sábado, 28 de maio de 2011

Quem escreveu a Bíblia?

 

 

A história de Deus foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos? 

As respostas são surpreendentes - e vão mudar sua maneira de ver as Escrituras

por Texto José Francisco Botelho

Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito. Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.
A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso.
As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado.
As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco). Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé, o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. “A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS.
Foi entre os séculos 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num pequeno e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escrituras foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o Gênesis e o Êxodo. Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e às vezes conflituosa) entre Deus e os homens. Só que, logo no começo da Beeblia, já existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na história toda. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.
Em alguns trechos ele é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová. É um tratamento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus”). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisés escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis. Só que um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra teoria: esses textos tiveram pelo menos outros dois editores.
Acredita-se que os trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal. Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yahweh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que, na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação de Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história toda. “Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o teólogo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio Grande do Sul.
Pelo nome que usa para se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista. Já o outro autor, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta. Mais sisudo e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do Deus-Javé, que fez o mundo num único dia, o Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.
Tempos mais tarde, os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada, foi parar no início das Escrituras. Começando por aquela frase incrivelmente simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia: “E, no início, Deus criou o céu e a terra...”
Em 589 a.C., Jerusalém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque. Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua fé transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e diziam que Javé era o único e absoluto deus do Universo. “O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os persas – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência de um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã. Essa noção se reflete até na idéia cristã de um combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.
A versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdotes que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escrituras. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia: os 10 Mandamentos. Além de afirmar o monoteísmo sem sombra de dúvidas (“amarás a Deus acima de todas as coisas” é o primeiro mandamento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como se fosse um de vós”.
Outras passagens, no entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades inteiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”, pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia. Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babilônios. Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de ódio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel. Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.
Por volta do ano 200 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é dessa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande centro cultural da época. Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua franca do Oriente Médio naquela época.
Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.
E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.
A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Quer ver um exemplo?
Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritores judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.
A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte não passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organizar esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.
A Bíblia segundo Marcião
Ele nasceu na atual Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo influente e resolveu montar sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo. Para os gnósticos, o Deus do Velho Testamento não era o mesmo que enviara Jesus – na verdade, as duas divindades seriam inimigas mortais. O Deus hebraico era monstruoso e sanguinário, e controlava apenas o mundo material. Já o universo espiritual seria dominado por um Deus bondoso, o pai de Jesus. A Bíblia editada por Marcião continha apenas o Evangelho de João, 11 cartas de Paulo e nenhuma página do Velho Testamento. Se as idéias de Marcião tivessem triunfado, hoje as histórias de Adão e Eva no paraíso, a arca de Noé e a travessia do mar Vermelho não fariam parte da cultura ocidental. Mas, por volta de 170, o gnosticismo foi declarado proibido pelas autoridades eclesiásticas, e o primeiro editor da Bíblia cristã acabou excomungado.
Roma, até então pior inimiga dos cristãos, ia se rendendo à nova fé. Em 313, o imperador romano Constantino se aliou à Igreja. Ele pretendia usar a força crescente da nova religião para fortalecer seu império. Para isso, no entanto, precisava de uma fé una e sólida. A pressão de Constantino levou os mais influentes bispos cristãos a se reunirem no Concílio de Nicéia, em 325, para colocar ordem na casa de Deus. Ali, surgiu o cânone do cristianismo – a lista oficial de livros que, segundo a Igreja, realmente haviam sido inspirados por Deus.
“A escolha também era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grupo era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Império Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, das Escrituras.
Eles escolheram os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as invenções dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus autores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, “o que foi ocultado”. A maioria dos apócrifos se perdeu – afinal de contas, os escribas da Igreja não estavam interessados em recopiá-los para a posteridade. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaços desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um polêmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jesus, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a ela é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quanto Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o que explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretação do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade seriam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputação de Maria).
Na evolução da Bíblia, foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É provável que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se que essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.
Após a conversão do imperador Constantino, o eixo do cristianismo se deslocou do Oriente Médio para Roma. Só que, para completar a romanização da fé, faltava um passo: traduzir a palavra de Deus para o latim. A missão coube ao teólogo Eusebius Hyeronimus, que mais tarde viria a ser canonizado com o nome de são Jerônimo. Sob ordens do papa Damaso, ele viajou a Jerusalém em 406 para aprender hebraico e traduzir o Antigo e o Novo Testamento. Não foi nada fácil: o trabalho durou 17 anos.
Daí saiu a Vulgata, a Bíblia latina, que até hoje é o texto oficial da Igreja Católica. Essa é a Bíblia que todo mundo conhece. “A Vulgata foi o alicerce da Igreja no Ocidente”, explica o padre Luigi. Ela é tão influente, mas tão influente, que até seus erros de tradução se tornaram clássicos. Ao traduzir uma passagem do Êxodo que descreve o semblante do profeta Moisés, são Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”. Esse detalhe esquisito foi levado a sério por artistas como Michelangelo – sua famosa escultura representando Moisés, hoje exposta no Vaticano, está ornada com dois belos corninhos. Tudo porque Jerônimo tropeçou na palavra hebraica karan, que pode significar tanto “chifre” quanto “raio de luz”. A tradução correta está na Septuaginta: o profeta tinha o rosto iluminado, e não chifrudo. Apesar de erros como esse, a Vulgata reinou absoluta ao longo da Idade Média – durante séculos, não houve outras traduções.
O único jeito de disseminar o livro sagrado era copiá-lo à mão, tarefa realizada pelos monges copistas. Eles raramente saíam dos mosteiros e passavam a vida copiando e catalogando manuscritos antigos. Só que, às vezes, também se metiam a fazer o papel de autores.
Após a queda do Império Romano, grande parte da literatura da Antiguidade grega e romana se perdeu – foi graças ao trabalho dos monges copistas que livros como a Ilíada e a Odisséia chegaram até nós. Mas alguns deles eram meio malandros: costumavam interpolar textos nas Escrituras Sagradas para agradar a reis e imperadores. No século 15, por exemplo, monges espanhóis trocaram o termo “babilônios” por “infiéis” no texto do Antigo Testamento – um truque para atacar os muçulmanos, que disputavam com os espanhóis a posse da península Ibérica.
Escrituras em série
Tudo isso mudou após a invenção da imprensa, em 1455. Agora ninguém mais dependia dos copistas para multiplicar os exemplares da Bíblia. Por isso, o grande foco de mudanças no texto sagrado passou a ser outro: as traduções.Em 1522, o pastor Martinho Lutero usou a imprensa para divulgar em massa sua tradução da Bíblia, que tinha feito direto do hebraico e do grego para o alemão. Era a primeira vez que o texto sagrado era vertido numa língua moderna – e a nova versão trouxe várias mudanças, que provocavam a Igreja (veja quadro na pág. 65). Logo depois um britânico, William Tyndale, ousou traduzir a Bíblia para o inglês. No Novo Testamento, ele traduziu a palavra ecclesia por “congregação”, em vez de “igreja”, o termo preferido pelas traduções católicas. A mudança nessa palavrinha era um desafio ao poder dos papas: como era protestante, Tyndale tinha suas diferenças com a Igreja. Resultado? Ele foi queimado como herege em 1536. Mas até hoje seu trabalho é referência para as versões inglesas do livro sagrado.
A Bíblia chegou ao nosso idioma em 1753 – quando foi publicada sua primeira tradução completa para o português, feita pelo protestante João Ferreira de Almeida. Hoje, a tradução considerada oficial é a feita pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lançada em 2001. Ela é considerada mais simples e coloquial que as traduções anteriores. De lá para cá, a Bíblia ganhou o mundo e as línguas. Já foi vertida para mais de 300 idiomas e continua um dos livros mais influentes do mundo: todos os anos, são publicadas 11 milhões de cópias do texto integral, e 14 milhões só do Novo Testamento.
Depois de tantos séculos de versões e contra-versões, ainda não há consenso sobre a forma certa de traduzi-la. Alguns buscam traduções mais próximas do sentido e da época original – como as passagens traduzidas do hebraico pelo lingüista David Rosenberg na obra O Livro de J, de 1990. Outros acham que a Bíblia deve ser modernizada para atrair leitores. O lingüista Eugene Nida, que verteu a Bíblia na década de 1960, chegou ao extremo de traduzir a palavra “sestércios”, a antiga moeda romana, por “dólares”. Em 2008, duas versões igualmente ousadas estão agitando as Escrituras: a Green Bible (“Bíblia Verde”, ainda sem versão em português), que destaca 1 000 passagens relacionadas à ecologia – como o momento em que Jó fala sobre os animais –, e a Bible Illuminated (‘Bíblia Iluminada”, em inglês), com design ultramoderno e fotos de celebridades como Nelson Mandela e Angelina Jolie.
A Bíblia se transforma, mas uma coisa não muda: cada pessoa, ou grupo de pessoas, a interpreta de uma maneira diferente – às vezes, com propósitos equivocados. Em pleno século 21, pastores fundamentalistas tentam proibir o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA, sendo que a própria Igreja aceita as teorias de Darwin desde a década de 1950. Líderes como o pastor Jerry Falwell defendem o retorno da escravidão e o apedrejamento de adúlteros, e no Oriente Médio rabinos extremistas usam trechos da Torá para justificar a ocupação de terras árabes. Por quê? Porque está na Bíblia, dizem os radicais. Não é nada disso. Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência.

