sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tempestade solar pode causar interferências eletromagnéticas


A violenta explosão solar ocorrida nas primeiras horas de terça-feira arremessou ao espaço uma das maiores cargas de massa coronal já registrada. Apesar de não representar qualquer perigo, esperam-se distúrbios de radiopropagação nas faixas de baixa frequência e desvios significativos em bússolas localizadas principalmente no hemisfério norte.

A poderosa explosão ocorreu às 03h17 de terça-feira e teve como origem a mancha solar 1226, localizada na borda do disco solar. Devido a essa posição limítrofe, a maior parte das partículas carregadas foi ejetada em direção ao espaço, mas uma pequena parcela deverá atingir a Terra nas próximas 48 horas.

Segundo modelos de previsão de clima espacial, a explosão acelerou as partículas a 1100 km/s e é nesta velocidade que se chocarão contra a magnetosfera da Terra.

A primeira consequência é a possibilidade de auroras boreais nas latitudes mais elevadas, provocadas pela ionização dos átomos de nitrogênio e oxigênio na atmosfera superior. Excitado, o nitrogênio emite fótons no comprimento de luz verde enquanto o oxigênio emite luz no espectro do vermelho.

Com relação às telecomunicações, as principais interferências ocorrem nos comprimentos de onda de frequências muito baixas - VLF - onde operam equipamentos de navegação e orientação de barcos e aeronaves. No entanto, devido à redundância de instrumentos utilizados para orientação e o uso de sistemas inerciais de orientação, esse seguimento é pouco afetado por tempestades solares.

Embarcações que utilizam exclusivamente GPS para orientação poderão também perceber pequenos erros de posicionamento. O motivo é que esses instrumentos baseiam-se no tempo que as ondas eletromagnéticas chegam até o receptor. Durante as tempestades geomagnéticas a ionosfera terrestre se torna mais densa no comprimento de onda utilizado pelo sistema GPS, retardando em alguns microssegundos a recepção dos sinais. No entanto, modelos conhecidos como Ionosferic Delay permitem aos operadores do sistema levar em conta esse atraso, introduzindo correções para que o erro seja minimizado.

Tempestades solares intensas também são responsáveis por danificar equipamentos a bordo de satélites e aumentar o arrasto deles na atmosfera, tornando frequente a necessidade de reposicionamento para que seja mantida a órbita programada.

O setor elétrico também sofre com as perturbações do Sol, que geram correntes elétricas induzidas nas linhas de transmissão. Dependendo da intensidade da tempestade e da região do planeta, as correntes induzidas podem danificar transformadores e em casos mais graves até mesmo explodir equipamentos, principalmente se localizados nas latitudes elevadas.

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Foto: Animação registrada pelo observatório solar SOHO mostra a gigantesca explosão solar ocorrida às 06h17 UTC do dia 7 de junho de 2011. Os pontos que parecem brilhar de forma aleatória são partículas altamente carregadas - prótons e elétrons - que atingiram o CCD do instrumento de observação a bordo do satélite. O ponto que se desloca da esquerda para direita é planeta Mercúrio, que no momento cruza o campo de observação do telescópio. Crédito: Nasa/ESA/SOHO/Apolo11.com.

Ex Agente do FBI denuncia NOM parte1 de 4

Esse video fala sobre um crime contra a humanidade. Um antigo agente do FBI denuncia.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Levante cedo e olhe para o céu. Belezas celestes lhe aguardam!

Quem acorda cedo já percebeu. Nos últimos dias, diversos pontos brilhantes podem ser vistos no céu logo nas primeiras horas da manhã. Não se trata de algo sobrenatural ou inexplicável, mas tão somente dos tradicionais planetas do Sistema Solar, que resolveram se juntar para deixar nossas manhãs mais interessantes!
Conjunção de planetas
Logo que os primeiros raios de Sol se tornam visíveis no horizonte leste, Júpiter, Marte, Mercúrio e Vênus formam um belo quarteto planetário muito fácil de ser visto. A proximidade entre eles é tão grande que basta olhar para qualquer um deles para vê-los todos de uma única vez. Isso acontece por que eles estão em conjunção, quando um observador na Terra tem a impressão de que os objetos estão aparentemente muito próximos.
Na conjunção atual, Mercúrio e Vênus estão separados por apenas 1 graus de distância, o equivalente ao espaço ocupado por dois discos lunares, mas apesar de parecerem estar juntos, essa aproximação é apenas aparente. Na realidade eles estão bem distantes uns dos outros.

