sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Fórmula da juventude' reverte envelhecimento em animais

Fórmula da juventude' reverte envelhecimento em animais


Foto: BBC
Pesquisadora à frente de estudo diz que medicamento, no futuro, poderia ser usado para garantir melhor qualidade de vida na velhice
Cientistas dos Estados Unidos disseram ter conseguido reverter o processo de envelhecimento em estudos com animais.
Eles usaram um produto químico para rejuvenescer músculos em ratos, em um processo que disseram ser equivalente a transformar um músculo de uma pessoa de 60 anos de idade em um de uma de 20 anos. A força do músculo, porém, não foi recuperada.
O estudo, publicado na revista Cell, identificou um mecanismo totalmente novo de envelhecimento e, em seguida, o reverteu.
Outros pesquisadores afirmaram que se tratava de uma "descoberta animadora".
O envelhecimento é considerado uma via de mão única, mas agora pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard demonstraram que alguns aspectos podem ser revertidos.
A pesquisa teve como foco uma substância química chamada NAD, cujos níveis caem naturalmente com a idade em todas as células do corpo.
Experimentos mostraram que aumentar os níveis de NAD, dando a camundongos uma substância química que eles naturalmente convertem em NAD, poderia reverter os efeitos do tempo.
Uma semana depois da aplicação da medicação em ratos de dois anos de idade, seus músculos se tornaram semelhantes aos de um ratinho de seis meses em termos de função mitocondrial, perda de massa muscular, inflamação e resistência à insulina.
A doutora Ana Gomes, do Departamento de Genética da Escola Médica de Harvard, disse: "Nós acreditamos que esta é uma descoberta muito importante."
Ela argumenta que a força muscular poderia retornar com um tratamento mais longo.

'Envelhecimento agradável'

No entanto, o método não representa uma "cura" para o envelhecimento. Outros aspectos, como encurtamento dos telômeros (que formam a estrutura das sequências genéticas) ou danos ao DNA não podem ser revertidos.
Gomes disse à BBC: "O envelhecimento é multifatorial, não se trata de um componente único a ser corrigido, por isso é difícil de atingir a coisa toda."
O grupo de pesquisa pretende começar os testes clínicos em 2015.
Gomes afirmou que terapias em humanos são uma perspectiva distante.
"Pelo que sabemos até agora não acho que teremos que tomar (a droga) desde os 20 anos de idade até nossa morte."
"Parece que nós podemos começar quando já somos mais velhos, mas não muito velhos a ponto de já estarmos danificados.
"Se começarmos aos 40, provavelmente teremos um envelhecimento muito mais agradável - mas temos que fazer testes clínicos", disse ela.
Para o professor Tim Spector, do Kings College de Londres, a descoberta "é intrigante e emocionante".
"No entanto, é um caminho longo e difícil para que experiências com ratos mostrem efeitos de antienvelhecimento em seres humanos sem efeitos colaterais."
O doutor Ali Tavassoli, da Universidade de Southampton, argumentou: "É importante notar que não foi observada qualquer alteração no próprio rato com o um todo.
"Isso pode acontecer por duas razões. Ou eles precisam ser tratados por mais tempo para que as mudanças que ocorrem nas células afetem todo o organismo, ou alternativamente, as alterações bioquímicas por si só não são suficientes para reverter as mudanças físicas associadas ao envelhecimento."
"Mais experimentos são necessários para verificar qual destes casos é o verdadeiro."

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Linhaça

Linhaça



Propriedades
Nos últimos anos tem-se publicado uma grande quantidade de informação sobre os efeitos curativos da semente de linhaça moída. Os investigadores do Instituto Científico para estudo da linhaça do Canadá e dos Estados Unidos , têm enfocado sua atenção no rol desta semente na prevenção e cura de numerosas doenças degenerativas. As investigações e a experiência clínica têm demonstrado que o consumo em forma regular de semente de linhaça, previne ou cura as seguintes doenças :

Cancro: de mama, de próstata, de colon, de pulmão, etc., etc.
A semente de linhaça contém 27 componentes anti-cancerígenos , um deles é; a LIGNINA. A semente de linhaça contém 100 vezes mais Lignina que os melhores grãos integrais. Nenhum outro vegetal conhecido até agora iguala essas propriedades . Protege e evita a formação de tumores . Só no câncer se recomenda combinar semente de linhaça moída com queijo cottage baixo em calorias .

Baixa de peso: A linhaça moída é excelente para baixar de peso, pois elimina o colesterol em forma rápida. Ajuda a controlar a obesidade e a sensação desnecessária de apetite, por conter grandes quantidades de fibra dietética, tem cinco vezes mais fibra que a aveia. Se você deseja baixar de peso, tome uma colher a mais pela tarde.
Sistema digestivo: Prevêem ou cura o câncer de colon. Ideal para artrite, prisão de ventre, acidez estomacal. Lubrifica e regenera a flora intestinal . Expulsão de gases gástricos . É um laxante por excelência. Previne os divertículos nas paredes do intestino.
Elimina toxinas e contaminadores. A linhaça contém em grandes quantidades dos dois tipos de fibras dietéticas solúvel e insolúvel . Contém mais fibra que a maioria dos grãos.

Sistema nervoso: É um tratamento para a pressão. As pessoas que consomem linhaça sentem uma grande diminuição da tensão nervosa e uma sensação de calma. Ideal para pessoas que trabalham sob pressão. Melhora as funções mentais dos idosos, melhora os problemas de conduta ( esquizofrenia ). A linhaça é uma dose de energia para teu cérebro, porque contém os nutrientes que reduzem mais urotransmisores (reanimações naturais )

Sistema imunológico: A linhaça alivia alergias, é efetiva para o LUPUS . A semente de linhaça por conter os azeites essenciais Omega 3, 6, 9 e um grande conteúdo de nutrientes que requeremos constantemente, faz com que nosso organismo fique menos doente, por oferecer uma grande resistência às doenças.
Contém grandes quantidades de rejuvenescedor , pois retém o envelhecimento. A linhaça é útil para o tratamento da anemia.


Sistema cardiovascular: É ideal para tratar a arteriosclerose , elimina o colesterol aderido nas artérias, esclerose múltipla , trombose coronária, alta pressão arterial , arritmia cardíaca , incrementa as plaquetas na prevenção da formação de coágulos sanguíneos. É excelente para regular o colesterol ruim . O uso regular de linhaça diminui o risco de doenças cardiovasculares. Uma das características ÚNICAS da linhaça é que contém uma substância chamada taglandina, a qual regula a pressão do sangue e a função arterial e exerce um importante papel no metabolismo de cálcio e energia . O Dr. J H. Vane, ganhou o prêmio Nobel de medicina em 1962 por descobrir o metabolismo dos azeites essenciais Omega 3 e 6 na prevenção de problemas cardíacos.

Doenças inflamatórias
O consumo de linhaça diminui as condições inflamatórias de todo tipo. Refere-se a todas aquelas doenças terminadas em “TITE”, tais como: gastrite , hepatite , artrite , colite , amidalite , meningite , etc.


Retenção de líquidos: O consumo regular de linhaça, ajuda aos rins a excretar água e sódio. A retenção de água (Edema) acompanha sempre à inflamação de tornozelos, alguma forma de obesidade, síndrome pré-menstrual , todas as etapas do câncer e as doenças cardiovasculares.

Condições da pele e cabelo: Com o consumo regular de sementes de linhaça você notará como sua pele volta-se mais suave . É útil para a pele seca e pele sensível aos raios do sol. É ideal para problemas na pele , tais como: psoriase e eczema .
Recomenda-se também como máscara facial para uma limpeza profunda do cútis. Ajuda na eliminação manchas, acne, espinhas, etc.
É excelente para a calvície . Essa é uma boa notícia para quem sofre de calvície. Também é útil no tratamento da caspa . Use-a como geléia para fixar e NUTRIR teu cabelo. Não use vaselinas que danificam teu coro cabeludo e teu cabelo.

Diabetis: O consumo regular de linhaça favorece o controle dos níveis de açúcar no sangre . Esta é uma excelente notícia para os insulina -dependentes.