Top 5 pragas

I. Quando os hebreus eram escravos no Egito, o Senhor enviou 10 pragas contra os opressores do povo escolhido. A primeira delas foi transformar toda a água do país em sangue (Êxodo 7:21).
II. Como o faraó não libertava os hebreus, o Senhor radicalizou: matou, numa só noite, todos os primogênitos do Egito. “E houve grande clamor no país, pois não havia casa onde não houvesse um morto” (Êxodo 12:30).
III. Desgostoso com os pecados de Sodoma e Gomorra, Deus destruiu as duas cidades com uma chuvarada de fogo e enxofre (Gênesis 19:24).
IV. Para punir as deso­bediências do rei Davi, o Senhor enviou uma doença não identificada, que matou 70 mil homens e 200 mil mulheres e crianças (2 Samuel, 24: 1-13).
V. Quando a nação dos filisteus roubou a arca da Aliança, onde estavam guardados os 10 Mandamentos, o Senhor os castigou com um surto de hemorróidas letais. “Os intestinos lhes saíam para fora e apodreciam” (1 Samuel 5:9) .

Os possíveis autores

1200 a.C. - Moisés
Segundo uma lenda judaica, a Torá (obra precursora da Bíblia) teria sido escrita por ele. Mas há controvérsias, pois existe um trecho da Torá que diz: “Moisés morreu e foi sepultado pelo Senhor próximo a Fegor”. Ora, se Moisés é o autor do texto, como ele poderia ter relatado a própria morte?
1000 a.C. - Javista
Viveu na corte do rei Davi, no antigo reino de Israel, e era um aristocrata. Ou, quem sabe, uma aristocrata: para o crítico Harold Bloom, Javista era mulher. Isso porque os personagens femininos da Bíblia (Eva e Sara, por exemplo) são muito mais elaborados que os masculinos.
Século 4 a.C. - Esdras
Líder religioso que reformou o judaísmo e possível editor do Pentateuco (5 primeiros livros da Bíblia). Vários trechos bíblicos editados por ele pregam a violência: “Derrubareis todos os altares dos povos que ides expropriar, queimareis as casas, e mudareis os nomes desses lugares”.
Século 1 - Paulo
Nunca viu Cristo pessoalmente, mas foi o primeiro a escrever sobre ele. Nascido na Turquia, Paulo viajou e fundou igrejas pelo Oriente Médio. Ele escrevia cartas para essas igrejas, contando a incrível aventura de um tal Jesus – que foi crucificado e ressuscitou.
Século 1 - Maria Madalena
Estava entre os discípulos favoritos de Jesus – e, diferentemente do que o Vaticano sustentou durante séculos, nunca foi prostituta. Pelo contrário: tinha influência no cristianismo e é a suposta autora do Apócrifo de Maria, um livro em que fala sobre sua relação pessoal com Jesus e divulga os ensinamentos dele.
Século 1 - João
Escreveu o 4o evangelho do Novo Testamento (João) e o Livro do Apocalipse, o último da Bíblia. Para ele, Jesus não é apenas um messias – é um ser sobrenatural, a própria encarnação de Deus. Essa interpretação mística marca a ruptura definitiva entre judaísmo e fé cristã.
Século 5 - Jerônimo
Nascido no território da atual Hungria, este padre foi enviado a Jerusalém com uma missão importantíssima: traduzir a Bíblia do grego para o latim. Cometeu alguns erros, como dizer que o profeta Moisés tinha chifres (uma confusão com a palavra hebraica karan, que na verdade significa “raio de luz”).
Século 16 - William Tyndale
Possuir trechos da Bíblia em qualquer idioma que não fosse o latim era crime. O professor Tyndale não quis nem saber, traduziu tudo para o inglês, e acabou na fogueira. Mas seu trabalho foi incrivelmente influente: é a base da chamada “Bíblia do Rei James”, até hoje a tradução mais lida nos países de língua inglesa.

Top 5 matanças

I. Um grupo de meninos malcriados zombou da calvície do profeta Eliseu. Pra quê! Na hora, dois ursos famintos saíram de um bosque e comeram as crianças (2 Reis 2:24).
II. Cercado por um exército de filisteus, o herói Sansão apanhou a mandíbula de um jumento morto. Usando o osso como arma, ele massacrou mil inimigos (Juízes, 15:16).
III. O profeta Elias convidou os sacerdotes do deus Baal para uma competição de orações. Era uma armadilha: Elias incitou o povo, que linchou os pagãos (1 Reis 18:40).
VI. Os judeus haviam perdido a fé e começaram a adorar um bezerro de ouro. Moisés ficou furioso e mandou sacerdotes levitas matar 3 mil infiéis (Êxodo 32:19).
V. A nação dos amalequitas disputava o território de Canaã com os judeus. O Senhor ordena que todos os amalequitas sejam chacinados (1 Samuel 15:18).

Top 5 satanagens

I. Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Lot embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia (Gênesis 19:31).
II. O Cântico dos Cânticos, atribuído ao rei Salomão, é altamente erótico. Um dos trechos: “Teu corpo é como a palmeira, e teus seios, como cachos de uvas” (Cânticos 7:7).
III. Os anjos do Senhor tiveram chamegos ilícitos com mulheres mortais. “Vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2).
IV. A Bíblia diz que os antigos egípcios eram muito bem-dotados. Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudades dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque “seus amantes (...) ejaculavam como cavalos” (Ezequiel 23:20).
V. O hebreu Onã casou com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela – preferia o prazer solitário. Do nome dele vem o termo “onanismo”, que significa masturbação (Gênesis 38:9).

As história da história

Como o livro sagrado evoluiu ao longo dos tempos
Tanach - Século 5 a.C.
É a Bíblia judaica, e tem 3 livros: Torá (palavra hebraica que significa “lei”), Nebiim (“profetas”) e Ketuvim (“escritos”). É parecida com a Bíblia atual, pois os católicos copiaram seus escritos. Contém as sementes do monoteísmo e da ética religiosa, mas também pregações de violência. A primeira das bíblias tem trechos ambíguos e misteriosos – algumas passagens dão a entender que Javé não é o único deus do Universo.
Septuaginta - Século 3 a.C.
O Oriente Médio era dominado pelos gregos e pelos macedônios. Muitos judeus viviam em cidades de cultura grega, como Alexandria, e desejavam adaptar sua religião aos novos tempos. Diz a lenda que Ptolomeu, rei do Egito, reuniu um grupo de 72 sábios judeus para traduzir a Tanach – e fizeram tudo em 72 dias. Por isso, o resultado é conhecido como Septuaginta. Inclui textos que não constam da Tanach.
Novo Testamento - Século 1
A língua do Antigo Testamento é o hebraico, mas o Novo Testamento foi escrito num dialeto grego chamado coiné. Contém os relatos sobre vida, milagres, morte e ressurreição de Jesus – os evangelhos. Em alguns trechos, vai deixando evidente a divergência entre cristianismo e judaísmo. É o caso, por exemplo, do Evangelho de João, em que Jesus é descrito como uma encarnação de Deus (coisa na qual os judeus não acreditavam).
Católica - Século 4
Seus autores decidiram incluir 7 livros que os judeus não reconheciam. São os chamados Deuterocanônicos: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus 1 e 2 (mais trechos dos livros Daniel e Ester). A Bíblia católica bate na tecla do monoteísmo: a palavra hebraica Elohim, usada na Tanach para designar a divindade, é o plural de El, um deus cananeu. Mas foi traduzida no singular e virou “Senhor”.
Ortodoxa - Por volta do século 4
É baseada na Septuaginta, mas também inclui livros considerados apócrifos por católicos e protestantes: Esdras 1, Macabeus 3 e 4 e o Salmo 151. A tradução é mais exata (nesta Bíblia, Moisés nunca teve chifres, um erro de tradução introduzido pela Bíblia latina), e os escritos não são levados ao pé da letra: para os ortodoxos, o que conta são as interpretações do texto bíblico, feitas por teólogos ao longo dos séculos.
Protestante - Século 16
Ao traduzir a Bíblia para o alemão, Martinho Lutero excluiu os livros Deuterocanônicos e mudou algumas coisas. Um exemplo é a palavra grega metanoia, que na Bíblia católica significa “fazer penitência” – uma referência à confissão dos pecados, um dos sacramentos católicos. Já Lutero traduziu metanoia como “reviravolta”. Para ele, confessar os pecados era inútil. O importante era transformar a vida pela fé.

Top 5 milagres

I. O maior de todos os milagres divinos foi o primeiro: a Criação do mundo, pelo poder da palavra. “E Deus disse: que haja luz. E houve luz” (Gênesis 1:3).
II. Para dar-lhe uma amostra de seus poderes, o Senhor leva Ezequiel a um campo cheio de esqueletos – e os traz de volta à vida. “O vento do Senhor soprou neles, e viveram” (Ezequiel, 37; 1-28).
III. Graças à benção divina, o herói Sansão tinha a força de muitos homens. Certa vez, foi atacado por um leão. “O espírito do Senhor deu-lhe poder, e Sansão destroçou a fera com as próprias mãos, como se matasse um cabrito” (Juízes 14:6).
IV. Josué liderava uma batalha contra os amalequitas, mas o Sol estava se pondo. Como não queria lutar no escuro, o hebreu pediu ajuda divina – e o Sol ficou no céu (Josué 10:13).
V. Para fugir do Egito, os hebreus precisavam atravessar o mar Vermelho. E não tinham navios. Moisés ergueu seu bastão e as águas do mar se dividiram. Após a passagem dos hebreus, o profeta deixou que as ondas se fechassem sobre os exércitos do faraó (Êxodo 14; 21-30).