Posição planetária durante conjunção de planetas
Mercúrio está atualmente a 127 milhões de quilômetros da Terra. Vênus está bem mais longe, a cerca de 219 milhões de quilômetros e apesar disso brilha muito mais. Marte, a 344 milhões de quilômetros brilha bem fraquinho, com magnitude de 1.3 e dependendo das condições do local de observação pode ser bastante difícil de ser visto sem auxílio de algum instrumento. Júpiter é um farol. Mesmo a 870 milhões de quilômetros da Terra, o gigante gasoso brilha tanto que praticamente domina o céu junto de Vênus.
Se você gosta de observar o céu essa é uma grande oportunidade. É só acordar um pouquinho mais cedo e olhar para o quadrante leste, aquele em que o Sol nasce. Os planetas estarão ali desde um pouco antes da alvorada até a hora que o céu já estiver claro o suficiente para ofuscá-los e lembrar-nos que um novo dia se inicia. Bons céus!

Robô inglês ajuda a revelar os segredos da Grande Pirâmide

Um pequeno robô, capaz de entrar em túneis e subir em paredes revelou, pela primeira vez, hieróglifos perdidos há mais de 4500 anos no interior da Grande Pirâmide de Quéops, no Egito. Os escritos foram grafados em tinta vermelha e estavam atrás de uma parede, ocultos em uma câmera secreta.
Batizado de Djedi, o robô explorador foi criado por pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e está sendo utilizado por uma equipe internacional de cientistas que estudam a construção da pirâmide. Dotado de uma câmera de apenas 8 milímetros, chamada "snake", o robô penetrou em um compartimento instalado ao final de um longo corredor e que segundo os pesquisadores seria impossível de ser explorado por um ser humano.
Além da câmera ultracompacta, Djedi conta com outros equipamentos que devem ajudar bastante no estudo da pirâmide. Entre eles está um dispositivo de ultrassom capaz de medir espessura de paredes e um segundo robô satélite, chamado "Besouro", que pode penetrar em espaços de até 19 milímetros.
Descoberta

Durante os trabalhos, o pequeno robô subiu pelas paredes de um fosso e com auxílio da câmera Snake registrou imagens nunca antes vistas pelos arqueólogos.
As cenas mostravam hieróglifos feitos com tinta vermelha, que no entender dos estudiosos foram feitos pelos homens que trabalharam na construção do monumento. Até agora, apenas na câmara do Rei haviam sido encontradas marcas parecidas.

Além das marcas, o robô também revelou detalhes interessantes dentro da câmara, entre eles dois pequenos pinos forjados em cobre localizados logo na entrada do local. Segundo Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, a presença dessas peças intriga há mais de 20 anos os arqueólogos. "Esses pinos são os únicos metais usados na construção da Grande Pirâmide, mas até agora não sabemos para que servem", disse o egiptólogo que também pertence à equipe que trabalha com o robô Djedi.
As novas imagens foram feitas de um ângulo inédito e mostram detalhes que deverão ajudar a entender se os pinos eram usados como simples maçanetas ou se faziam parte de um sistema mais complexo.

Mais mistérios
A próxima missão do robô Djedi será estudar a parede oposta da câmara e tentar descobrir se o local é de fato apena uma barreira ou se trata de outra porta ou passagem que leva a mais uma câmara secreta. Para isso Djedi será equipado com uma pequena furadeira, que removerá parte do material do local na tentativa de revelar um pouco mais os segredos da Grande Pirâmide.
Fotos: no topo, robô Djedi desenvolvido pela Universidade de Leeds, na Inglaterra. Na sequência, o pesquisador independente Dr. Ng Tze Chuen introduz o robô em um dos túneis dentro da pirâmide. Créditos: Universidade de Leeds/Apolo11.com.