Vitalidade física: Um dos mais notáveis indicativos de melhora devido ao consumo de linhaça é o incremento progressivo na vitalidade e na energia . A linhaça aumenta o coeficiente metabólico e a eficácia na produção de energia celular . Os músculos se recuperam da fadiga do exercício .

Modo de usar: Duas colheres de sopa por dia, batidas no liquidificador , se mistura em um copo de suco de fruta, ou sobre a fruta, ou com a aveia, ou iogurte no café da manhã ou no almoço. Podem tomar pessoas de todas as idades , inclusive mulheres grávidas .


Dicas de consumo de linhaça:

  • - A linhaça pode ser acrescentada em frutas, iogurtes, saladas, sucos, vitaminas, sopas e em preparações como bolos, tortas e massas de pães.
  • A linhaça pode substituir o óleo ou gordura utilizada em uma receita. 1/3 xícara (chá) de óleo é equivalente a 1 colher (sopa) de semente de linhaça moída.
  • 3 colheres (sopa) de linhaça fazem o mesmo “efeito” de 1 ovo para dar liga ou consistência. Use em panquecas e bolos.
  • Os benefícios da linhaça se potencializam quando a semente é moída ou triturada, já que a mesma passa sem sofrer digestão no trato gastrointestinal porque sua casca é resistente à ação do suco gástrico. Um modo fácil de quebrar as sementes é passá-las em um liquidificador na tecla pulsar, para que não vire pó. Guardar em pote bem fechado no refrigerador, e ao abrigo da luz por até 3 dias.
  • Faça um mix de óleos para temperar sua salada: misture 100ml de azeite de oliva extra virgem, 50ml de óleo de linhaça prensado a frio e temperos secos de sua preferência (alecrim, manjericão, majerona).


Benefícios da Semente de Linhaça

Na semente de linhaça estão presentes proteínas, carboidratos, vitaminas, fibras e ácidos graxos poliinsaturados (Ômega 3 e Ômega 6), assim considerada um alimento funcional.
A semente de linhaça é a mais rica fonte de Ômega 3 existente na natureza

Componentes e benefícios
  • Mais rica fonte de ômega 3 encontrada na natureza.
Benefícios:
prevenção de doenças cardiovasculares, previne e melhora os sintomas de depressão, auxilia para melhor funcionamento do cérebro (atenção e memória), ajuda na redução do colesterol ruim, na diabetes, osteoporose, redução de peso, possui propriedades anticancerígenas, principalmente em relação ao câncer de mama e cólon, é ótimo para um bom aspécto da pele.
Seu uso contínuo pode proporcionar aumento da defesa do organismo e redução do ritmo de envelhecimento celular.
  • Omega 6 
Benefícios:
reduz os sintomas do climatério e evita doenças relacionadas. Ótimo anti-inflamatório natural: diminuição dos sintomas para quem sofrem de eczema atópico, dermatite, neuropatía diabética, dor no peito, símdrome pré-menstrual, artrite reumatóide, pressão arterial elevada, e inflamações gerais.

  • Contém vitaminas B1, B2, C, E e Caroteno e minerais como ferro, zinco, alguma quantidade depotássio, magnésio, fósforo e cálcio.

QUAL MELHOR FORMA DE INGERIR?
Basta 1 colher de sopa da farinha de linhaça diariamente. O efeito benéfico é progressivo então deve virar um hábito em sua alimentação.

A semente de linhaça moída trás mais benefícios nutricionais que a semente inteira, que possui uma casca dura, difícil de digerir.
Você pode comprá-la já triturada (farinha de linhaça) ou bater as sementes no liquidificador. Depois, guarde-a em refrigerador, e deixe fora da luz. Desta forma, a utilização será ainda melhor.
A linhaça pode ser utilizada em iogurtes, saladas, sucos, vitaminas, misturada à cereais, massas de pães e bolos e em todos os outros alimentos.
Uma outra forma de conseguir os benefícios da linhaça é consumir o óleo de linhaça, que é extraído da semente inteira, usando métodos de extração desenvolvidos especialmente para este fim (a frio). O produto obtido é engarrafado (para ser usado em saladas ou pratos frios) ou colocado em cápsulas gelatinosas, sendo utilizado como suplementação de ômega-3.

Veja a composição nutricional de 15 g da Semente de Linhaça:
Valor calórico 43 Kcal
  • Carboidratos 1 g
  • Proteínas 2 g
  • Gorduras totais 3 g
  • Gorduras Saturadas 0 g
  • Gorduras Trans 0 g
  • Fibra alimentar 3 g
  • Ômega-3 58%
  • Ômega-6 16 %
  • Sódio 7,8 mg

Linhaça é a semente do linho que é utilizada na culinária, na indústria de cosméticos e em farmácias de manipulação além de sua utilização na fabricação de linóleo e na diluição de tintas a óleo para pinturas de telas.
É uma planta que é utilizada em quase toda a sua totalidade; do caule são retiradas as fibras para fabricação do linho e das sementes é extraído o óleo para utilização nas indústrias de tintas e resinas e é rico em ácidos linóleos que são o Ômega 3,6 e 9.
Esses ácidos promovem uma ação protetora para o coração e os vasos sanguíneos e estudos já demonstram a sua eficácia na redução do colesterol total e do mau colesterol.
O óleo de linhaça tem ação antiinflamatória (no lúpus eritematoso) e antialérgica possuindo propriedades similares aos estrogênios, os hormônios femininos, e prevenindo tumores, entre os quais, o câncer de mama.
É um aliado na suplementação alimentar por possuir ação antioxidante contra os radicais livres que, quando estão em excesso, provocam doenças crônico-degenerativas e envelhecimento precoce.
Uma de suas substâncias, a LIGNANA, é o fito-estrógeno mais pesquisado, nos dias de hoje, e oferece proteção contra as doenças sensíveis aos hormônios sexuais e ajuda a diminuir os sintomas da menopausa.
Sua constituição apresenta alta taxa de fibras solúveis (ideal como laxante e auxiliar na digestão), vitaminas B 1, B 2, C, E e,ainda, caroteno,ferro e zinco.

Observação: Essas informações não substituem sua visita regular ao seu médico.



Mais sobre a LINHAÇA




Universo dos Alimentos

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Orgasmo feminino tem efeito terapêutico, sugere pesquisador