Para saber mais

A Bíblia: Uma Biografia
Karen Armstrong, Jorge Zahar Editora, 2007.
Who Wrote the Bible?
Richard Elliott Friedman, HarperOne, 1997.

Astronomia: Saiba tudo sobre a aproximação do cometa Elenin

Nos últimos dias recebemos diversos emails a respeito da aproximação do cometa Elenin C/2010 X1, nos questionando sobre quando o objeto poderá ser visto ou se representa alguma ameaça de colisão com a Terra. Para sanar essas e outras dúvidas preparamos este artigo, que ajudará você na observação do cometa.
Cometa Elenin

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Batizado oficialmente de C/2010 X1, o cometa Elenin foi descoberto em 10 de dezembro de 2010 pelo astrônomo russo Leonid Elenin, através de um dos telescópios robóticos do International Scientific Optical Network, instalado no Novo México, EUA. A órbita do cometa Elenin é de 11.700 anos e de acordo com os dados keplerianos mais recentes o cometa atingirá o ponto de maior aproximação com nosso planeta em 16 de outubro de 2011, quando passará a mais de 34 milhões de km da Terra.


Destaques da passagem do cometa Elenin
Quando ver A partir de 20 de julho, depois do pôr-do-Sol. Neste dia o cometa atingirá magnitude 9.9 e poderá ser visto por lunetas de pequeno porte. Após setembro será possível vê-lo desde a madrugada até o nascer do Sol com magnitude teórica de 4.6.
Até quando? Até Novembro. Depois disso o cometa nascerá com o Sol já alto na maior parte do país, ofuscando a observação.
Núcleo 3.5 km de diâmetro
Coma 80 mil km de diâmetro
Velocidade 86000 km/h. Relativa ao dia da máxima aproximação
10 de setembro Periélio (menor distância do Sol): 71 milhões de quilômetros
12 a 15 de setembroCometa visível nas imagens Lasco do satélite Soho
26 de setembro Mínimo ângulo com o Sol: 1.9 grau de separação
8 de outubro Conjunção com Cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdušáková
15 de Outubro Conjunção com Marte
16 de outubro Perigeu: máxima aproximação coma Terra a 34.9 milhões km
22 de Novembro Oposição a 175 graus do Sol
Para onde olhar Clique aqui e faça simulações para diversas datas e horários

Devido à enorme distância, não existe qualquer possibilidade de risco de colisão. Além disso, por ser um objeto de pequena massa, Elenin não provocará qualquer efeito gravitacional nos objetos do Sistema Solar.

Orbita do Cometa Elenin

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Quando foi descoberto, Elenin era um objeto muito tênue e apresentava magnitude aparente de 19.5, cerca de 150 mil vezes menos brilhante que o limiar da visão humana. Entretanto, à medida que se aproxima seu brilho aumenta.
Inicialmente, os pesquisadores estimavam que seu brilho máximo chegaria a 4.5 magnitudes, o que permitiria que fosse visto facilmente durante as madrugadas. No entanto, estimativas recentes mostram que o cometa não será tão brilhante como calculado e somente poderá ser visto com auxílio de lunetas e telescópios, mesmo de pequeno porte.
É importante lembrar que os cometas são muito imprevisíveis e podem apresentar comportamentos bastante bizarros à medida que se aproximam do Sol. Entre os fenômenos já observados está o outburst, quando repentinamente se rompem e produzem inúmeros fragmentos brilhantes. Além disso, devido à pressão do vento solar a cauda cometária também pode variar muito de tamanho.
Observando

Para observar o cometa Elenin, tudo que você precisará será de um pequeno binóculo ou telescópio, além de um campo de visão desobstruído na direção do quadrante oeste, ou seja, do lado que o Sol se põe. Como explicado, a partir de julho o cometa já poderá ser visto ainda que com pouco brilho, que aumentará lentamente até setembro.
Ilustrações: No topo, imagem do cometa C/2010 X1 Elenin registrada em 8 de abril de 2011 pelo astrônomo amador Gustavo Muller, a partir do Observatório de Nazaret, nas Ilhas Canárias. No momento da image Elenin se encontrava a 280 milhões de km de distância e apresentava brilho de magnitude 13.8. No detalhe da foto vemos o cálculo da extensão do cometa, de 27.4 arco-segundos. Na sequência, diagrama da órbita cometária mostrando as diversas posições de Elenin. Créditos: Gustavo Muller/Observatório de Nazaret/Leonid Elenin/Apolo11.com.

domingo, 15 de maio de 2011

Celulares podem estar matando abelhas. Entenda a relação

 

 

Campo eletromagnético gerado pelos celulares deixa abelhas desnorteadas, até finalmente caírem mortas no chão
13 de Maio de 2011 | 12:22h

     

Reprodução
Abelha
Pesquisadores do Instituto Federal Suíço de Tecnologia afirmam que conversas por celular podem resultar na morte de abelhas. Em relatório, o pesquisador-chefe Daniel Favre explicou que sua equipe fez 83 experimentos que gravaram as reações das abelhas com celulares em chamada, ligados (mas fora de uso) e desligados.

Quando os celulares estavam recebendo ou fazendo chamadas, o som emitido pelos insetos aumentou 10 vezes em relação aos celulares desligados. Em seguida, as abelhas ficaram desnorteadas, até finalmente caírem mortas no chão.

As abelhas emitem ruídos mais altos apenas como sinal para saírem da colméia. O campo eletromagnético do celular induz o ato, que pode gerar sérios problemas para uma colônia.


Outros fatores também podem contribuir com a morte dos insetos. Poluição do ar, uso de pesticidas e alterações climáticas são alguns dos exemplos citados pela ONU em 2008.


As abelhas são umas das principais responsáveis pela polinização natural de plantas. Em cada 100 plantas cultivadas pelo homem (90% são consumidas), 70 são polinizadas por abelhas. Sem a polinização pelos insetos, algumas plantas - que não podem se auto-polinizar -, deixariam de se reproduzir e, assim, deixariam de existir com o tempo.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

CONFORME A MATÉRIA ABAIXO, A TÃO TEMIDA TEMPESTADE SOLAR PODE NÃO PASSAR DE UM ESPETÁCULO...







 "Nós poderemos assistir a um descomunal espetáculo de fogos de artifício em 2012. O Sol se aproximará do seu pico no ciclo solar de 11 anos, conhecido como “máximo solar“, então devemos esperar uma grande atividade solar. Algumas previsões colocam o máximo do Ciclo Solar 24 como até mais energético que os últimos máximos solares de 2002 e 2003 (lembra-se das explosões de classe X quebrando recordes em 2003?). Os físicos solares estão entusiasmados com este novo ciclo e novos métodos de previsão têm sido colocados em uso. Deveríamos preocupar-nos?

Diferentemente dos muitos cenários do apocalipse que apresentamos aqui sobre o final do mundo baseado nas profecias Maias para o ano 2012, este cenário na realidade tem alguma base científica. Além disso, pode eventualmente até existir alguma correlação entre o ciclo solar de 11 anos e os ciclos temporais vistos no calendário Maia. Será que esta antiga civilização conseguiu compreender que os pólos magnéticos do Sol sofrem inversão de polaridade a cada década? Além disso, alguns textos religiosos dizem que o dia do ‘Fim do Mundo‘ implicará em uma grande quantidade de fogo e enxofre. Pelo que parece, a expectativa é que vamos mesmo morrer assados vivos por nossa própria estrela em 21 de dezembro de 2012!

Antes de passarmos direto para as conclusões sobre esse tema, daremos um passo atrás e vamos meditar sobre tudo isto. Assim como as demais formas nas quais o mundo terminará em 2012, a possibilidade de que o Sol expulse uma descomunal tempestade solar daninha até a Terra tem sido bastante atraente para os profetas do apocalipse. Todavia, olhando para o que realmente ocorre durante um evento de explosões solares dirigidas até nosso planeta, nós constatamos que na verdade a Terra tem estado muito bem protegida da fúria solar. Todavia, alguns satélites artificiais não estarão a salvo…

A Terra tem evoluído ao longo das eras rodeada por um ambiente altamente radioativo. O Sol lança constantemente partículas de alta energia, a partir da sua superfície dominada pelo magnetismo, através do vento solar. Durante o máximo solar (quando o Sol está em sua etapa mais ativa no ciclo solar de 11 anos), a Terra pode ter o infortúnio de estar na mira de uma explosão com a energia equivalente a 100 bilhões de vezes a bomba de Hiroshima na II Guerra Mundial. Esta explosão é conhecida como tempestade solar e seus efeitos podem causar alguns problemas aqui na Terra.
Antes de revermos aqui os efeitos colaterais na Terra, vamos analisar o comportamento do Sol e compreender as razões dele se enfurecer tanto cada 11 anos, nos períodos de “máximo solar“.




