domingo, 5 de fevereiro de 2012

Deus - Uma biografia

Deus - Uma biografia

Pesquisadores revelam que Javé, o grande personagem da Bíblia, não foi visto sempre como Deus único. Antes do Livro Sagrado, ele era só mais um entre muitas divindades. Saiba como Deus conquistou seu espaço no céu. E na Terra


Cada sociedade vê a figura do Criador à sua maneira. Cada indivíduo, até. Para Einstein, Ele era as leis que governam o tempo e o espaço - a natureza em sua acepção mais profunda. Para os ateus, Deus é uma ilusão. Para o papa Bento 16, é o amor, a caridade. "Quem ama habita Deus; ao mesmo tempo, Deus habita quem ama", escreveu em sua primeira encíclica.

Pontos de vista à parte, toda cultura humana já teve seu
Deus. Seus deuses, na maioria dos casos: seres divinos que interagiam entre si em mitologias de enredo farto, recheadas de brigas, lágrimas, reconciliações. Os deuses eram humanos.

Mas isso mudou. A imagem divina que se consolidou é bem diferente.
Deus ganhou letra maiúscula na cultura ocidental. Os panteões divinos acabaram. Deus tornou-se único. É o Deus da Bíblia, Javé, o criador da luz e da humanidade. O pai de Jesus. Essa concepção, que hoje parece eterna, de tanto que a conhecemos, não nasceu pronta. Ela é fruto de fatos históricos que aconteceram antes de a Bíblia ter sido escrita. O próprio Javé já foi uma divindade entre muitas. Fez parte de um panteão do qual não era nem o chefe. O fato de ele ter se tornado o Deus supremo, então, é marcante: se fosse entre os deuses gregos, seria como se uma divindade de baixo escalão, como o Cupido, tivesse ascendido a uma posição maior que a de Zeus É essa história que vamos contar aqui. A história de Javé, a figura que começou como um pequeno deus do deserto e depois moldaria a forma como cada um de nós entende a ideia de Deus, não importando quem ou o que Deus seja para você.

Criança

No princípio, Ele não sabia falar. Só chorava, grunhia e balbuciava. Deus era uma criança. Uma não, muitas: um deus era a chuva, outro deus, o Sol, mais outro, o trovão... Os deuses eram as forças por trás de uma natureza inexplicável para os primeiros humanos da Terra. Facetas de divindades borbulhavam em cachoeiras, galopavam com os cavalos selvagens, voavam com o vento, escondiam-se em cada rochedo, bosque ou duna do deserto. E do deserto veio a que daria origem ao Deus para valer.


Deuses nasceram do pôquer. A crença em divindades provavelmente vem da capacidade humana de detectar as intenções das outras pessoas. Somos muito bons nisso desde que surgimos, há 200 mil anos, e precisamos ser mesmo, porque o Homo sapiens sempre levou a vida social mais complicada do reino animal, sempre em comunidades cheias de intrigas, fingimentos, traições. Saber o que se passa na cabeça do outro era questão de sobrevivência - e até certo ponto ainda é.


E a melhor maneira de tentar se antecipar a um adversário nos jogos mentais do dia a dia é imaginar as intenções dele: "O que será que ele pensa que eu estou pensando?" Nosso cérebro é uma máquina de pôquer.


Pesquisadores como o antropólogo francês Pascal Boyer defendem que esse sistema de detecção de intenções pode acabar aplicado a coisas que não têm intenções de nenhum tipo - como a chuva, ou o Sol. A ideia de que há espíritos de toda sorte da natureza seria, assim, um efeito colateral do nosso sistema de detecção de mentes, tão hiperativo.


Por esse ponto de vista, a espiritualidade faz parte dos nossos instintos. É quase tão natural acreditar em divindades quanto comer ou dormir.


Cada fenômeno da natureza, então, representava as intenções de alguma divindade. É como ainda acontece nas tribos de caçadores-coletores de hoje. Entre os índios tupis, os trovões são a raiva do
deus Tupã. E fim de papo.