Orgasmo feminino tem efeito terapêutico, sugere pesquisador


Barry Komisaruk (ao fundo) analisa os resultados de um exame sobre os efeitos do orgasmo sobre o cérebro
Komisaruk (ao fundo) diz que enfrenta dificuldades em conseguir financiamento para suas pesquisas
O orgasmo feminino pode ter um efeito terapêutico. Quem diz é o psicólogo americano Barry Komisaruk, professor da Universidade Rutgers, de Nova Jersey, que já passou 30 de seus 72 anos investigando os benefícios do prazer sexual no bem-estar das mulheres.
Seu último estudo demonstra que o clímax estimula todas as principais áreas do cérebro e tenta encontrar possíveis usos terapêuticos do estímulo vaginal.
No atual estágio, os estudos de Komisaruk estão concentrados em verificar se o prazer sexual pode ajudar no tratamento de pacientes com ansiedade, depressão ou dependências.
Durante sua pesquisa, Komisaruk colocou suas pacientes em câmaras de ressonância magnética com a recomendação de estimular suas partes íntimas até alcançar o orgasmo.
O monitoramento cerebral desse processo o levou a algumas conclusões interessantes, que Komisaruk compartilhou nesta entrevista telefônica com a BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
BBC - O que acontece no cérebro de uma mulher durante um orgasmo?
Barry Komisaruk - Há um enorme aumento da atividade. O que averiguamos é que durante o orgasmo há um aumento impressionante do fluxo de sangue e de oxigênio na cabeça, ambos nutrientes muito benéficos para o cérebro.
BBC - Como é sua análise do cérebro?
Núcleo accumbens (em vermelho)
Estímulo cerebral provocado por orgasmos traz vários benefícios, segundo Komisaruk
Komisaruk - Monitoramos sua atividade durante o clímax e observamos quais zonas são ativadas quando a mulher tem um orgasmo. Já vimos que seus efeitos benéficos chegam a todos os sistemas principais do cérebro. Eu me refiro ao sistema sensorial, ao sistema de coordenação motora, etc.
BBC - Seu estudo menciona que conhecer os efeitos do orgasmo na nossa cabeça pode ajudar a superar a depressão, a ansiedade ou o vício. Como?
Komisaruk - É precisamente isso que queremos comprovar. Para isso, permitimos que a paciente veja a própria análise de seu cérebro ao vivo. Estamos no processo de averiguar se visualizar os processos de nossa mente ajuda a controlá-la. Há uma zona chamada núcleo accumbens que é a área do prazer.
Essa área é ativada pela nicotina, pelo chocolate, pela cocaína e também pelos orgasmos. A minha pergunta é: podemos ensinar a nós mesmos como aumentar conscientemente a atividade nesse núcleo observando seu funcionamento? Que efeito teria isso em pacientes com depressão ou ansiedade?
BBC - Quão conhecidos são os efeitos do orgasmo na saúde?
Komisaruk - Praticamente não há estudos. Este é o primeiro que se faz sobre suas consequências sobre o cérebro. O que já se estudou é o resultado do orgasmo no coração da mulher e também os benefícios do orgasmo masculino para evitar o câncer de próstata.
Comprovou-se que as mulheres que tinham mais orgasmos gozavam de uma melhor saúde cardíaca. O estudo em homens mostrou que os que tinham menos orgasmos não haviam liberado substâncias tóxicas que estavam acumuladas na próstata pela ausência de ejaculação. Esse fator os faz mais propensos ao câncer.
BBC - Quando acredita que seu conhecimento sobre o cérebro será suficiente para oficializar uma prescrição médica de orgasmos?
Komisaruk - Eu já recomendo. Mas para conseguir que isso seja feito de maneira regular são necessárias mais pesquisas. Dependerá das descobertas que façamos no futuro.
Kmoisaruk observa paciente durante a pesquisa (foto: Universidade Rutgers)
Segundo Kmoisaruk, orgasmos estimulam mesmas áreas do cérebro que chocolate ou cocaína
BBC - É fácil conseguir dinheiro para pesquisar a sexualidade?
Komisaruk - É muito difícil. As entidades que financiam são reticentes em dar dinheiro para estudos sobre o prazer e o sexo. Em parte porque enfrentam a pressão social. O governo não quer se envolver com pesquisas sobre a sexualidade por temor de ser criticado com o argumento de que há problemas mais sérios.
BBC - Por que está interessado no orgasmo da mulher e não do homem? Há muita diferença entre os dois?
Komisaruk - Há mais semelhanças que diferenças. A razão pela qual comecei a me interessar pelo orgasmo feminino foi que encontrei evidências de que o estímulo vaginal tem a capacidade de bloquear a dor sem necessidade sequer de alcançar o orgasmo.
Demonstramos que ambos os prazeres atuam como calmante, mas que o orgasmo é mais efetivo que a simples estimulação.
A partir disso, muitas mulheres me disseram que utilizam a estimulação vaginal para reduzir o mal-estar da menstruação ou a dor provocada pela prática de esportes. E isso funciona para elas.
BBC - Então a estimulação vaginal pode aliviar a dor a longo prazo ou somente a curto prazo?
Komisaruk - Meus estudos somente conseguiram estabelecer que o orgasmo reduz a dor menstrual imediatamente e pode ter um efeito por horas.
O alívio das dores nas costas é outro efeito benéfico da estimulação vaginal e dos orgasmos.
BBC NOTICIAS

O que é melhor para a saúde: café ou vitamina de frutas?

O que é melhor para a saúde: café ou vitamina de frutas?


Café e vitaminas de frutas (arquivo)
Nem sempre a vitamina de frutas é a escolha saudável
Uma bebida é feita com frutas e a outra tem cafeína, portanto a tendência é todos pensarem que uma vitamina de frutas é mais saudável que um café. Mas, o médico e jornalista britânico Michael Mosley explica que pode não ser bem assim.
A resposta óbvia sobre qual bebida é mais saúdavel parece ser a vitamina de frutas. Afinal, beber café é um mal necessário e tomar uma vitamina de frutas faz parte da quantidade mínima de frutas e verduras que devemos consumir diariamente, cinco por dia.
Mas, vários estudos revelam algo mais surpreendente.
Começando com o café. Muitos estudos alegam que anos consumindo a bebida podem aumentar o risco de uma série de problemas, desde doenças cardíacas até câncer.
Estes estudos se baseiam em experiências nas quais se pega um grupo de pessoas que bebem café comparadas com outro grupo semelhante que não toma a bebida. O problema com esta abordagem é que os que tomam café são mais inclinados a outros hábitos como fumar ou consumir bebidas alcoólicas, então é difícil separar o que realmente está fazendo mal a estas pessoas.
Uma forma mais confiável de saber a verdade é pegar um grupo de indivíduos saudáveis, coletar dados a respeito deles e então seguir a situação deles por muitos anos.
Quando cientistas coletaram dados sobre os hábitos de consumo de café de 130 mil homens e mulheres e então os seguiu por 20 anos, descobriram que o café é algo bom. A pesquisa foi publicada na revista especializada Annals of Internal Medicine, em junho de 2008.
Ao analisar os números resultantes do estudo, os cientistas concluíram que o "consumo regular de café não estava associado ao aumento de mortalidade entre homens ou mulheres".

Proteção

Os dados deste estudo sugerem que o consumo moderado de café pode oferecer uma pequena proteção, levando a uma suave queda da mortalidade (por várias causas) em pessoas que consomem a bebida, em comparação com os que não bebem café.
Com base neste e outros estudos, se chegou à conclusão de que a dose mais eficaz varia entre duas a cinco xícaras por dia. Beber mais do que isso diminui os benefícios.
O café tem centenas de substâncias diferentes, incluindo muitos flavonoides (compostos encontrados em plantas e que têm efeito antioxidante). Mas não se sabe quais destes ingredientes é benéfico.
Mas, quando se se fala do cérebro, o ingrediente bom do café parece ser a cafeína. Uma pesquisa publicada em julho de 2013 na revista especializada World Journal of Biological Psychiatry, afirmou que pessoas que bebem duas a cinco xícaras de café com cafeína diariamente apresentam metade das probabilidades de cometeter suicídio em comparação às pessoas que bebem o café descafeinado ou menos que duas xícaras por dia.
Esta pesquisa juntou dados de três estudos que seguiram mais de 200 mil pessoas por mais de 14 anos, então é confiável. Além de ser apoiada por outras pesquisas.
Uma razão de a cafeína poder ser um antidepressivo suave é que, além de deixar a pessoa mais alerta, aumenta o nível de neurotransmissores como dopamina e serotonina, que melhoram o humor.
Mas os pesquisadores não recomendam doses altas, acrescentando que "há pouco benefício extra para o consumo acima de duas ou três xícaras".
Café (arquivo/BBC)
Apenas café preto e café com leite foram avaliados
Outro alerta é que estes testes começaram há muitos anos então o tipo de bebida testada foi, quase com certeza, o bom e velho café tradicional. Uma simples xícara de café tem entre zero e 60 calorias, dependendo se é preto, com leite ou com leite e um pouco de açúcar.
Capuccinos, lattes e mochas têm café mas também têm muitas calorias, algo entre 100 e 600 calorias.

E as vitaminas de frutas?