O Ciclo Solar
Primeiro e o mais importante: o Sol tem um ciclo natural de aproximadamente 11 anos. Durante o tempo de vida de cada ciclo, as linhas de campo magnético do Sol são arrastadas ao redor do corpo solar mediante uma rotação diferenciada no equador solar. Isto significa que o equador solar gira mais rapidamente que os pólos magnéticos. Conforme isto prossegue, o plasma solar arrasta as linhas de campo magnético ao redor do Sol, provocando tensão e acumulando energia (ilustrado na figura acima). Conforme aumenta a energia magnética, formam-se ondas no fluxo magnético, forçando-as mover-se até a superfície. Estas ondas são conhecidas como bolhas coronais as quais se fazem mais numerosas durante os períodos de pico solar.

Aqui entram em jogo as manchas solares. Conforme as bolhas coronais continuam surgindo na superfície, as manchas solares aparecem também, situadas na base das bolhas. As bolhas coronais têm o efeito de empurrar as camadas mais quentes da superfície do Sol (a fotosfera e a cromosfera) para os lados, expondo a zona de convecção mais fria (as razões de porque a superfície solar e a atmosfera estão mais quentes que o interior se deve o fenômeno de aquecimento da corona). Conforme a energia magnética se acumula, pode-se esperar que cada vez maior fluxo magnético seja forçado a unir-se. Aqui é onde tem lugar o fenômeno de re-conexão magnética.

A re-conexão é o gatilho do acionamento de explosões solares de diversos tamanhos. Tal e como já explicado em outro artigo da Universe Today (”Fluxos coronais quentes podem ser a chave para as explosões solares“), as explosões solares variam desde as “nano tempestades” até as “explosões da classe-X” que são os eventos solares mais energéticos. Calcula-se que as maiores explosões solares podem gerar a energia de 100 bilhões de explosões atômicas, mas não deixe que este número o preocupe. Para começar, estas explosões têm lugar na corona baixa, próxima da superfície solar, ou seja, há quase 150 milhões de quilômetros de distância (1 UA – Unidade Astronômica). A Terra não está nem ao menos perto dessas erupções.

Quando as linhas de campo magnético solar liberam uma enorme quantidade de energia, o plasma solar se acelera e fica confinado dentro do ambiente magnético (o plasma solar é formado de partículas superaquecidas iônicas como prótons, elétrons e alguns elementos leves como os núcleos de Hélio). Quando as partículas do plasma interagem, Raios-X podem ser gerados se as condições necessárias estão adequadas, tornando-se possível o evento denominado bremsstrahlung. (O bremsstrahlung tem lugar quando as partículas carregadas interagem, dando como resultado uma emissão de raios-X). Isto pode criar uma tempestade de raios-X (ou rajadas de Raios-X).



O problema com as rajadas de raios-X
O maior problema com uma rajada de raios-X é que temos bem pouco tempo de aviso prévio para detectar quando esse evento irá acontecer, uma vez que os raios-X viajam na velocidade da luz (na imagem acima temos uma rajada que quebrou recordes em 2003). Os raios-X de uma tempestade de classe-X alcançam a Terra em cerca de oito minutos. Quando os raios-X impactam nossa atmosfera, estes são absorvidos pela camada mais externa, conhecida como ionosfera. Como já se pode deduzir por esse nome, esta é uma camada altamente carregada e reativa, repleta de íons (núcleos atômicos e elétrons livres).

Durante eventos solares tão potentes, os índices de ionização entre os raios-X e os gases atmosféricos se incrementam nas camadas D e E da ionosfera. Isto provoca um aumento súbito na produção de elétrons nestas camadas. Estes elétrons podem causar interferências na passagem das ondas de rádio através da atmosfera, absorvendo os sinais de rádio de onda curta (os da faixa de freqüência alta), bloqueando possivelmente as comunicações globais. Estes eventos são conhecidos como “Perturbações Ionosféricas Súbitas” (SID – “Sudden Ionospheric Disturbances“) e são comuns durante os períodos de alta atividade solar. É interessante apontar que o incremento na densidade de elétrons durante uma SID reforça a propagação das ondas de rádio de Muito Baixa Freqüência (VLF), um fenômeno que os cientistas usam para medir a intensidade dos raios-X que procedem do Sol.



Ejeções da massa coronal?
As emissões de explosões solares de raios-X são só uma parte da história. Se as condições são adequadas, pode ser produzida uma ejeção de massa coronal (CME – “coronal mass ejection“) na área da tempestade (embora esses fenômenos possam ocorrer de forma independente). As CMEs são mais lentas que os raios-X em sua propagação, mas seus efeitos globais aqui na Terra podem ser mais problemáticos. As CMEs não viajam a velocidade da luz, mas ainda assim viajam bem rápido. As CMEs podem chegar a uma velocidade de 3,2 milhões de km/h, o que significa que podem alcançar-nos em até 48 horas (1 UA ≈ 149,6 milhões de km).

Aqui é onde se põe grande parte do esforço na previsão do clima espacial. Temos um punhado de naves situadas entre a Terra e o Sol no Ponto de Lagrange Terra-Sol (L1) com sensores a bordo para medir a energia e intensidade do vento solar. Quando uma CME passa através de sua posição, podem-se medir diretamente as partículas energéticas e os campos magnéticos interplanetários (CMI). Uma missão conhecida como Explorador de Composição Avançado (ACE – Advanced Composition Explorer) orbita no ponto de Lagrange L1 e proporciona aos cientistas com 1 hora de antecedência informes sobre a situação da aproximação de uma CME. ACE forma parceria com o Observatório Heliosférico e Solar (SOHO – SOlar and Heliospheric Observatory) e com o Observatório de Relações Solares e Terrestres (STEREO – Solar TErrestrial RElations Observatory). Assim as CMEs podem ser rastreadas desde a corona inferior até o espaço interplanetário, através do ponto L1 até a Terra. Estas missões solares estão trabalhando ativamente juntas para proporcionar as agências espaciais previsões antecipadas sobre uma CME dirigida contra a Terra.

Então, o que acontece se uma CME alcança a Terra? Para começar, grande parte do impacto depende da configuração magnética do CMI (desde o Sol) e do campo geomagnético da Terra (a magnetosfera). Em geral, se ambos estão alinhados com suas polaridades apontando na mesma direção, é altamente provável que a CME seja repelida pela magnetosfera. Neste caso, a CME se deslizará sobre a Terra, provocando algumas mudanças de pressão e distorção na magnetosfera, mas de qualquer forma a CME será defletida sem problemas. Entretando, se as linhas dos campos magnéticos do CMI e da magnetosfera estão em uma configuração antiparalela (quero dizer: as polaridades magnéticas estão em direções opostas), pode então ocorrer uma re-conexão magnética nas bordas da magnetosfera. Neste evento, o CMI e a magnetosfera se fundem, conectando o campo magnético terrestre com o do Sol. Isto nos proporciona um dos eventos mais inspiradores da natureza: as auroras polares.


Satélites em Perigo
Quando o campo magnético de uma CME conecta com o da Terra, são injetadas partículas de alta energia na magnetosfera. Devido à pressão do vento solar, as linhas de campo magnético do Sol se centrarão na Terra, curvando-se atrás do nosso planeta. As partículas injetadas no “lado diurno” serão canalizadas para as regiões polares da Terra interagindo com nossa atmosfera e gerando a luz através das auroras. Durante esta época, o Cinturão de Van Allen ficará “super carregado eletricamente”, criando uma região ao redor da Terra que pode causar problemas aos astronautas desprotegidos e nos satélites sem escudos. Para mais detalhes, leia: “Radiation Sickness, Cellular Damage and Increased Cancer Risk for Long-term Missions to Mars“, “New Transistor Could Side-Step Space Radiation Problem.” e Viagem até Marte? Cuidado com os raios cósmicos!

Como se não fosse o bastante essa radiação do Cinturão de Van Allen, os satélites poderiam sucumbir-se à ameaça de uma atmosfera em expansão. Como seria de esperar, se o Sol golpear a Terra com raios-X e CMEs, haverá um aquecimento inevitável e uma expansão global da atmosfera, possivelmente invadindo as altitudes orbitais dos satélites. Se os controladores das agências espaciais não ficarem atentos, o efeito de aero frenagem sobre os satélites poderá provocar a sua desaceleração e conseqüente queda. Lembro que o processo de aero frenagem tem sido usado de forma extensiva como uma ferramenta de vôo espacial para frear as naves quando são postas em órbita ao redor de outro planeta. Assim isto terá um efeito adverso sobre os satélites que orbitam a Terra uma vez que qualquer diminuição da velocidade orbital poderá provocar sua reentrada indesejável na atmosfera.



Também sentimos os efeitos no solo
Embora os satélites estejam na linha de frente, se ocorrer um poderoso aumento na quantidade de partículas energéticas que entram na atmosfera, poderemos sentir os efeitos adversos aqui sobre a Terra também. Devido à geração de raios-X a partir dos elétrons da ionosfera, algumas formas de comunicação podem entrecortar-se (ou serem eliminadas por completo), mas isto não é tudo que pode acontecer. Nas regiões em latitudes particularmente altas, uma vasta corrente elétrica, conhecida como “electrojet“, pode formar-se na ionosfera graças a estas partículas entrantes, uma vez que uma corrente elétrica advém de um campo magnético. Dependendo da intensidade da tormenta solar, as correntes elétricas podem ser induzidas aqui no solo, sobrecarregando eventualmente as redes elétricas globais. Em 13 de março de 1989, seis milhões de pessoas sofreram um apagão na região de Quebec no Canadá depois de um enorme aumento na atividade solar causado por correntes induzidas no terreno. Quebec ficou paralisada durante nove horas enquanto seus engenheiros trabalhavam na solução do problema.