Obras de arte de mais de 30 mil anos atrás dão outra pista sobre essa espiri-tualidade primitiva - que podemos chamar de "infância de
Deus" (no caso, dos deuses). Elas mostram seres que misturam características humanas e animais - sujeitos com cabeça de leão ou de rena e corpo de gente, por exemplo.

Acredita-se que essas criaturas híbridas representem um tipo de crença que ainda é comum nas tribos indígenas: a de que não haveria separação rígida entre o mundo dos humanos, o dos animais e o dos espíritos. Seria possível transitar entre essas esferas se você possuísse o conhecimento correto, e, em tese, qualquer falecido, seja pessoa, seja bicho, pode ter um papel parecido com o que associamos normalmente a um
deus.

Os deuses abandonam de vez as feições animais quando os bichos se tornam menos importantes no nosso cotidiano. Foi precisamente o que aconteceu quando a agricultura foi criada, há 10 mil anos, no Oriente Médio. Graças a ela, montamos as primeiras cidades. E a nossa espiritualidade progrediria junto: acabaria bem mais centrada nas pessoas que na natureza selvagem.


Há sinais de que ancestrais mortos eram as grandes entidades com status divino nessas primeiras cidades. Um exemplo arqueológico vem de escavações em Jericó, uma das mais antigas aglomerações humanas, que hoje fica no território palestino da Cisjordânia. Os habitantes de Jericó enterravam o corpo de seus mortos, mas guardavam o crânio, que era recoberto com camadas de gesso e tinta, simulando o rosto humano. Assim preparada, a caveira talvez servisse de oráculo doméstico - uma espécie de
deus particular para cada família.

Os artesãos de crânios de Jericó não tinham escrita - aliás, passariam mais de 5 mil anos até que essa tecnologia fosse inventada. Quando isso finalmente aconteceu, em torno do ano 2000 a.C., os
deus ficaram bem mais sofisticados.

Entraram em cena criaturas ao estilo dos habitantes do Olimpo na mitologia grega. Em parte, alguns deles até eram mesmo personificações das forças da natureza, mas agora eles ganhavam personalidades e biografias complexas.


É aí que está a origem do grande personagem desta história: Javé, uma divindade que provavelmente começou como um
deus menor, cultuado por nômades. Bem antes de a Bíblia ser escrita.
Cabeça de leão
Estátuas e pinturas de povos caçadores, que viviam nas cavernas da Europa há 30 mil anos, mostram figuras que misturam formas de homens e de animais. Tudo indica que esses foram os primeiros deuses a habitar a mente humana.

Jovem

O rapaz era uma divindade dos desertos do sul. Junto com seus poucos súditos, chegaria à pulsante Canãa, domínio do deus El, o altíssimo. Ao lado do soberano, a mãe de divindades e homens, Asherah, senhora de tudo o que é fértil, e seu sucessor, Baal, o deus que dava chuvas àquelas paisagens àridas. Tudo na santa paz. Eles só não imaginavam que Javé tramava a destruição deles.


Ele começou de baixo. Era só mais um
deus entre vários outros de sua região. Só que na Bíblia Javé é identificado como o Deus único. Hoje, cogitar a existência de outras divindades que teriam convivido com o Senhor da Bíblia é um absurdo do ponto de vista religioso. Mas não do ponto de vista científico. Pesquisadores de várias áreas - arqueólogos, linguistas, teólogos - estão encontrando pistas sobre uma provável "vida pregressa" de Javé. Uma vida mitológica que ele teve antes de seu nome ir parar na Bíblia como o da entidade que criou tudo.

Onde pesquisar isso? A própria
Bíblia é uma fonte. O Livro Sagrado não foi feito de uma vez. Trata-se de uma coleção de textos escritos ao longo de séculos. O Pentateuco, os 5 primeiros livros da Bíblia, foi finalizado por volta de 550 a.C. Mas há textos ali de 1000 a.C., ou de antes. E nada disso foi editado em ordem cronológica - em grande parte, a Bíblia é uma junção de textos independentes, cada um escrito em tempos e realidades diferentes.