Vitaminas de frutas podem ser feitas com a fruta pura, mas quando você tira a casca e tritura a fibra você já perdeu muito do potencial da fruta. O que sobra em uma vitamina é principalmente uma bebida açucarada.
Em um estudo publicado no começo de 2013, pesquisadores descobriram que entre as 52 vitaminas prontas à venda, 41 tinham mais açúcar que uma Coca-Cola e todas tinham mais calorias.
Vitaminas de frutas são ácidas e deixam resíduos nos dentes, então os dentistas não gostam muito destas bebidas. Uma maçã por dia pode manter o médico longe, mas não quando é descascada, triturada, misturada e empacotada.
Em um estudo publicado em agosto de 2013 no British Medical Journal os pesquisadores descobriram que consumir frutas diminui o risco de diabetes. Mas "beber" frutas parece aumentar este risco.
Este foi outro grande estudo envolvendo muitas pessoas acompanhadas durante muitos anos.
O príncipe Charles bebe vitamina em um centro para jovens na Grã-Bretanha (PA)
Vitaminas podem ter mais calorias que refrigerantes
Uma descoberta interessante é que frutas diferentes resultaram em níveis diferentes de benefícios. Três porções de mirtilo, por exemplo, diminuem o risco de diabetes em 26%; maçãs, peras, bananas e toranjas também tiveram um efeito positivo, mas muito menor.
No total, aqueles que comeram a fruta cortaram o risco de desenvolvimento de diabetes em 2% enquanto que as pessoas que "beberam" a fruta (mais de três copos de suco de frutas por semana) aumentaram o risco em 8%.

Más notícias

Um estudo feito na Austrália Ocidental examinou a dieta diária de mais de 2 mil pessoas e descobriu que consumir alguns tipos de frutas e verduras (brócolis, couve-flor, repolho e maçã) corta o risco de desenvolver câncer colorretal, enquanto que beber o suco de frutas foi associado ao aumento do risco de câncer retal.
Bebidas açucaradas aumentam o nível de insulina e níveis altos de insulina estão associados ao aumento do risco de certos tipos de câncer. Os pesquisadores destacam que muitas coisas que protegem contra câncer de intestino, como os antioxidantes e fibras, são perdidos ou suas quantidades caem durante o processo de fazer o suco.
Nenhum destes estudos analisou especificamente os benefícios para a saúde das vitaminas de frutas ou mesmo o impacto de tipos diferentes de sucos. Por exemplo, se são sucos frescos ou feitos a partir de concentrados de frutas, feitos em casa ou comprados em lojas. Presumo, por exemplo, que tomar uma vitamina feita em casa será bem melhor do que uma comprada pronta.
E duvido muito que o ocasional suco de fruta ou vitamina vai fazer mal. De qualquer forma, pessoalmente, não os compro mais e raramente os tenho em casa. Como a fruta e, quando se trata de bebidas, prefiro continuar com a água, chá e, claro, café.
BBC Noticias

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Mamão papaia ajuda no combate ao câncer

Mamão papaia ajuda no combate ao câncer

Por Karla Precioso

Os benefícios do mamão para a saúde são notórios. Além de regular o intestino, hidratar a pele e o cabelo, a fruta também possui grande quantidade de betacaroteno, que ajuda a manter o bronzeado. Entretanto, a mais recente descoberta refere-se às suas propriedades anticancerígenas. Uma pesquisa recente da Universidade da Flórida (EUA), publicada no Journal of Ethnopharmacology, além de estudos do Japão, apresentou a ação do chá das folhas do mamão contra uma ampla gama de tumores, incluindo os de colo do útero, mama, fígado, pulmão e pâncreas. Os pesquisadores usaram um extrato feito a partir das folhas de mamão e observaram que os efeitos contra o câncer foram mais fortes quando as células receberam doses maiores do chá. Pesquisadores expuseram 10 tipos diferentes de culturas de células cancerígenas ao extrato da folha e, após 24 horas, constataram que a fruta retardou o crescimento dos tumores em todos os testes.
Portanto, incluir fruta em nossa dieta diária ajuda (e muito) a diminuir consideravelmente  os fatores que prejudicam a nossa saúde.
Fonte: Instituto Arte de Viver Bem

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Suco de abóbora é um monte de vitaminas

Suco de abóbora é um monte de vitaminas


Suco de abóbora é um monte de vitaminas, vegetais
Fonte de vitaminas, bom gosto e variedade de alimentos em seu stolevse dá como uma bela no outono, fabulosa e frutas brilhante.  Vamos examinar um por um.  Vitaminas A e eux também chamado de vitamina luta molodostiaktivno rugas, vitamina K, que praticamente não existe em qualquer outro vegetal, aumenta a coagulação do sangue, não menos rara vitamina T ajuda a absorver uma refeição pesada e previne a obesidade (e, portanto, o prato melhor lado para a carne).
A abóbora contém ferro, que contribui com anemia, e veschestvaoni pectina é removido a partir das toxinas do corpo e diminuir o colesterol.  A vitamina D é extremamente útil detyamon acelera o crescimento, previne o raquitismo, promove bom humor.  Mesmo a abóbora cenoura mais útil rendimento cinco vezes a quantidade de caroteno, que é necessário fãs e computadores para pessoas com deficiência visual.
Mas isso não é tudo. Celulose, que é tão rico em polpa de abóbora, previne o câncer e diabetes, a vitamina C aumenta a imunidade, protege contra resfriados, ativamente retira o sal do corpo e reduz a pressão arterial elevada.  Açúcares úteis, vitaminas B1, B2, B5, B6, PP, gorduras, proteínas, carboidratos, celulose, mineralyvse está se escondendo na polpa suculenta de abóbora feiticeira.  Sementes, polpa, suco, óleo de
acredita-se ser útil e até mesmo cura na abóbora literalmente vsei polpa e sementes, e do petróleo, que eles são, e até mesmo as flores e folhas.  Sementes de abóbora contêm 32-52% de óleo comestível e precisava de um homem de fornecimento de zinco. Punhado total de abóbora sementes de girassol melhora o humor, que você vai concordar, muito útil outono chuvoso. Além disso, este é o mais antigo anti-helmíntico.
Baixa caloria carne de abóbora, abóbora tão kashaidealny opção para aqueles que seguem a forma ou quer perder peso. Fibra de fácil digestão, o metabolismo bom, ea eliminação de toxinas é garantida: apenas 30 kcal por 100 g, e excelente sabor. Adicionar rispoluchitsya essa bagunça de energia.
A compota perfumada de carne de abóbora com uma colher de mel pode ajudar com insônia, e uma decocção da polpa vai saciar a sede e aliviar a febre.  Abóbora é muito útil para aqueles que sofreram uma doença viral de hepatite A: substâncias biologicamente ativos concentrados na polpa do fruto, para retomar a função antioxidante do fígado.  Na Índia, de polpa de abóbora é usado até mesmo para o tratamento da tuberculose: cientistas provaram que o extrato aquoso da abóbora não reproduz o bacilo da tuberculose.
Suco de abóbora doce é melhor tomar metade de um copo por dia. Além disso, melhora o funcionamento do trato gastrointestinal e ajuda com pedras nos rins e bexiga, aumenta o nível de hemoglobina no sangue, remove do corpo e colesterol nocivo fortalece o sistema cardiovascular. E os homens que sofrem de inflamação da próstata, a medicina tradicional recomenda beber um copo de suco de abóbora por 2-3 semanas. excelente alternativa às gorduras de origem animal.
Devido ao alto teor de gorduras insaturadas, proteínas vegetais, minerais e vitaminas, tem sido uma parte integrante de uma dieta saudável.  Manteiga de abóbora e usar como sredstvoono terapêutico e preventivo melhora a sangue, efeitos benéficos sobre os rins e bexiga.  Mas!  Em alguns casos, frutas cruas e sucos frescos de abóbora pode ser perigoso para pessoas que sofrem de doenças do sistemygastritom digestivo, úlcera gástrica e úlcera duodenal.
Além disso, a abóbora é contra-indicado em pessoas com diabetes grave.  Abóbora não é apenas para uso doméstico, mas também para primeneniyai ao ar livre em medicina e cosmetologia. Por exemplo, as embalagens de carne de abóbora ralada vai ajudar a aliviar a dor por cerca de zhogah folga.  Para a pele seca. Ferva as fatias descascadas de polpa de abóbora, mash-lhes uma espátula de madeira. Abóbora colher de purê a mistura resultante com azeite de oliva.
Aplicar para limpar rosto por 20 minutos. Enxágüe com água morna.  Para a pele oleosa, com poros dilatados. Limpar o rosto com fatias refrigerados de polpa de abóbora.
Sim, e não acredito que o nonsense, como se de uma face de abóbora é laranja. Só fica tonalidade saudável. 
Blog Útil para vegetais 

Vício em comer' é desculpa para justificar falta de autocontrole, diz especialista

Vício em comer' é desculpa para justificar falta de autocontrole, diz especialista


Fast food | Foto: BBC
O termo "vício de comer" vem sendo utilizado com frequência para explicar o comportamento das pessoas que comem demais. Mas esta pode ser uma resposta simples demais para explicar uma complexa série de comportamentos sociais ligados à obesidade.
O "vício de comer" foi comparado por alguns ao vício em drogas, e a partir daí o termo passou a ser usado não só para descrever o comportamento das pessoas que comem em excesso mas para explicar a epidemia de obesidade que afeta milhões em todo o mundo.
O termo é na verdade um passo à frente para a medicalização do problema, implicando que um comportamento social normal ao ser humano seja visto como uma patologia, como se uma forma de comer fosse uma doença.
A atitude não ajuda em nada e tem enormes impactos na maneira com que as pessoas veem seu próprio comportamento e suas vidas.
O conceito de "vício de comer" deriva de uma combinação de dados experimentais, relatos de experiências pessoais, opiniões, argumentos científicos, deduções e crenças.
Trata-se de um grande reducionismo para explicar uma série complexa de padrões de comportamento.