Pode nosso Sol produzir uma tempestade assassina?

A resposta curta a esta pergunta é “não”.

A resposta longa para essa questão é um pouco mais elaborada. Embora uma tempestade solar dirigida diretamente contra nós, possa provocar problemas secundários tais como danos nos satélites, lesões em astronautas sem proteção e apagões, a tempestade em si não é bastante potente para destruir a Terra, e certamente, não em 2012. Acrescento que, em futuro distante, quando o Sol comece a esgotar seu hidrogênio do núcleo e se converta em uma gigante vermelha, iremos ter um verdadeiro inferno no planeta Terra, mas isso só ocorrerá dentro de 5 ou mais bilhões de anos. Existe contudo até a probabilidade remota de que várias explosões de classe-X sucessivas sejam lançadas pelo Sol e por pura má sorte uma série de CMEs nos impactem conjuntamente com explosões de raios-X, mas tal nunca será bastante potente como para superar nossa magnetosfera, ionosfera e a grossa atmosfera abaixo que nos protege há bilhões de anos.

Diferentemente do nosso Sol, que é bem pacato, as explosões solares “assassinas” têm sido observadas em outras estrelas. Em 2006, o observatório Swift da NASA viu a maior tempestade solar jamais observada há 135 anos luz de distância. Com uma liberação de energia estimada em 50 quadrilhões (milhões de trilhões) de bombas atômicas, uma tempestade como a de II Pegasi haveria aniquilado a maior parte da vida na Terra se nosso Sol tivesse disparado tal tormento. Obviamente, nosso Sol não é uma II Pegasi. II Pegasi é uma violenta gigante vermelha com uma companheira binária em uma órbita muito próxima. Acredita-se que a interação gravitacional com sua companheira binária além do fato de que II Pegasi é uma gigante vermelha são as causas desta tempestade energética descomunal.

Os profetas do apocalipse gostam de apontar o Sol como uma possível fonte assassina para a Terra, mas o fato é que nosso Sol é uma estrela muito estável. Não possui uma binária companheira (como II Pegasi), tem um ciclo conhecido (de aproximadamente 11 anos) e não há provas de que nosso Sol tenha contribuído em nenhuma das extinções massivas no passado com uma enorme tempestade dirigida contra a Terra. Já foram observadas grandes explosões solares (tal como a tempestade de luz branca de Carrington em 1859)… mas a humanidade ainda continua tranqüila por aqui.

Para esfriar mais ainda o assunto, os físicos solares (em 2008 e 2009) estão surpreendidos pela carência inesperada da atividade solar no início do ciclo solar #24, o que tem levado alguns cientistas a especular que poderíamos estar próximos de um novo mínimo de Maunder e uma “Pequena Idade do Gelo“. Isto está em total oposição com a previsão anterior dos físicos solares da NASA feita em 2006 que estimaram que este ciclo fosse tornar-se extraordinário.

Isto me leva a concluir que ainda temos um longo caminho a percorrer na previsão das explosões solares. Embora a previsão do clima espacial esteja melhorando, só dentro de alguns anos estaremos capacitados a monitorar o Sol com uma precisão suficiente para dizer com alguma certeza quão ativo será o ciclo solar. Por ora, no que tange a profecia, previsão ou mito, não existe uma forma física de dizer se a Terra será golpeada por alguma tempestade, muito menos um enorme evento em 2012. Mesmo que uma grande tempestade venha a nos assolar, tendo em vista o máximo solar que está previsto para 2012, tal jamais será um evento que cause extinção massiva. Sim, os satélites poderão ser danificados, provocando problemas secundários como perda do serviço global de GPS (o que poderia interromper o controle de tráfico aéreo, por exemplo) ou as redes energéticas nacionais poderão sofrer sobrecargas causadas por “electrojets” de auroras, mas nada mais extremo que isso.
Mas espera aí! Para complicar esse problema, os profetas do apocalipse também têm afirmado que incrivelmente uma grande tempestade solar nos impactará justamente quando o campo magnético da Terra se enfraquece e se inverte, deixando-nos sem proteção ante os estragos de uma CME… As razões pelas quais isto também não vai ocorrer em 2012 já mereceram seu próprio artigo: “2012: Não haverá inversão dos pólos magnéticos da Terra“."

Referências e Fontes:
AstroPT: 2012 – Fim do Mundo
• A NASA vê o lado oculto do Sol
• O Sol volta a ter pequena atividade e manchas solares voltam a aparecer
• O Sol está muito calmo ultimamente. O que está acontecendo com o Sol?
• Qual é a situação atual do Sol?
• 2012: Don Yeomans, cientista da NASA e coordenador do programa NEO, explica o que não vai acontecer em 2012
• Seth Shostak do instituto SETI fala sobre o tema 2012 e comenta o filme
• 2012: Dr. Neil deGrasse Tyson fala sobre o tema e explica sobre o alinhamento galáctico
• 2012: Não haverá tempestade solar assassina
• 2012: Não haverá inversão dos pólos magnéticos da Terra
• 2012: Não Haverá o ‘Fim do Mundo’
• 2012: Não haverá Planeta X
• 2012: o Planeta X não é Nibiru
• 2012: Não haverá nenhum cometa assassino, Nibiru ou Planeta-X
• A procura pelo planeta X vai ganhar um reforço extra do observatório Pan-STARRS
A Ciência se dobra às profecias
 
 
 
“Ao entardecer, dizeis: haverá bom tempo porque o céu está rubro. E pela manhã: hoje haverá tempestade porque o céu está vermelho-escuro. Hipócritas! Sabeis, portanto, discernir os aspectos do céu e não podeis reconhecer os Sinais dos Tempos?” – Mateus (16: 2, 24)
Profecias ancestrais e diversas tradições indígenas anteviram o fenômeno. Mas agora, para surpresa de muita, muita gente, é a própria ciência que começa a reconhecer importantes mudanças no campo magnético e nas freqüências vibratórias da Terra. O ápice do processo, que, segundo alguns especialistas, deverá ocorrer em alguns anos provavelmente provocará a inversão do sentido da rotação do nosso planeta e também a inversão dos pólos magnéticos. Este texto é baseado nas informações que enfoca o trabalho do geólogo norte-americano Greg Braden, maior estudioso do fenômeno. Braden trabalha a partir da interface ciência-esoterismo e é autor do livro Awakening to Zero Point (Despertando para o Ponto Zero) e de um vídeo de quatro horas sobre o fenômeno e suas possíveis conseqüências para a humanidade.
Greg Braden está constantemente viajando pelos Estados Unidos e marcando presença na mídia demonstrando com provas científicas que a Terra estará passando pelo Cinturão de Fótons e que há uma desaceleração na rotação do planeta. Ao mesmo tempo, ocorre um aumento na freqüência ressonante da Terra (a chamada Ressonância Schumann; sobre este tema da Ressonância, leia mais ao final deste artigo).
Quando a Terra diminuir ao máximo a sua rotação e a freqüência ressonante alcançar o índice de 13 hz, estaremos no que Braden chama de Ponto Zero do campo magnético. A Terra ficará como se estivesse parada e, após dois ou três dias (os 3 dias de trevas da profecia católica?), recomeçará a girar só que na direção oposta. Isso poderá produzir uma total reversão nos campos magnéticos terrestres.