Como saber a que tempo e a que realidade cada um pertence? Pela linguagem. Pesquisadores analisam as expressões do texto original, em hebraico, e vão comparando com a de documentos encontrados em escavações arqueológicas, cuja datação é fácil de determinar. Com esse método, chegaram a uma descoberta reveladora. Alguns poemas da
Bíblia dão a entender que Javé era uma divindade de lugares chamados Teiman ou Paran - dizendo literalmente que o deus veio dessas regiões. E esses textos estão justamente entre os mais antigos - se a língua do livro fosse o português moderno, eles estariam mais para Camões.

Teiman e Paran eram lugares desérticos fora das fronteiras onde viviam os homens que escreveram a
Bíblia. Não se sabe exatamente que regiões eram essas, já que os nomes dos territórios vão mudando ao longo dos séculos. "Mas arqueólogos supõem que essa região seja no noroeste da atual Arábia Saudita", diz Mark Smith, professor de estudos bíblicos da Universidade de Nova York. E isso diz muito.

Os autores dos primeiros textos da
Bíblia viviam na antiga Canaã - uma região do Oriente Médio onde hoje estão Israel, os territórios palestinos e partes da Síria e do Líbano. Ali se formaram algumas das primeiras civilizações da história, há 10 mil anos. E por volta de 1000 a.C. já era um território disputado (como nunca deixou de ser, por sinal). Estava dividido numa miríade de tribos, as dos israelitas, a dos hititas, a dos jebedeus...

Apesar das rivalidades, todas tinham culturas parecidas. Reverenciavam o mesmo panteão de deuses, por exemplo. Mas Javé, pelo jeito, não era um deles. Teria sido importado das áreas mais desérticas do sul.


Outra evidência disso é a associação de seu nome com os chamados shasu. Shasu é um termo egípcio que significa "nômade" ou "beduíno". Algumas inscrições egípcias mencionam um "Javé dos Shasu".


Uma possibilidade, então, é que nômades do deserto teriam se incorporado às tribos israelitas, trazendo o novo
deus com eles. Essa divindade se embrenharia no meio da grande mitologia desse povo: o panteão de deuses cananeus. Mas quem eram essas divindades? As melhores pistas a esse respeito vêm de Ugarit, uma antiga cidade encontrada durante escavações arqueológicas na atual Síria. Ela foi destruída por invasores em 1200 a.C., quando os israelitas ainda eram um povo em formação. As inscrições encontradas ali, então, servem como uma cápsula do tempo. Revelam o contexto cultural em que nasceu a mitologia israelita, mostra como era a mitologia dos antepassados dos escritores da Bíblia. E os deuses em que eles acreditavam seriam fundamentais para a biografia de Javé. O panteão de Ugarit é bem grandinho, mas algumas figuras se destacam. Há o pai dos deuses e dos homens, o idoso, bondoso e barbudo El; sua esposa, Asherah, deusa da vegetação e da fertilidade; a filha dos dois, Anat, feroz deusa do amor; e o filho adotivo do casal, Baal, deus da guerra e da tempestade que morre, ressuscita e derrota as divindades malignas Yamm (o Mar) e Mot (a Morte).

Muitos estudiosos especulam que as tribos is-raelitas originalmente tinham El como seu
deus supremo. Afinal, o nome do povo bíblico também termina com o elemento -el. "Esse tipo de nome próprio, conhecido como teofórico (‘portador de um deus’, em grego), costuma dar pistas sobre o ente divino que o dono do nome venera", diz Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento da Arquidiocese de Ribeirão Preto.

Mas os indícios a respeito de El vão além da nomenclatura. O
deus cananeu também tem uma relação especial com os chefes de clãs, prometendo-lhes uma vasta descendência - exatamente o que Deus faria depois na Bíblia ao selar uma aliança com os ancestrais dos israelitas, Abraão, Isaac e Jacó. "El é o deus desses patriarcas", diz Christine Hayes, professora de estudos judaicos de Yale.
Deus do deserto
Javé pode ter sido uma divindade trazida do deserto por nômades que se embrenharam nas tribos is-raelitas, quando elas ainda estavam em formação na região de Canaã. Aí ele se junta aos deuses cananeus, como Baal e El, o altíssimo.