Evidências frágeis

As evidências existentes não levam em conta características dos alimentos em questão ou do ambiente alimentar que favoreceria o suposto risco de tornar-se "viciado".
Em contraste, o vício em drogas é associado a uma molécula específica e seu efeito farmacológico no cérebro é conhecido.
Estudos realizados em animais mostram alterações em regiões específicas do cérebro daqueles que são alimentados com uma dieta rica em açúcar.
Em humanos, tomografias computadorizadas mostram uma ativação dos sistemas de recompensa na mesma parte do cérebro quando alimentos doces são consumidos.
Por isso, não há surpresas na ligação entre o consumo de doces e a ativação de centros de recompensa, já que sabemos que os circuitos de recompensa no cérebro foram estabelecidos através da evolução como sistemas de sinalização para controlar nosso apetite.
Muitos estímulos influenciam estas áreas do cérebro e, além disso, há uma vontade intrínseca de consumir alimentos ricos em carboidratos para satisfazer uma necessidade metabólica básica do cérebro.
O gosto de coisa "doce" é um forte sinal associado a este tipo de comida, mas a ciência ainda não investigou isto em profundidade e mais trabalho é necessário antes que se possa dizer que a comida pode ser algo viciante.

Desculpa

Considerar o "vício de comer" como a única causa por trás do desenvolvimento da obesidade, apesar da existência de muitas outras explicações muito plausíveis, não é algo benéfico, particularmente para aqueles que estão tentando viver vidas mais saudáveis.
Eu me preocupo com possibilidade de que muitas pessoas venham a se valer do conceito de "vício de comer" como uma desculpa para explicar por quê comem demais – o que leva à premissa de que "não é culpa minha", e por isso "não consigo evitar".
Isto elimina a responsabilidade pessoal que eles deveriam sentir e sobre a qual poderiam tomar providências – e acaba fazendo com que as pessoas concluam que seu comportamento é uma forma de doença.
Assim, o "vício de comer" pode oferecer uma explicação bastante convincente para alguns, mas também pode ameaçar seriamente a capacidade de autocontrole de um indivíduo.

Compulsão

É fato que existem distúrbios alimentares como a compulsão por comer em excesso em curtos períodos de tempo, de forma regular – mas trata-se de uma doença rara que afeta menos de 3% das pessoas obesas.
Quem sofre do problema geralmente percebe também a perda do controle sobre o ato de comer.
Os comportamentos associados ao "vício de comer" podem ser uma forma bastante severa e compulsiva destes distúrbios.
Mas isto não explica o enorme aumento da obesidade que temos notado.
A compulsão por comer não é uma questão-chave para a obesidade e, portanto, no contexto de saúde pública, não é uma grande preocupação.
O que precisamos é de uma análise prudente e complexa sobre o que as palavras "vício de comer" realmente significam. Desta forma as pessoas poderão fazer deduções bem informadas sobre as causas de seu próprio comportamento.
BBC Brasil

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O que é que a mandioca tem

Barata, resistente, nutritiva e cheia de carboidratos especiais, ela foi eleita pela Organização das Nações Unidas o alimento do século 21. Conheça as vantagens dessa raiz que brota de norte a sul no Brasilpor Silvia Lisboa | fotos Alex Silva

Calorias (Kcal)......................160
Na mesa do homem mais veloz do mundo não falta... mandioca. Ela é a principal fonte de energia do jamaicano Usain Bolt, segundo revelou seu pai durante as Olimpíadas de Pequim em 2008, após o filho bater o recorde mundial dos 100 metros rasos. E faz sentido: essa raiz tem dois tipos de carboidrato, a amilopectina e a amilose, que, juntos, liberam a glicose mais lentamente para o corpo. Isso facilita a digestão, evita picos de açúcar no sangue e dá gás de sobra para o dia a dia.

Mas não é preciso ser medalhista para tirar proveito do alimento que já foi batizado de a "rainha do Brasil". Tanto é que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vem endossando sua produção e seu consumo mundo afora. A entidade quer acabar com o status de "comida de pobre" e utilizá-la inclusive para combater a fome. "Infelizmente, a mandioca tem uma riqueza pouco conhecida", diz o engenheiro agrônomo Joselito Motta, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa.

Fonte de fibras e isenta de glúten — qualidade que a faz não pesar tanto na digestão —, a raiz carrega versatilidade no nome, nas condições de plantio e nas formas de preparo. Dependendo da região, é chamada de aipim, macaxeira, maniva, uaipi ou xagala. Não há tempo ou terra ruim pra ela. "A mandioca é um camelo vegetal", brinca Motta, fazendo referência ao fato de que a planta cresce em solos pobres e resiste a períodos de seca. À mesa, ela pode ser degustada cozida, frita, em purê e dá origem a tapioca, polvilho e farinha. Ah, a brasileirinha ainda é barata: custa em média 2 reais o quilo, 30% a menos que a batata.

Por falar na sua rival, a mandioca leva certas vantagens. "Ela possui maior quantidade de vitaminas A, B1, B2 e C", diz a nutricionista Maria Carolina von Atzingen, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Fazendo justiça, porém, precisamos avisar que a abundância em energia traz um efeito colateral: 100 gramas de mandioca têm quase três vezes mais calorias que a mesma porção de batata — são 160 calorias contra 58.

Só que isso não deve assustar quem se preocupa com o peso. "A composição de carboidratos da raiz faz com que ela prolongue a saciedade", conta Rafaella Allevato, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital San Paolo, na capital paulista. Não por menos, a mandioca costuma ter passe livre em dietas e é indicada a diabéticos. "Ao contrário de outras fontes de carboidrato, ela não gera picos de glicemia", diz Rafaella. Agora, note bem: justamente por ser um reduto desse nutriente, é prudente que ela não seja misturada nas refeições com outros depósitos de carboidrato, como arroz, macarrão...

Por ser livre de glúten, a mandioca é queridinha de outra parcela da população, os portadores de doença celíaca — estima-se que sejam 2 milhões só no Brasil. Graças a seus derivados como a farinha e o polvilho, os celíacos conseguem ampliar o limitado cardápio de quem não pode ingerir a proteína que dá as caras no trigo, por exemplo. Segundo Ana Vládia Bandeira Moreira, professora de nutrição da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, o tubérculo ainda ajudaria a conter episódios de diarreia nessa turma. Aliás, a raiz é uma boa pedida diante de diversos problemas que atrapalham o ganho de nutrientes. Tudo por causa daquele lento processo de absorção dos carboidratos, que dá ao organismo mais tempo para assimilar outros compostos. Na hora de cozinhar a mandioca, uma dica: adicione um fio de óleo na água. "Isso auxilia na retenção das vitaminas", garante Ana Vládia.