Frequência de base crescente

A freqüência de base da Terra, ou “pulsação” (a Ressonância Schumann), está aumentando drasticamente. Embora varie entre regiões geográficas, durante décadas a média foi de 7 a 8 ciclos por segundo. Essa medida já foi considerada uma constante. Comunicações globais militares foram desenvolvidas a partir do valor dessa freqüência. Recentes relatórios estabeleceram a taxa num índice superior a 11 ciclos.(será coincidência tantas pessoas com pressão alta?)  A ciência não sabe por que isso acontece – nem o que fazer com tal situação. Greg Braden encontrou dados coletados por pesquisadores noruegueses e russos sobre o assunto – que, por sinal, não é amplamente tratado nos Estados Unidos. A única referência à Ressonância Shumann (RS) encontrada na Biblioteca de Seattle está relacionada à meteorologia: a ciência reconhece a RS como um sensível indicador de variações de temperatura e condições amplas de clima. Braden acredita que a RS flutuante pode ser fator importante no desencadeamento das severas tempestades e enchentes dos últimos anos.
Campo magnético decrescente
Enquanto a taxa de “pulsação” está crescendo, seu campo de força magnético está declinando. De acordo com professor Banerjee, da Universidade do Novo México (EUA), o campo reduziu sua intensidade à metade, nos últimos 4 mil anos.
Como um dos fenômenos que costuma preceder a inversão do magnetismo polar é a redução desse campo de força, ele acredita que outra inversão deve estar acontecendo. Braden afirma, em função disso, que os registros geológicos da Terra que indicam inversões magnéticas também assinalam mudanças cíclicas ocorridas anteriormente.
E, considerando a enorme escala de tempo representada por todo o processo, devem ter ocorrido muito poucas dessas mudanças ao longo da história do planeta.
Impacto sobre o planeta
Greg Braden costuma afirmar que essas informações não devem ser usadas com o objetivo de amedrontar as pessoas. Ele acredita que devemos estar preparados para as mudanças planetárias, que irão introduzir uma Nova Era de Luz para o planeta: a nova humanidade viverá além do dinheiro e do tempo, com os conceitos baseados no medo e no egoísmo sendo totalmente dissolvidos. Braden lembra que o Ponto Zero ou a Mudança das Eras vem sendo predito por povos ancestrais há milhares de anos. Têm acontecido ao longo da história do planeta muitas transformações geológicas importantes, incluindo aquelas que ocorrem a cada 13 mil anos, precisamente na metade dos 26 mil anos (tempo que nosso sistema solar leva para completar uma volta ao redor de Alcione,o Sol Central da galáxia)  de Precessão dos Equinócios. O Ponto Zero ou uma alteração dos pólos magnéticos provavelmente acontecerá logo, acredita Braden. Poderia possivelmente sincronizar-se com o biorritmo de 4 ciclos da Terra, que ocorre a cada 20 anos, sempre no dia 12 de agosto. A última ocorrência foi em 2003. Afirma-se que depois do Ponto Zero o sol nascerá no oeste e se porá no leste. Ocorrências passadas, desse mesmo tipo de mudança, foram encontradas em registros ancestrais.
Os reflexos na vida humana
Greg Braden assinala que as mudanças na Terra estarão afetando cada vez mais nossos padrões de sono, relacionamentos, a habilidade de regular o sistema imunológico e a percepção do tempo. Tudo isso pode envolver sintomas como enxaquecas, cansaço, sensações elétricas na coluna, dores no sistema muscular, sinais de gripe e sono intenso. Ele associa uma série de conceitos de ordem esotérica aos processos geológicos e cosmológicos relacionados ao Ponto Zero.
Para Braden, cada ser humano está vivendo um intenso processo de “iniciação”. O tempo parecerá acelerar-se à medida que nos aproximarmos do Ponto Zero, em função do aumento da freqüência vibratória do planeta: 16 horas agora equivaleriam a um dia inteiro, ou seja, 24 horas. Durante o fenômeno da mudança, aponta ele, a maior parte de tecnologia que conhecemos deverá parar de operar. Possíveis exceções poderiam ser em aparelhos com tecnologia baseada no Ponto Zero ou Energia Livre. A inversão causada pelo Ponto Zero provavelmente nos introduzirá à Quarta Dimensão, diz o geólogo, então tudo o que pensarmos ou desejarmos vai se manifestar rapidamente. Isso inclui pensamentos e sentimentos diversos inconscientes. Daí que a “intenção” passará a representar um papel de suma importância na vida humana.
Um novo DNA
Para Braden, nosso corpo físico vem mudando à medida que nos aproximamos do Ponto Zero. Nosso DNA estaria sendo ampliado para 12 fitas em sua hélice, ao mesmo tempo em que um novo corpo de luz começaria a ser criado para os que realizassem um “Trabalho Interno adequado”. Em conseqüência disso, nos tornaríamos mais intuitivos e com maiores habilidades curativas. Ele afirma também que todas as doenças dos anos 90, incluindo a Aids, que são kármicas, desaparecerão. Nossos olhos ficariam como os do gato, para se ajustarem à nova atmosfera e nível de luz. E todas as crianças nascidas depois de 1998 provavelmente terão capacidades telepáticas. Segundo afirmações do VM Samael Aun Weor, fundador das instituições gnósticas, a passagem de todo o Sistema Solar e da Terra em particular afetaria toda a fauna e a flora, revolucionando as cadeiras de Química, Física e Biologia. Isso inclui também as ciências relacionadas ao ser humano.
O Calendário Maia, destaca Braden, predisse todas as mudanças que estão ocorrendo agora. Os seus textos afirmam que estamos indo além da tecnologia e voltando aos ciclos naturais: os da Terra e os do Universo. (Por volta de 2045 estaríamos então entrando mais aceleradamente na Quarta Dimensão, processo que se iniciou no exato momento em que Jesus estava crucificado, e que deverá ocorrer no próprio Ponto Zero.)
Acredite ou não, a Terra comporta-se como um enorme circuito elétrico. É verdade que a atmosfera é um condutor bastante fraco, e se não houvessem fontes de carga, toda a carga elétrica terrestre se disseminaria em cerca de 10 minutos. Existe uma “cavidade” definida pela superfície do planeta e o limite interior da ionosfera 55 quilômetros acima. Em qualquer momento dado, a carga presente nessa cavidade é de 500 mil Coulumbs. Existe uma corrente de fluxo entre o chão e a ionosfera de 10 a 12 ampères por metro quadrado, a resistência da atmosfera é de 200 ohms e a tensão é de 200 mil volts.
Aproximadamente mil tempestades luminosas acontecem a todo momento no mundo. Cada uma produz de 0,5 a 1 ampère, e elas, juntas, contribuem para a medida total do fluxo da corrente na “cavidade eletromagnética” da Terra.
As Ressonâncias de Schumann são ondas eletromagnéticas quase estáticas que existem nessa cavidade. Como ondas de uma mola, elas não estão presentes o tempo inteiro, mas sim têm de ser estimuladas para ser observadas. Elas não são causadas por nada que acontece no interior da Terra, sua crosta ou seu núcleo.
Parecem estar relacionadas à atividade elétrica na atmosfera, particularmente em períodos de intensa atividade luminosa. Elas ocorrem em diversas freqüências entre 6 e 50 hz; especificamente 7, 8, 14, 20, 26, 33, 39 e 45 hertz, com uma variação diária de cerca de 0,5 hz.
Manchas Solares
Enquanto as propriedades da cavidade eletromagnética da Terra permanecem as mesmas, essas freqüências também permanecem inalteradas. Presumivelmente, há uma mudança devida ao ciclo da mancha solar, já que a ionosfera terrestre responde ao ciclo de 11 anos de atividade solar. Ressonâncias de Schumann são mais facilmente observadas entre 2.000 e 2.200 UT.
Tendo em vista que a atmosfera suporta uma carga, uma corrente e uma voltagem, não é surpreendente encontrar tais ondas eletromagnéticas. As propriedades ressonantes dessa cavidade terrestre foram previstas inicialmente pelo físico alemão W.O. Schumann entre 1952 e 1957 e detectadas pela primeira vez por Schumann e Konig em 1954. A primeira representação espectral desse fenômeno foi preparada por Balser e Wagner em 1960. Muito da pesquisa, nos últimos 20 anos, foi conduzido pela Marinha norte-americana, que investiga freqüências extremamente baixas de comunicação com submarinos. Quem deseja mais informações técnicas poderá buscar o Handbook of Atmospheric Electrodynamies, vol. 1, de Hans Volland (CRC Press, 1995). Todo o capítulo 11 é sobre a Ressonância de Schumann, tendo sido escrito por Davis Campbel, do Instituto Geofísico da Universidade do Alasca.
Observam-se, por toda a face da Terra, significativos sinais de uma grande mudança. Toda a humanidade encontra-se num estado de “tensão e expectativa”. Expectativa de quê? Poucos sabem sabe ao certo, mas é um fato e ela existe, como bem o demonstra a insegurança pública. Os mais céticos afirmam ser devido à contingente situação atual da sociedade mundial. Alguns sociólogos afirmam ser devido às armas nucleares, ao chamado “equilíbrio do terror”, cujo arsenal nuclear é suficiente para destruir todo o planeta mais de uma centena de vezes. Já os ocultistas afirmam que estes “sintomas planetários sociais são o Inconsciente Coletivo”, prognosticando uma terrível e implacável seleção ou separação do trigo do joio, proveniente de um grande “Julgamento Cíclico”. Em verdade, contudo, podemos apenas afirmar que: Os tempos esperados já chegaram e que pouco importa se os homens estejam ou não conscientes disto.
Ademais, o real conhecimento da Causa que tanta repercussão vem fazendo refletir na insegura humanidade pertence somente àqueles que se fizeram “dignos de tais revelações”. Já um certo discípulo teve ocasião de dizer: “Quatro círculos concêntricos se apresentam atualmente para definirem a evolução espiritual dos seres que habitam a face da Terra: o 1º, ou externo, é formado pelos “irremediavelmente perdidos”, ou seja, aqueles que se defrontaram com o dantesco portal onde se lêem ainda as seguintes palavras: Lasciate Ogni Speranza, o Voi Ch’Entrate. Sim, para estes, foram perdidas todas as esperanças.