Adulto

"Israel é a minha herança", brada o impetuoso deus do deserto. Diante dele, a assembleia dos deuses de Canaã se sente cada vez mais intimidada. E, numa escalada de poder sem precedentes, o guerreiro chega a ser considerado idêntico ao próprio El como criador e governador do mundo. A própria esposa do antigo senhor dos deuses passa às mãos do novato.


Uma ameaça pairava sobre os deuses de Canaã. Era a ambição de Javé. O novo
deus começou a buscar seu lugar entre as antigas divindades cananeias. E teve sucesso. Com sua personalidade forte, foi ganhando espaço dentro da mitologia israelita, tomando o terreno dos deuses criados pelos povos cananeus.

A maior prova disso está em outro texto poético dos mais antigos da
Bíblia, o Salmo 82. Ele nos apresenta o chamado "conselho divino": uma espécie de Câmara dos Deputados dos deuses, na qual eles se reúnem para discutir assuntos importantes - um indício de que o Salmo foi escrito antes do próprio início da Bíblia, que já começa apresentando Javé como Deus único. A ideia, ali, é que El preside o conselho e seus filhos ou subordinados discursam. Lá, Javé aparentemente perde a paciência: "Deus se levanta no conselho divino,/em meio aos deuses ele julga:/"Até quando vocês julgarão injustamente,/sustentando a causa dos injustos? (...) "Eu declaro: embora vocês sejam deuses,/e todos filhos do Altíssimo,/morrerão como qualquer homem". Trocando em miúdos menos rebuscados: "Quem manda aqui sou eu".

É difícil dizer a que período da história israelita corresponde esse momento em que, na imaginação religiosa das pessoas, Javé começou a impor sua vontade perante os deuses cananeus. Talvez o fenômeno tenha a ver com a consolidação de Israel como povo distinto dos demais cananeus: a adoração a uma divindade unicamente israelita pode ter emergido como um elemento-chave nessa consciência "nacionalista" dos ancestrais dos judeus.


Para completar essa nova fase na vida do Senhor, que poderíamos chamar de começo da vida adulta, falta ainda um elemento crucial. Lembre-se do impe-tuoso
deus guerreiro Baal. O que parece ocorrer, segundo Mark Smith e outros especialistas, é que Javé se "baaliza", virando uma mistura de El e Baal, com ligeira predominância do segundo.

As evidências: Javé e Baal estão associados a tempestades, vulcões, fogo e terremoto; ambos são guerreiros invencíveis que habitam o alto de montanhas (Baal vive no lendário monte Zafon, Javé, no Sinai). E a semelhança fica ainda mais detalhada.


Na tradição mitológica de Canaã, quem tinha triunfado contra Yamm, o
deus caótico do mar, era Baal, mas os textos da Bíblia atribuem essa vitória - adivinhe só - a Javé. Mais sugestivo ainda: alguns Salmos parecem ter sido originalmente hinos a Baal que acabaram adaptados para o culto ao Senhor dos israelitas. Só que Javé vai muito além das intervenções típicas de Baal no mundo. Na mitologia israelita, sua grande vitória não é contra o mar, mas, sim, usando o mar como arma contra o faraó que tinha escravizado o povo hebreu no Egito. Escolhendo o profeta Moisés como seu emissário, conforme conta o livro bíblico do Êxodo, o novo deus guerreiro puniu os egípcios com uma sucessão de pragas e, como grand finale, destruiu "carros de guerra e cavaleiros" do faraó afundando-os no mar.

A diferença em relação a Baal é que o Senhor seria capaz de agir não só num passado mítico mas na própria história dos israelitas. Ele é literalmente "o Senhor dos Exércitos de Israel", aquele que promete a vitória em batalha em troca da fidelidade religiosa do povo. Daí em diante,
Deus nunca deixa de ser, em grande medida, um guerreiro.