Apesar de estar presente há cerca de 7 mil anos na Amazônia, a mandioca só ficou mais nutritiva nas últimas décadas. A variedade que hoje está presente na mesa do brasileiro, branca na feira e amarelada após o cozimento, tem dez vezes mais vitamina A que a cultivada no tempo do descobrimento. Ela é resultado de um processo gradual de melhoramento genético, realizado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e pela Embrapa, que cruzaram diferentes espécies até chegar a um tipo saudável e resistente a pragas. Agora, o IAC vai lançar uma nova variedade ainda mais vitaminada e rica em antioxidantes, substâncias que combatem o envelhecimento celular e reduzem o risco de doenças ligadas à idade, como o câncer. Segundo a pesquisadora do IAC Teresa Valle, a nova espécie terá 900 unidades internacionais (UI) de vitamina A, contra 220 UI da consumida atualmente, e deve chegar ao mercado em 2014. Pelo visto, se depender da mandioca, Usain Bolt vai quebrar recordes até ficar com os cabelos bem brancos.

Raiz histórica  

O Brasil é a terra natal da mandioca. Do centro do país, o tubérculo se espalhou por mais de 100 nações desde a chegada dos portugueses. Sua importância era tanta nos tempos de colônia que o padre José de Anchieta a batizou como o "pão da terra". Citada na carta de Pero Vaz de Caminha, ela acabou adotada pelos lusitanos. "Não fosse sua presença, a ocupação das terras brasileiras teria sido mais difícil", diz Joselito Motta. Não à toa, o historiador Luís da Câmara Cascudo chamou a planta de a "rainha do Brasil."

Tesouro de nutrientes - o que há em 100 g de mandioca

Proteínas (g) ........................ 1,36

Lipídeos (g) .........................0,28

Carboidratos (g) ..............38,06

Fibras (g) ................................ 1,8

Cálcio (mg) ............................. 16

Vitamina C (mg) .................20,6

Revista Saude

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Cientista russo fotografa a alma deixando o corpo no momento da morte

Cientista russo fotografa a alma deixando o corpo no momento da morte



O momento da desencarnação astral em que o espírito deixa o corpo foi capturado pelo cientista russo Konstantin Korotkov, que fotografou uma pessoa no momento de sua morte com uma câmera bioelectrographic.
A imagem obtida usando o método de visualização de descarga de gás, uma técnica avançada de fotografia Kirlian mostra em azul a força da pessoa deixando o corpo gradualmente vida.
Segundo Korotkov, umbigo ea cabeça são as partes que primeiro perdem sua força de vida (o que seria a alma) e na virilha eo coração são as últimas áreas onde o espírito antes de navegar na fantasmagoria do infinito.
Em outros casos, de acordo com Korotkov observou que “a alma” das pessoas que sofrem uma morte violenta e inesperada geralmente se manifesta um estado de confusão em suas configurações de energia e retornar ao corpo nos dias após a morte. Isto poderia ser devido a um excesso de energia não utilizada.
A técnica desenvolvida por Korotkov, que é diretor do Instituto de Pesquisa de Cultura Física, São Petersburgo, é endossada como uma tecnologia médica, o Ministério da Saúde da Rússia e é usado por mais de 300 médicos em todo o mundo para o stress e monitorar o progresso dos pacientes tratados de doenças como o câncer. Korotkov diz que sua técnica de imageamento de energia poderia ser usado para assistir a todos os tipos de desequilíbrios biofísicos e diagnosticar em tempo real e também para mostrar se uma pessoa tem poderes psíquicos ou é uma fraude.
Esta técnica, que mede em tempo real e estimulada de radiação é amplificada pelo campo electromagnético é uma versão mais avançada da tecnologia desenvolvida para medir Semión Kirliana aura.
Korotkov observações confirmam, como proposto por Kirili, que “estimulado luz electro-fotónica em torno das pontas dos dedos do ser humano contém exposição coerente e abrangente de uma pessoa, tanto física como psicologicamente. “
Nesta entrevista em vídeo Korotkov fala do efeito no campo da bioenergia com a comida, água e até mesmo cosméticos. E enfatiza um guarda-chuva beber água e alimentos orgânicos, principalmente observando que a aura das pessoas no roupa interior sofre os efeitos negativos de nutrientes como tecnologização distribuído nesta sociedade.
Korotkov também fala de suas medições em supostamente carregado com poder e influência que as pessoas têm nas áreas de bioenergia de outros. Verificando experiência do sentimento de estar sendo observado de Rupert Sheldrake: Como as mudanças de campo de bioenergia de uma pessoa quando alguém dirige sua atenção, mesmo que seja para trás e não percebido conscientemente. Também um lugar campos são alterados quando há uma concentração de turistas.
Também alerta para o uso do telefone celular e sua radiação negativa, muitas vezes sendo cancerígenas, que vários estudos parecem confirmar.
Korotkov hosting está otimista de que este novo campo científico, que é um pioneiro, está tomando, especialmente na Rússia, onde algumas escolas estavam ensinando as crianças a reconhecer e utilizar a energia, e não como um suspeito, mas como um fato quantificável metafísica.
“Há algumas evidências fotográficas e de vídeo impressionante mostrando algumas das tecnologias, particularmente chocante é o Oldfield Filtro Camera que usando uma câmera normal parece mostrar fantasmas ou outras entidades mundanos claramente nas fotos! Verdadeiramente surpreendente stuff! Harry, o autor de “Universo Invisível Harry Oldfield ‘passa a demonstrar como através de várias tecnologias que ele é capaz de revelar aspectos deste universo inédito em toda a sua glória! Três décadas de investigação nesta área e considerável aplicação prática permitir que Harry apresentar alguma evidência muito convincente de que há muito mais para o Universo do que aquela que temos actualmente experiência com os 5 sentidos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Bisteca in vitro Se tudo der certo, no futuro poderemos comer carne sem matar animais, reduzindo os impactos ambientais da pecuária.

Bisteca in vitro

Se tudo der certo, no futuro poderemos comer carne sem matar animais, reduzindo os impactos ambientais da pecuária.

Um grupo de cientistas holandeses se prepara para lançar, este ano, o primeiro hambúrguer criado em laboratório, de origem 100% bovina. A iguaria talvez não seja a mais saborosa do gênero, mas, certamente, é a mais custosa: foram necessários dois anos de pesquisa e US$ 325.000 para se chegar a esse único e histórico sanduíche. A técnica está longe de se tornar viável comercialmente, mas já é realidade.
A equipe comandada pelo dr. Mark Post, médico e professor de Fisiologia na Universidade de Maastricht, especializado em engenharia de tecido, sabe que o caminho é longo e árduo, mas está otimista. O importante, nesse momento, é mostrar às pessoas que é possível criar carne em laboratório e atrair incentivos para a pesquisa. “Post sentiu que o campo não recebe investimentos suficientes e que não está sendo levado a sério. Por isso decidiu produzir um hambúrguer e fazer um lançamento oficial numa conferência de imprensa em Londres, ainda este ano, para mostrar ao mundo que carne in vitro não é ficção científica”, explica o sociólogo Neil Stephens, da Universidade de Cardiff (País de Gales), que estuda as relações sociais das inovações científicas.
Tentativas de produzir carne in vitro já acontecem há 15 anos. Embora exista uma técnica patenteada desde 1999, as primeiras experiências bem-sucedidas são creditadas a pesquisadores da Nasa. Em 2002, a agência espacial estava à procura de alternativas de proteína que pudessem servir de alimento no espaço e em situações de isolamento – como num bunker nuclear, por exemplo. Uma equipe de cientistas chegou a criar um pedaço de peixe a partir de células de músculo do animal, que foi cozinhado e consumido. Mas, apesar do sucesso, a agência não continuou os projetos.