O 2º , dos “prováveis”, ou aqueles que lutam como Rarinantes in Gurgite Vasto (raros náufragos nadando num vasto abismo), para se salvarem da grande tribulação do presente ciclo, que a tudo e a todos ameaça destruir.
O 3º círculo é formado pelos já redimidos ou salvos, ou seja, aqueles que passaram por todas as Provas dolorosas da vida e delas saíram vitoriosos.
Finalmente, o 4º grupo, formado pelos guias ou instrutores da humanidade. Os que se acham ocultos no interior do Templo dedicado ao culto de Melquisedeck, e que outro não é senão o da Universidade Eucarística, o “Graal de todos os Graais”, sintetizados na Fraternidade Universal da Humanidade. Esses últimos seres a que se refere a citação acima muito bem sabem o que há de suceder num futuro próximo e muito mais. Sabem ainda a razão por que a Divindade manifestar-se-á como a “Face Rigorosa” (em lugar da Amorosa) do Eterno e Soberano Senhor dos Universos. (Para os interessados em mais detalhes, leiam o texto O Julgamento da Grande Rameira, neste mesmo link.)
De qualquer forma, para os cegos de espírito, que obstinadamente negam este futuro óbvio, eis os conselhos do sábio sacerdote atlante Rá-Mu. “Quando a estrela Baal caiu no lugar onde hoje só existem mar e céu, os dez países, com suas Portas de Ouro e Templos Transparentes, tremeram e estremeceram como se fossem as folhas de uma árvore sacudida pela tormenta. Eis que uma nuvem de fogo e fumaça se elevou dos palácios. Os gritos de horror lançados pela multidão enchiam o ar. Todos buscavam refugio nos templos, nas cidades, e o sábio Mu apresentando-se, lhes falou: “Eu não vos predisse todas essas coisas?” Os homens e mulheres, cobertos de faustosas vestes e pedras preciosas, clamavam: “Mu, salva-nos!” Ao que replicou Mu: “Morrereis com vossos escravos e vossas riquezas, e de vossas cinzas surgirão outros povos. Se eles (a 5ª Raça, Ária), porém, vos imitarem, esquecendo-se de que devem ser superiores, não pelo que adquirirem, mas pelo que oferecerem, a mesma sorte lhes caberá. O mais que posso fazer é justamente morrer convosco. Não tivestes dignidade para viver, tende pelo menos dignidade para morrer”. As chamas e o fumo afogaram as últimas palavras de Mu que, de braços abertos para o Ocidente, desapareceu nas profundezas do Oceano junto com 64 milhões de habitantes do imenso continente.
1. Espaço Profundo
Em 14 de dezembro de 1997, uma explosão foi percebida na Terra, vindo do espaço. De uma área do tamanho do Texas a 12 bilhões de anos-luz da Terra, ocorreu uma explosão, que baseada na fórmula E=Mc2, requereria toda a matéria visível no universo para liberar tamanha quantidade de energia. De acordo com determinados relatórios, ela teria ocorrido a um milésimo de segundo depois do Big Bang original.
Isso é impossível dentro de nosso entendimento do universo. Não existe nenhuma pessoa na Terra que possa ao menos começar a explicar isso. E para complicar mais ainda o problema, mais de 2 mil dessas explosões ocorreram desde a primeira. Mais de 2 mil novos universos foram então criados dentro deste? Enigmas!
2. Centro Galáctico
Desde 14 de dezembro de 1997, o centro de nossa galáxia também tem começado a expulsar grandes quantidades de energia para o universo. Isso também é inexplicável, de acordo com o cientista com quem eu estava conversando. De fato, o satélite “beeper”, foi destruído em junho de 1998 por uma dessas explosões, de acordo com o mesmo cientista. Este homem acredita que se essa energia continuar a crescer e a pulsar, ela irá eventualmente destruir todos os nossos satélites artificiais em órbita da Terra.
3. Sol
Até 1992, tudo estava normal com nosso Sol. Ele tinha um pólo magnético ao norte e outro ao sul. Estava funcionando normalmente para os padrões científicos. Em dezembro de 1994, a nave espacial Ulysses, da NASA, chegou ao Sol para medir seu campo magnético. A Nasa, então ficou perplexa, ao constatar que o campo magnético solar não possuía mais um pólo norte e um sul. O pólo magnético do Sol havia mudado dramaticamente para um campo homogêneo. Não tinham, é claro, nenhuma explicação científica. Ninguém jamais viu alguma coisa parecida antes. Assim, o satélite Soho foi lançado para estudar o Sol por um período de dois anos.
No início de junho de 1998, dois cometas chocaram-se com o Sol. Cerca de 25 ou mais cometas ou asteróides poderão chocar-se por ano com Sol ou raspar nele. Isso não era comum e nada acontecia anteriormente, quando o Sol era atingido por um corpo cósmico. Só que desta vez o Sol reagiu de um jeito nunca visto antes. Aproximadamente de 30 a 35 chamas solares eructaram da superfície do Sol, todas em dois círculos paralelos nas latitudes 19.5, norte e sul. Se até duas ou três chamas solares eructassem de uma vez, isso já seria de grande preocupação, por causa das tempestades magnéticas que poderiam ser causadas na Terra. Mas 30 ou 35 é ultrajante.
E mais, de acordo com Gregg Braden, o fluxo de prótons solares que é medido em PUI estava em cerca de 2.500 até o fim dos anos 80. A comunidade científica ficou muito preocupada sobre essa quantidade de energia chegando à Terra. Você sabe em quanto era há alguns meses? 42 mil PUI! E ninguém está falando nada. O que eles podem falar?
Outro ponto interessante. Em 25 de junho de 1998, o satélite Soho, que estava observando o Sol, repentinamente tornou-se inoperante de acordo com a Nasa. Nenhuma informação mais foi liberada. Isso pode ser real ou um problema fictício, feito para deter o fluxo de informações para o público.
Mais um ponto interessante: Em 26 de junho de 1998, tivemos uma grande chuva magnética na Terra, que alcançou magnitude de 6 ou 7. Usualmente, o mundo inteiro é informado para se preparar para o problema em potencial. A Nasa não informou ao público. Por quê?
4. A Terra
Estão nos contando aqui, nos Estados Unidos, que o fogo no México está sendo causado por fazendeiros, queimando campos para abrir espaço para mais plantações. Testemunhas oculares, no México têm uma história diferente. Eles falam que o Monte Popocatepetl, a cerca de 40 milhas a sudeste da Cidade do México, vem tendo erupções por mais de um ano agora, e o chão na área, ao redor, está se tornando muito quente. Diz-se que as árvores estão espontaneamente pegando fogo, o que quer dizer que o chão estaria a mais de 459 graus Fahrenheit.
Em junho de 1998, outro grande vulcão, o Pacaya, eructou perto da Cidade da Guatemala. Na Califórnia, a área do Lago Mammoth parece estar potencialmente preparada para uma possível erupção. O Monte Santa Helena está registrando cerca de 170 terremotos diários. O Monte Rainier parece também estar perigosamente perto de uma possível erupção. Um vulcão sob a água está se formando perto da costa da Califórnia.
O que está sendo dito aqui é que toda a costa, da Guatemala ao Estado de Washington, está perigosamente perto de algum tipo de reação maior. Isso perto da Falha de San Andrés. Exatamente o que ninguém sabe.
O Pólo Sul está derretendo. Existem três vulcões explodindo sob a camada de gelo. Eles estarão ativos por muitos anos a partir de agora. Em meados da década de 90, ocorreu a ruptura do maior pedaço de gelo já conhecido, com cerca de 800 milhas quadradas de gelo. No momento, outro grande pedaço de gelo está para se quebrar. Esse é chamado de Larson’s Ledge e é do tamanho do Estado do Texas, com cerca de 3 ou 4 milhas de profundidade. Está se rompendo rapidamente. Se essa peça de gelo quebrar, de acordo com a pressão liberada, irá aumentar os oceanos em 65 pés (cerca de 20 metros). Dois países irão desaparecer para sempre e praticamente todas as cidades costeiras no mundo serão destruídas. Pense então o que acontecerá com a Flórida, onde o maior ponto está a 90 pés acima do nível do mar. Isso aconteceria em um dia.
O governo dos EUA está contando para o mundo que levará cerca de 500 anos até o Larson’s Ledge se quebrar. Não falamos muito sobre isso, mas na Austrália está sendo discutido quase que toda a semana, porque os australianos seriam os primeiros afetados. É óbvio que uma onda provocada por um pedaço de gelo tão grande quanto o Larson’s Ledge seria enorme, talvez com mais de meia milha de altura.
Também no fim dos anos 90, o dr. David Suzuki e outro cientista foram para uma estação de TV australiana e fizeram uma declaração audaciosa. Eles disseram que não iriam permitir que essa desinformação continuasse. Disseram que, como cientistas, acreditam, com toda a informação científica que possuem, que o Larson’s Ledge irá quebrar “dentro de 3 décadas ou menos”. Antes do dr. Suzuki, as tribos de aborígenes já diziam que esperam uma grande onda que está por vir, e muitas dessas tribos estão, neste momento, deslocando-se para o centro do continente australiano, onde é mais seguro.
O campo geomagnético da Terra está sofrendo grandes mudanças, enfraquecendo. Há 2 mil anos, o campo media cerca de 4 gauss. Quase 500 anos depois, o campo geomagnético terrestre começou a cair, numa taxa muito mais acelerada. O campo agora mede somente 0,4 gauss. Nos últimos 30 anos, esse campo não tem só caído, mas está se tornando irregular. Os pássaros, que se utilizam dele para migrar, estão agora indo parar em outros locais. Ocorre o mesmo com os golfinhos e as baleias. Eles usam as linhas geomagnéticas para migrar. Estas, que estavam estacionadas por milhares de anos, agora mudaram. Algumas dessas linhas movem-se para áreas no interior dos continentes e essa é a razão pela qual muitas baleias e golfinhos têm encalhado nas praias. As linhas geomagnéticas, que sempre guiaram sua migração, agora as levam para a terra.