Além de herdar o trono de El na mitologia israelita, Javé também pode ter levado Asherah, a mulher do velho
deus. Eis aí uma possibilidade para a qual a Bíblia não prepara seus leitores. Os profetas bíblicos vivem chiando contra o fato de que os israelitas estariam se "prostituindo" (metaforicamente, e talvez literalmente também, via orgias rituais) nos altares de Asherah. Mas inscrições achadas ao longo do século 20, como as de Kuntillet Ajrud, um pit stop de caravanas no deserto do Sinai, poderiam indicar que o deus e a deusa não eram inimigos, e sim um casal.

As inscrições, datadas em torno do ano 800 a.C., dizem coisas como "a bênção para ti por Javé de Teiman e sua Asherah". Seja como for, mesmo se o casamento ainda existisse, Javé logo optaria por um divórcio - daqueles litigiosos, barra-pesada, nos quais o pai joga os filhos contra a mãe.

Casal maior
Inscrições do do século 9 a.C. dão a entender que Javé tinha se casado com Asherah, a maior divindade feminina de Canaã. Era uma interpretação israelita da mitologia da região: o deus daquele povo tomava para si a esposa de El.

Homem feito
A última resistência da antiga assembleia divina parte de Baal. Sem pestanejar, Javé o elimina. Asherah tem o mesmo destino trágico. Daqui por diante ele estará sozinho nos céus. E alcança a serenidade. Hora de fazer as pazes com a humanidade. E um sacrifício.

Seu grande momento estava chegando. Era a hora da virada para Javé. Ele deixaria de ser mais um deus. E viraria o Único. No mundo real, esse momento teve data: foi a reforma religiosa introduzida por Josias (649 - 609 a.C.), rei de Judá. Antes, porém, um interlúdio político.

Àquela altura, a nação das tribos israelitas de Canaã tinha sido dividida em dois reinos. Um ao norte, o de Israel, e um ao sul, o de Judá. E o de cima havia sido derrotado e conquistado pelo Império Assírio.

Josias não queria o mesmo destino. E parte de seus esforços para fortalecer a unidade interna de Judá e resistir aos invasores foi uma maior centralização da vida religiosa do reino. Para isso, ele começou a transformar Javé no único deus adorado por seus súditos. Por decreto: destruindo altares a outras divindades, como El, Baal... E Asherah. Esse foi o divórcio.

Também é possível que date do reinado de Josias o ataque final dos fiéis de Javé ao culto a Baal, muito criticado pelos profetas dessa época. Para a maior parte dos israelitas, não era problema adorar a Javé e a Baal ao mesmo tempo. É que outra especialidade do antigo deus cananeu era a agricultura - ele mandava chuva para regar as colheitas. Até então, embora Javé tivesse tomado conta das funções guerreiras de Baal, nada indicava que ele também pudesse bancar o regador de plantas. Mas os profetas israelitas passam, então, a afirmar que o mandachuva era ele.

Essa expulsão definitiva de Baal do panteão explica o episódio do bezerro de ouro durante a passagem dos israelitas pelo deserto. Para quem não se lembra: o povo de Deus, cansado de esperar que Moisés volte do monte Sinai, constrói uma estátua de ouro de um bezerro (emblema de Baal). Tanto Moisés quanto Javé ficam enfurecidos, e milhares de israelitas morrem como punição pela infidelidade do povo.

As ideias de Josias marcariam para sempre a visão que temos de Deus. E mais ainda depois que esse rei acabou morto. Na geração dos filhos do monarca reformista, o reino de Judá seria riscado do mapa e Jerusalém, a capital, acabaria conquistada pela Babilônia. Mas a adversidade do povo teve o efeito oposto em sua fé. No mundo mitológico, Javé se fortalecia como nunca. Com a nação agora indefesa militarmente, era a hora de reafirmar que o deus da nação, ao menos, era todo-poderoso. Nisso os profetas israelistas diziam que só Javé tinha existência, vida e poder; os outros deuses eram meras imagens de pedra, metal ou madeira. Era nada menos que a inauguração do monoteísmo: um momento tão importante na história da espiritualidade quanto a adoção do cristianismo como religião oficial do Império Romano seria bem mais tarde. E era esse Javé único que iria para a Bíblia. E se tornaria a imagem de Deus no mundo ocidental.