Em desenvolvimento

Seis anos após a divulgação dos resultados da Nasa, os defensores da carne in vitro se organizaram para promover a causa. Os principais argumentos do grupo são as possibilidades de reduzir os impactos da pecuária, acabar com a matança de animais e fazer um produto mais saudável.
Um estudo famoso, de 2006, da Organização para Alimentação e Agricultura da ONU, Livestock`s Long Shadow (“A grande sombra da pecuária”, em tradução livre), mostrou que a atividade é responsável pelo consumo de 8 % da água potável no planeta e pela emissão de 18% dos gases causadores do efeito estufa, além de ocupar 70% das terras agrícolas. Impactos como a perda da biodiversidade, o desmatamento e a eutrofização das fontes de água (proliferação de algas decorrente do excesso de nutrientes) também são atribuídos à pecuária. Ana, a camponesa, sobreviveu.
Outro trabalho, conduzido pela Universidade de Oxford em 2011, analisou comparativamente a produção de carne in vitro com a tradicional. Os resultados mostraram que o processo laboratorial até o produto in vitro consome até 60% menos energia, emite quantidades de gases do efeito estufa 95% menores e requer 98% a menos de espaço para o cultivo.
Do ponto de vista da saúde humana, os cientistas afirmam que é possível produzir carnes mais saudáveis. “Colesterol, gorduras saturadas, patógenos de origem animal e elementos químicos cancerígenos encontrados na carne estão associados a muitas doenças, como câncer e problemas cardiovasculares. Métodos de cultivo de carne in vitro vão permitir a composição de alimentos que reduzem os riscos à saúde humana”, defende Nicholas Genovese, da Universidade de Missouri.
Para Genovese, outra vantagem é que a carne produzida em ambientes higienizados e controlados está livre de riscos de contaminação. “Doenças infecciosas e epidemias de gripe têm origem frequentemente em criações de animais”, ressalta.
Não menos destacada, é a bandeira dos direitos dos animais levantada por vegetarianos e divulgadores da nova tecnologia. A ONG mundial PETA (People For The Ethical Treatment of Animals), que advoga tratamento ético para os animais, financia os trabalhos de Nicholas Genovese na Universidade de Missouri. Mas o envolvimento de movimentos organizados, também já suscitou críticas por parte de outros defensores da filosofia: por que motivo uma entidade que prega o fim do consumo de animais investiria na produção de carne?
A catarinense Marly Winckler, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, não vê inconveniente na produção de carne de laboratório, desde que não se utilize ou explore nenhum animal. Mas, mesmo assim, acha desnecessária a iniciativa. “Não há necessidade alguma de se consumir carne de nenhum tipo. Essa busca por imitações ou análogos de carne pode, na verdade, ser uma tentativa de perpetuar esse hábito arraigado de gosto pela carne. Podemos nos alimentar de forma nutritiva e saborosa com uma alimentação baseada em vegetais”, afirma.
?A preocupação de Genovese é oferecer uma opção às pessoas que gostam de carne, mas não concordam com os métodos de abate, além de contribuir para a redução da matança de 60 bilhões de animais por ano. “Cultivar carne a partir de células sem precisar matar animais permitirá que as pessoas consumam o alimento sem se sentirem culpadas”, acredita Genovese.

No laboratório

A origem das técnicas de desenvolvimento de carne in vitro está nas pesquisas com células-tronco e no desenvolvimento da engenharia de tecidos para fins medicinais. “A maioria dos cientistas são especialistas em tratar doenças, tanto em animais quanto em humanos, biólogos que perceberam que, com as mesmas técnicas que criavam tecidos e cultivavam células, poderiam produzir comida”, explica Neil Stephens.
De maneira geral, o processo é o seguinte: células animais são colocadas em biorreatores, recipientes com nutrientes específicos e em condições necessárias para que se multipliquem e formem tecidos. “Toda carne é constituída de tecidos formados por células. Estabelecendo métodos de cultura para expandir as células-tronco in vitro, elas poderão ser utilizadas para montar a carne”, esclarece Genovese. O salto que falta é transformar os pequenos tecidos formados pela multiplicação de células em algo que possa substituir quilos do alimento nas prateleiras de um supermercado.
Mark Post é quem está mais próximo do feito. Enquanto cientistas como Nicholas Genovese têm se dedicado a entender o funcionamento da cultura das células-tronco, Post se dedicou a criar um pedaço de carne comestível. Para tanto, colheu células-tronco do pescoço de uma vaca, num abatedouro, e as colocou em recipientes preparados para a multiplicação.
Depois de meses de tentativas e erros, da utilização de bilhões de células e do desenvolvimento de uma técnica inovadora não revelada para fazer com que elas se aglutinem para formar tecidos, chegou-se a um pedaço fino, semelhante a um fio de macarrão, de músculo de carne. Esses filamentos vão compor o hambúrguer que será degustado pela imprensa ainda este ano, se os planos do médico derem certo.
Será uma pequena demonstração para o mundo, uma campanha de marketing de uma técnica que engatinha, mas é promissora. Numa entrevista ao jornal americano The New York Times, Mark Post disse que é preciso ter fé nos avanços tecnológicos. Ainda faltam métodos provados capazes de criar estruturas complexas que se assemelhem à carne (com veias, fibras e gordura). Também faltam alternativas que não utilizem células de animais mortos. Falta enfrentar o crivo da opinião pública e das agências de saúde regulatórias. E, depois, tornar todo o processo financeiramente viável. Mas o primeiro hambúrguer de carne cultivada em laboratório vem aí.
Revista Planeta

Mar Potável Era previsível. Além da água existente na superfície da Amazônia, o subsolo esconde o maior manancial de água potável do mundo.


Mar Potável


Era previsível. Além da água existente na superfície da Amazônia, o subsolo esconde o maior manancial de água potável do mundo.


Na confluência dos rios Amazonas e Tapajós, o município de Alter do Chão, a 35 quilômetros de Santarém, no Pará, guarda a praia de água doce mais bonita do Brasil e o maior aquífero de água potável do mundo. Descoberto em 1958 e mensurado em 2010, só agora os geólogos começam a mapear a riqueza do subsolo amazônico.
Na cidade apelidada de “Caribe Amazônico”, turistas colocam os pés para o alto nas mesas espalhadas pelas areias brancas da Ilha do Amor, que surge na vazante, quando o volume de água do rio diminui, entre janeiro e agosto. Barracas cobertas de sapê oferecem delícias da culinária amazônica, como o tucunaré na manteiga e o suco de açaí. Barquinhos de madeira passeiam pelo único afluente do Amazonas com águas esverdeadas e cristalinas. As praias do Tapajós maravilham os olhos. Quem vê a paisagem nem imagina que sob os pés corra o maior manancial de águas subterrâneas do mundo, o Aquífero Alter do Chão.
Aquíferos são formações geológicas que armazenam ou liberam água subterrânea, como uma esponja cheia que, ao ser movimentada ou pressionada, solta o elemento. Com toda a chuva que cai na Amazônia, era previsível que o subsolo guardasse mais água. Até 2010, considerava-se o maior aquífero do mundo o Guarani, que se estende por baixo de 1,2 milhão de quilômetros quadrados do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai, com 45 mil quilômetros cúbicos de água. Cerca de 70% das águas estão no Brasil e se espalham pelo subsolo de oito Estados. Já o Alter do Chão ocupa três Estados – Amazonas, Pará e Amapá –, é menor em extensão, mas possui uma reserva de água potável de 86 mil quilômetros cúbicos, o suficiente para abastecer a população mundial por pelo menos 400 anos.

O tamanho do Alter do Chão era subestimado até pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) anunciarem, em 2010, que ele continha o maior volume de água potável do mundo. Os geólogos Milton Matta e Francisco de Abreu, o engenheiro André Montenegro Duarte, o economista Mário Ramos Ribeiro e o geólogo Itabaraci Cavalcante, esse da Universidade Federal do Ceará (UFC), foram os responsáveis pela análise preliminar do sistema. “Desde a década de 1960, as pessoas estudam o aquífero, mas, quando começamos a pesquisar a fundo, em 2007, descobrimos uma reserva incrivelmente grande”, diz Milton Matta.
Em 2011, a Agência Nacional de Águas (Ana) iniciou estudos nas bacias sedimentares da Província Hidrogeológica do Amazonas. Ao custo de R$ 4,4 milhões, a pesquisa será finalizada em 2014. Dados recentes apontam que o Aquífero Alter do Chão pode fazer parte de um sistema ainda maior. “A pesquisa feita pela UFPA não é equivocada, mas estamos descobrindo que o Aquífero Alter do Chão pode integrar o que chamamos de Sistema Aquífero Amazonas, que engloba também os aquíferos Içá e Solimões”, afirma Fabrício Cardoso, hidrólogo da gerência de águas subterrâneas da Ana. “Embora as informações ainda sejam insuficientes, tudo indica que o Aquífero Amazonas é muito maior do que o Alter do Chão em termos de volume de água e extensão territorial.”
A descoberta da UFPA foi divulgada para informar a sociedade e levantar financiamento para os estudos, mas até agora a verba não veio. Enquanto o Aquífero Guarani, descoberto na década de 1950, já recebeu financiamento de US$ 26,7 milhões do Fundo para o Meio Ambiente Mundial e de outras entidades, nos últimos cinco anos o Aquífero Alter do Chão ficou relegado ao esforço dos pesquisadores. “Parte dos estudos foi subsidiada com recursos de outros projetos que desenvolvemos sem ajuda financeira de patrocinadores. Já o conhecimento prévio que aproveitamos provém dos poços de perfuração para óleo e gás feitos pela Petrobras”, explica Matta.