Nas últimas duas semanas de setembro de 1994, o mundo experimentou uma oscilação do campo geomagnético. Pilotos de todo o mundo foram forçados a aterrissar manualmente seus aviões porque o campo geomagnético terrestre começou a se mover. No início de 1990 ele parecia voltar ao normal.
De junho a outubro e parte de novembro de 1996, tivemos uma anomalia muito maior e mais longa. Especialmente durante julho e agosto daquele ano. O Pólo Sul estava realmente se movendo. Se você tivesse uma bússola preparada, veria que o Pólo estava se movendo em base diária e às vezes horária. Ele estava se movendo de 2,5 a 17 graus em um único dia. Em um ponto, de acordo com Greg Braden, o Pólo Sul do planeta realmente moveu-se para longe por poucas horas. Essa informação pode ser facilmente checada. Dê uma olhada em qualquer mapa aeronáutico do mundo, em qualquer grande aeroporto, antes de junho de 1996. Depois, pegue um novo (eles tiveram de refazer os mapas para poder aterrissar seus aviões) e compare-os. Você verá que a correção de erro para o Pólo Norte magnético mudou, o que quer dizer que o Pólo Sul moveu-se. O Chicago O’Hara International Airport mudou de 1,5 a 2 graus.
Então, tudo ficou quieto até recentemente. Houve alguns momentos de oscilação, mas não muitos. No último bimestre, houve novo movimento. Desta vez, com grandes conseqüências em potencial. Um cientista alemão, preocupado o bastante para me dar certas informações, mesmo que isso fosse sinônimo de sua perda de liberdade, revelou que estava trabalhando para o governo russo, e disse que mandaria a prova do que estava para revelar informações estarrecedoras sobre as mudanças no campo magnético da Terra. Ele disse duas coisas:
Primeiro, que a freqüência de Ressonância Schumann da Terra está, na verdade, mudando. De acordo com os satélites russos, o SRF está aumentando dramaticamente. Disso, alertou o geologista Greg Braden. A freqüência que normalmente está em cerca de 7,8 hertz aumentou para 11,2 hertz. Depois, repentinamente, a Universidade da Califórnia, em Berkeley, anunciou que não havia mudanças. Isso não faz sentido. De acordo com a Rússia, ela está agora a cerca de 13 hertz e ainda subindo.
A segunda coisa que esta fonte alemã afirmou é extremamente importante. Disse que a Alemanha e a Rússia têm documentado que o campo geomagnético terrestre está neste momento caindo para zero. Revelou que os modelos dos computadores russos mostraram isso cerca de 10 dias antes de termos ultrapassado o ponto onde ele poderia ser revertido, querendo dizer que sempre que um sistema chega a esse estágio, ele irá para zero. Depois, foi dito que o governo russo agora acredita que o campo geomagnético terrestre cairá para zero num futuro próximo. Possivelmente não tão próximo quanto o fim de julho de 1998, mas, definitivamente, antes do fim do ano.
Esta fonte alemã disse que o programa espacial russo tem feito uma extensa pesquisa sobre o assunto. Ela afirmou que quando os russos levaram pessoas para fora do campo geomagnético terrestre, observaram reações humanas específicas. Primeiro, os astronautas ficaram agitados. Depois, ficaram agressivos com outros seres humanos e completamente insanos, o que descobriram ser incurável. Eles analisaram e descobriram que o que aconteceu no cérebro humano foi conseqüência de quando o campo caiu para zero. Os alemães criaram então um cinto eletrônico para ser usado, que criará um balanço pessoal do SRF e do campo geomagnético em 0,4 gauss em volta do corpo humano. Isso está sendo dado para pessoas-chave para manter a governabilidade da sociedade, caso isso realmente aconteça.
Além disso, surgiram três outras descobertas humanas que também apontam indiretamente ser esta a época do “Período de Transferência” (da quinta par a sexta Raça-Raiz):
a. As descobertas que estão sendo feitas no Egito de uma cidade subterrânea a 6 milhas de profundidade de 1,5 por 8 milhas de extensão.
b. A descoberta de um código secreto na Bíblia, por meio de um avançado programa de computador, que não deveria ser aberto “antes do fim dos tempos”. Isso é relatado no livro O Código da Bíblia (The Bible Code). Isso é muito importante.
c. Em 23 de maio de 1998, a descoberta de possíveis restos da Atlântida próximo à costa de Bimini foi anunciada por Aaron Du Val. Eles acharam estas ruínas da Atlântida há três anos e meio, mas negaram-se a liberar essa informação até que tivessem provas científicas, sem qualquer dúvida, o fizeram agora. É outro grande sinal. Edgar Cayce, o “profeta adormecido”, predisse há cerca de 60 anos que o Pólo terrestre “mudaria no inverno de 1998”. O tempo parece estar certo. Isso foi considerado impossível na época da predição de Cayce. Eles acreditavam que tal evento só aconteceria após milhões de anos. Agora, sabem que isso acontece sempre. De fato, aconteceu da última vez há 13 mil anos e, antes disso, somente há 26 mil 12 mil anos. De acordo com a Precessão dos Equinócios, estamos no ponto da história que isso pode acontecer, se já não está para acontecer do dia para a noite.
E, finalmente, os índios hopi foram a um talk show na rádio Art Bell e anunciaram que em julho de 1998 a Terra iria saber, com certeza, que alguma coisa muito grande está para ocorrer, e que de outubro a dezembro de 1998 nós poderíamos passar para o quinto mundo dos povos nativos americanos. Isso é o mesmo que a 5ª dimensão, as influências do Plano Astral. Os hopi contam o vácuo como um mundo, nós o contamos como zero. Outro grande sinal.
Agora, vocês já viram as evidências. Isso pode ou não acontecer agora. Mas acreditamos que acontecerá algum dia, em um futuro próximo. Até a Bíblia fala sobre isso. Então, o que podemos fazer? Essa é a questão!
Primeiramente, será praticamente impossível viver em uma cidade grande durante essa época. Toda a eletricidade, combustível e água serão desligados. Os EUA, por exemplo, têm só 30 dias de suprimentos, então após um mês ou menos, as pessoas ficarão sem comida e irão fazer qualquer coisa para consegui-la. E nós, aqui do Brasil, como estamos nos prevenindo? Viajar será impossível. Automóveis quebrados bloquearão a maioria das estradas. Todas as linhas aéreas, ônibus, trens etc., não estarão funcionando. Onde quer que você esteja, será onde você vai ficar. E se isso não é o suficiente, a maior parte das pessoas ficará com fome, com raiva… e perigosa.
À primeira idéia, as florestas ou bosques parecem ser o lugar mais seguro para ir, mas torna-se claro pela lógica mínima que esses lugares se tornariam muito perigosos. Todos iriam para a floresta!!! As pessoas estariam em todos os lugares, andando com armas, excitadas e perigosas. Então, vejamos ver as possibilidades.
Pensa-se que a pior coisa que pode acontecer é que você ou um membro de sua família morra, perceba que isso não é um problema. O propósito da vida nesse estágio do crescimento é mover-se conscientemente para o próximo mundo, a quinta dimensão. Existe três modos como isso pode acontecer. Um caminho não é melhor que o outro:
- Morte: No passado, nos períodos lemurianos ou atlantes, se você morresse, você passava para 5ª dimensão (Plano Astral). De lá você poderia, depois de um período de “férias” (por você ter acumulado bastante Dharma), voltar para a Terra para viver de novo, para completar seu propósito na Terra. No entanto, esse ciclo foi possível por longo período de tempo, mas agora isso está mudando. Para a maioria de nós, essa é a nossa última vida ;
- Ressurreição: Se você passa por processos iniciáticos profundos, você reconstrói seu corpo onde bem desejar, seja neste planeta seja em outro mais seguro;
- Abdução: Ser resgatado por viajantes espaciais e seus Ufos a terras mais seguras, até que a situação neste sofrido planeta se estabilize.
No entanto, os gnósticos têm um procedimento que converge todas essas alternativas. Isso é chamado de “Os 3 Fatores de Revolução da Consciência”. Essa Tríplice Chave nos abre as possibilidades de um resgate efetuado por nossa própria Divindade Interior. É Ela, a Divina Sabedoria Interior, que sabe o que é e será melhor para nós nestes terríveis dias que se avizinham!
Ressonância Schumann: A pulsação do Planeta Terra
Já ouviram falar de Ressonância Schumann? Pois bem, são freqüências eletromagnéticas de cerca de 8.0 hz que ficam numa “cavidade” entre a superfície da Terra e a ionosfera, formando um verdadeiro circuito elétrico em volta de todo o planeta. No mesmo período em que começou a tal sensação de “aligeiramento” do tempo, o valor das freqüências de 8,0 hz (curiosamente, a mesma do cérebro humano) passou a subir 2 pontos ou mais nessa escala de freqüência. Os cientistas não sabem as causas da mudança e suas possíveis conseqüências.
Não apenas as pessoas mais idosas, mas também os jovens, têm a nítida sensação de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal. Esse sentimento é ilusório ou tem base real? Pela Ressonância Schumann procura-se dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100 quilômetros acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de 7,83 hertz. Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa freqüência biológica natural.
Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um simulador Schumann recuperavam o equilíbrio e a saúde. Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.
Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançadores, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra. Não pretendo reforçar esse tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais. Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann. Se quisermos que a Terra reencontre seu equilíbrio, devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade, com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anticultura dominante, que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos.
Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.