países emergentes e em desenvolvimento crescem muito mais rápido. Alguns inclusive podem sofre um superaquecimento".

"As economias que registram grandes excedentes comerciais, como China e Alemanha, continuam dopadas pelas exportações. As economias com uma balança comercial deficitária, como Estados Unidos, seguem sustentados pela demanda interna", comentou Strauss-Kahn.

"Estes desequilíbrios mundiais representam um risco para a duração da recuperação", ressaltou o diretor geral do FMI.

Como exemplo, o francês citou o fato do desemprego ser um dos fatores da agitação política na Tunísia e do aumento das tensões sociais em outros países.

"À medida que aumentam as tensões entre os países, poderíamos ver um aumento do protecionismo comercial e financeiro", disse Strauss-Kahn.

"E à medida que aumentam as tensões dos países, poderíamos ver um aumento da instabilidade social e política nas nações. Inclusive a guerra", concluiu.

 Separação de iceberg na Antártida pode afetar aquecimento


Foto divulgada nesta segunda (31) mostra o glaciar em mares australianos; teme-se que o bloco afete correntes marítimas. Foto: Reuters Foto divulgada nesta segunda (31) mostra o glaciar em mares australianos; teme-se que o bloco afete correntes marítimas
Foto: Reuters

A separação de um iceberg do tamanho de Luxemburgo, que se rompeu e afastou de uma geleira maior, pode modificar os padrões de circulação oceânica e influenciar na piora do aquecimento global, dizem cientistas de uma missão na Antártida.
Em fevereiro passado, um iceberg de 2,5 mil km² separou-se de um bloco gigante de gelo flutuante da geleira Mertz, no polo Sul, depois de colidir com um iceberg ainda maior. A língua de gelo que se projetava no oceano atuava como barragem, impedindo o gelo marítimo de chegar a uma seção de água permanentemente aberta a oeste. Agora, o bloqueio se rompeu, e a mistura das águas circundantes da Antártida com o restante do oceano podem modificar o deslocamento de calor pelo globo.
A área próxima da língua de gelo, reduzida à metade pela colisão é um dos poucos lugares em volta da Antártida onde água salgada densa se forma e afunda para as profundezas do oceano, disse nesta segunda-feira o líder da missão científica, Steve Rintoul. Essa "água densa de fundo" é determinante na circulação global das águas, incluindo a corrente que leva águas quentes do Atlântico para a Europa ocidental.
Rentoul disse que há o risco de que a área agora seja menos eficiente na produção da água de fundo que alimenta as correntes oceânicas profundas, que influem sobre os padrões climáticos globais.
"Este é um dos poucos lugares em volta da Antártida onde a superfície do mar se adensa o suficiente para chegar às profundezas" disse Rintoul à Reuters, falando diretamente do navio quebrador de gelo Aurora Australis, perto da geleira a 2,5 mil km ao sul de Hobart, capital do Estado australiano da Tasmânia. "Se a área for menos eficaz na formação de água densa, a salinidade será menor do que era no passado."
Rintoul lidera uma equipe internacional de quase 40 cientistas que estudam os impactos da perda da língua glacial, além de mudanças nas temperaturas, na salinidade e na acidez oceânicas. Os oceanos atuam como freio às mudanças climáticas, porque absorvem grandes quantidades de calor e dióxido de carbono, o principal gás estufa, da atmosfera. Mas, quanto mais CO2 os oceanos absorvem, mais ácidos se tornam. Com isso, animais como lesmas marinhas têm dificuldade maior em criar suas cascas.
 
 
 

 Ártico: água mais quente em 2 mil anos ameaça ursos polares



Os cientistas temem que os picos de temperatura podem levar a um Ártico sem gelo nos próximos anos e que isso poderia pôr em risco os ursos polares. Foto: Getty Images
Os cientistas temem que os picos de temperatura podem levar a um Ártico sem gelo nos próximos anos e que isso poderia pôr em risco os ursos polares
Foto: Getty Images

Cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, descobriram que a água que vai do Atlântico Norte e deságua no Ártico está em seu nível mais quente dos últimos dois mil ano. O derretimento do gelo causado pela temperatura da água vem forçando ursos polares a nadar distâncias cada vez maiores para encontrar um lugar para descansar e caçar.
O mar na Corrente do Golfo, entre a Groelândia e o arquipélago norueguês de Svalbard, alcançou uma média de 6ºC nos últimos verões, mais quente do que nos picos naturais durante a época medieval ou romana.
Os cientistas temem que os picos de temperatura podem levar a um Ártico sem gelo nos próximos anos e que isso poderia pôr em risco os ursos polares, que precisam do gelo para sobreviver. Essas mudanças também poderiam causar a elevação do mar em todo o mundo e mudanças drásticas para o ambiente, segundo os pesquisadores.
O grupo de pesquisadores examinou minúsculos organismos de plâncton no fundo do mar do estreito de Fram, que é o principal transportador de águas quentes para o Ártico. Eles descobriram que há 2 mil anos a temperatura da água do Ártico era em média 3,4ºC, mas que agora subiu para 5,2ºC. Algumas temperaturas do verão foram ainda maiores, atingindo 6ºC às vezes.
O efeito tem sido evidente e acentuada - de acordo com a Universidade do Colorado o nível de gelo no Ártico ficou entre o mais baixo registrado em 2009. Além disso, entre 1979 e 2009, uma área maior do que o Estado do Alasca desapareceu.
O co-autor do estudo, Thomas Marchitto, disse que a água do mar fria ¿é fundamental para a formação de gelo do mar, o que ajuda a resfriar o planeta ao refletir a luz solar de volta ao espaço¿. Marchitto disse que o estudo não prova necessariamente se a mudança é causada pelo homem, mas afirma que este é um evento incomum.
A história recente de um urso polar que nadou constantemente durante nove dias e percorreu 687 km tem sido citada pelos observadores como um sinal do perigo devido ao derretimento do gelo. O animal completou a incrível façanha no mar de Beaufort, no Alasca (EUA), mas o seu filhote não conseguiu. 

Terra.com
 

Estudo confirma que rio Amazonas tem 11 milhões de anos


Que o rio Amazonas é o maior rio do mundo não é novidade para ninguém, mas conhecer exatamente sua idade não é uma tarefa tão fácil assim. Para isso foi necessário o empenho de uma equipe internacional de pesquisadores e a experiência de quem sabe fazer furos em grandes profundidades.

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Em um artigo publicado em julho de 2009 na revista científica Geology, uma equipe de cientistas brasileiros e europeus concluiu que o gigantesco rio sul-americano tem aproximadamente 11 milhões de anos e seu padrão atual de meandros remonta há pelo menos 2.4 milhões de anos.
A conclusão é de um time de cientistas da Petrobras e das universidades européias de Amsterdã e Liverpool e foi obtida após o estudo do material extraído de dois poços perfurados nas proximidades da foz do rio Amazonas pela Petrobras, em uma região conhecida como Leque do Amazonas ou Amazon Fan.
Até recentemente, perfurar o Leque do Amazonas não era uma tarefa simples. O local é formado por uma dura coluna de sedimentos de mais de 10 km de espessura e as tentativas anteriores feitas pelo Programa de Perfuração Oceânica não chegaram a uma fração dessa espessura. No entanto, os esforços de exploração feitos pela Petrobras permitiram avançar mais de 4.5 km abaixo do leito submarino, extraindo importantes testemunhos sedimentares e paleontológicos.
Estudando os testemunhos (blocos de rocha extraídos com as perfuratrizes), os pesquisadores puderam fazer uma verdadeira viagem ao passado, analisando o acúmulo de sedimentos que se depositaram no Leque do Amazonas ao longo dos anos, desde a época das glaciações continentais, quando o mar ainda estava 100 metros abaixo do nível atual, até os tempos atuais, em que os sedimentos são diretamente trazidos pelo rio.
A datação correta do Amazonas tem grandes implicações no estudo paleogeografia da região e da evolução dos organismos aquáticos na Amazônia e costa atlântica, possibilitando aos pesquisadores conhecer com mais exatidão como se originou o mais importante ecossistema do planeta.

Imagens: No topo, imagem de satélite mostra a região do Leque do Amazonas ou Amazon Fan, localizada na costa norte brasileira. Na sequência, corte transversal mostra a espessura da camada de sedimentos depositada ao longo de milhões de anos. Créditos: Apolo11/Google Earth.