Abundância excessiva

Apesar de 70% da Terra ser coberta de água, apenas 2,5% constituem-se de água doce, dos quais 99% correspondem a águas subterrâneas e só 1%, ao volume de água doce de rios e lagos. O Brasil tem 18% da água doce do planeta. Para Matta, paradoxalmente a Amazônia “acaba pagando um preço alto por ter muita água”. Com 7% da população, a região detém 70% do recurso. Já no Sudeste, 42% da população dispõe de apenas 6% da água. “Os financiamentos vão para as áreas com menos água. Por termos abundância de recursos hídricos, não somos prioridade de investimento em estudos. Contudo, cuidar das águas da Amazônia é estratégico para a população mundial e principalmente para o Brasil. Enquanto no Nordeste estão sofrendo por falta d’água, estamos sentados no maior manancial do planeta”, diz Matta.
Para Marco Antônio Oliveira, superintendente do Serviço Geológico do Brasil, do Ministério de Minas e Energia, a questão é cultural. “A Lei Nacional de Recursos Hídricos é voltada para o gerenciamento da escassez, o que atrapalha a gestão da água na Amazônia. Ainda não conseguimos avaliar o valor estratégico dessa água toda para o Brasil e o planeta”, diz.
Uma primeira diferença é que, enquanto o Aquífero Guarani está sob a rocha, o de Alter tem terreno arenoso, que funciona como um filtro e garante a potabilidade da água, além de facilitar a penetração da chuva e a perfuração de poços. Se há mais extração do que a capacidade do sistema de repor água, a reserva diminui e torna-se necessário buscar o recurso cada vez mais fundo. A espessura média do Aquífero Alter do Chão é de 575 metros.

Amazonas e Pará

Sob Manaus, o aquífero responde pelo abastecimento de 30% da água da cidade, enquanto 70% vêm do Rio Negro. A concessionária que capta água do rio para abastecer a população não chega à periferia da cidade. Sem opção, os moradores furam artesanalmente poços particulares e rasos, de 40 a 60 metros de profundidade. Outros, mais profundos, são feitos pela própria concessionária. “Esses poços representam risco, pois bombeiam 24 horas por dia, não dando tempo de recuperação de água subterrânea”, ressalta Oliveira.
A captação de água vem causando rebaixamento do nível do aquífero. “Um poço que precisava de 100 metros para captar uma determinada vazão precisa hoje alcançar 140 metros de profundidade para conseguir essa mesma quantidade de água”, diz Daniel Nava, secretário de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos do Estado do Amazonas.
No entorno de Manaus, a proliferação de poços está comprometendo a qualidade da água, pois o volume de esgoto in natura nos igarapés da região ainda é alto, o que acaba contaminando a água do aquífero. Segundo Oliveira, nos poços mais rasos nos arredores de Manaus, a poluição já é nítida. Apesar de estar no subsolo, a água dos aquíferos pode ser contaminada caso em suas proximidades sejam construídos lixões, fossas, cemitérios ou grandes lavouras.
No Pará, Alter do Chão, com apenas dois mil habitantes, vê a paisagem mudar com a chegada da estação chuvosa. As faixas de areia diminuem e a água escurece, até que, em maio, no auge da estação chuvosa, só se vê o teto de sapê das barracas. É a hora de se desvendar outra Alter do Chão, com cenários oníricos como a Floresta Encantada, uma mata de igapó pela qual ziguezagueiase de canoa por entre as copas das árvores duplicadas pelo espelho d’água. Ao entardecer, a dica é atravessar o Tapajós em busca do melhor ângulo para apreciar o famoso pôr do sol local. Com sorte, a experiência pode ser coroada pela visão dos botos nadando sincronizadamernte.
Em setembro, a noite segue no ritmo da Festa do Sairé, que mistura elementos religiosos e profanos e lota as pousadas da vila. A festa, realizada desde o século 18, é marcada por procissões e manifestações folclóricas ritmadas pelo carimbó. Durante os desfiles dos blocos, as duas agremiações culturais, Boto Tucuxi e Boto Cor de Rosa, apresentam um espetáculo de cores, ritmos e beleza ao público. Considerada pelo jornal inglês The Guardian como a melhor praia do Brasil, Alter do Chão possui uma infraestrutura turística que melhorou recentemente, e hoje a vila conta com boas pousadas e hotéis, postos de saúde, restaurantes, agências de turismo, poucas lojas e muitas barracas com artesanato.

Como proteger?

Milton Matta é um advogado da valoração econômica da água. “Ela é o bem natural e mineral mais precioso para a sobrevivência da humanidade”, diz. Os recursos hídricos são cruciais para manter o equilíbrio da floresta e o clima do mundo, para abastecer a agricultura (que responde por 70% do consumo de toda a água mundial) e a indústria (20%).
Até agora, não existe um modelo de uso para proteger o Aquífero Alter do Chão. Para tanto, é preciso aprofundar os estudos e produzir informações destinadas a alimentar o Método de Valoração Contingente, aplicado nos Estados Unidos e na União Europeia. Recomendado pela comunidade científica para precificar o valor de recursos naturais, tais como aquíferos, o conceito consta da Declaração do Milênio, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2000.
Para implementar uma política para as águas da Amazônia, a valoração é imprescindível. O engenheiro André Montenegro, da UFPA, ressalta que “o que se paga pela água hoje é basicamente o custo de captação, tratamento e distribuição, um valor ridículo e tecnicamente errado”. O certo, segundo o economista Mário Ramos Ribeiro, seria “valorar o uso direto, o uso indireto e o ‘valor de existência’, e somá-los. Este último, o valor de existência, exige uma metodologia mais complexa, pois as águas são bens públicos para os quais não há mercados e, consequentemente, não há preços monetários”.
Os pesquisadores paraenses propõem a adoção de um valor de “não uso”. Assim, o recurso ganhar valor e importância pelo fato de ser mantido na natureza.
As águas da Amazônia mantêm o equilíbrio ecossistêmico da floresta tropical úmida e controlam a geração de chuvas para toda a agricultura do país, regulando o equilíbrio climático. “Dessa forma, é preciso entender que águas circulando e a floresta em pé têm uma importância significativa para a economia do país. Não é descabida a ideia de se estabelecerem mecanismos de compensação financeira que, como as águas, funcionem como meios de transferência também de renda entre as regiões brasileiras”, defende Matta.
Em 1995, o então vice-presidente do Banco Mundial, Ismail Serageldin, afirmou que “as guerras no próximo século acontecerão por causa da água”. O próximo século já chegou e, segundo a ONU, 1,6 bilhão de pessoas vivem em regiões com escassez de água. Até 2025, dois terços da população mundial podem ser afetados pelas condições do recurso. Em 2012, 80% das doenças em países em desenvolvimento foram causadas por água não potável e saneamento precário, incluindo instalações de saneamento inadequadas.
Diante da privilegiada situação do Brasil e do rarefeito panorama mundial da água, é urgente desenvolver mais pesquisas sobre o maior manancial de água potável do mundo. Para isso, é necessário investir no mapeamento dos aquíferos, fazer o levantamento dos recursos hídricos e estabelecer uma política de utilização e exploração sustentável.

Revista Planeta