Um Deus, agora, não só dos israelitas. Mas da humanidade inteira. O Deus que criou o mundo, que fez o homem à sua imagem e semelhança. E que, de certa forma, era a imagem e semelhança do Javé pré-Bíblia: o Deus guerreiro, militar, que pune com rigidez os erros de seus adoradores. O Velho Testamento está recheado de castigos divinos: dos mais leves, como transformar o fiel Jó, um milionário, em um mendigo, como um teste para sua fé, até o dilúvio universal - praticamente um restart no mundo depois de ter concluído que a humanidade não tinha mais jeito. A justificativa para tal comportamento está na própria história de Israel. A ideia era acreditar que os maus bocados pelos quais a nação passou nas mãos de assírios e babilônios eram provações divinas, que, se o povo mantivesse sua fé, tudo acabaria bem.

Mas Deus surge na Bíblia como algo mais complexo que um mero feitor. Usando os paralelos deste texto, seria como se Ele tivesse amadurecido depois que Josias e os profetas o aclamam Deus único. Javé fica menos humano, menos falível. Passa a ser uma entidade transcendental de fato. Começa a afirmar aos seres humanos que "os meus caminhos não são os seus caminhos" - a ideia hoje familiar de que Deus escreve certo por linhas tortas.

Mas o caráter divino só se completaria mesmo no século 1. O primeiro século depois de seu filho, quando o Novo Testamento foi escrito. É a metamorfose mais radical do guerreiro Javé. Encarnado na figura de Jesus, Deus apresenta uma nova solução para a humanidade. Em vez de castigar ou destruir os homens mais uma vez, decide purgar os pecados dos mortais com outro sacrifício: o Dele próprio. Morre o corpo do Deus encarnado, não o espírito divino. Este, agora mais sereno, continuou zelando por nós. E assim será. Até o fim dos tempos. E acaba assim a nossa história, certo?

Claro que não. A saga de Javé é só um dos reflexos de uma epopeia maior: a da humanidade buscando um sentido para a existência. Nesse aspecto, continuamos tão perdidos quanto os antigos que não sabiam por que o trovão trovejava ou o que as estrelas faziam pregadas no céu. Ainda não sabemos por que estamos aqui. E a única certeza é que vamos continuar buscando respostas. Seja o que Deus quiser.
Único
Javé chega ao auge conhecendo cada detalhe do passado e do futuro. Sua figura lembra El. Mas agora Ele está só.

Para saber mais
The Early History of God

Mark Smith, Wm. B. Eerdmans Publishing.

Deus, uma Biografia

Jack Miles, Companhia das Letras. 

Revista Superinteressante

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

CHUVA DE ESFERA AZUL

CHUVA DE ESFERA AZUL

Esfera azul As esferas azuis são gelatinosa, mas não têm cheiro e não pegajosa
Um homem em Dorset foi deixado perplexos após minúsculos esferas azuis caiu do céu em seu jardim.
Steve Hornsby de Bournemouth, disse as bolas 3cm de diâmetro veio chover no final da tarde de quinta-feira durante uma tempestade de granizo.
Ele encontrou cerca de uma dúzia das bolas em seu jardim. Ele disse: "[Eles são] difíceis de pegar, eu tinha que pegar uma colher e agite-os em um frasco de doce."
O Met Office disse que a substância gelatinosa "não era meteorológicas".
Sr. Hornsby, um ex-engenheiro aeronáutico, disse: "O céu ficou realmente uma cor amarelo escuro.
"Enquanto eu caminhava fora para ir para a garagem havia uma tempestade de granizo instantânea por alguns segundos e eu pensei, 'o que é isso na grama"?
'Não cheiro'
Sr. Hornsby disse que estava mantendo as bolas em sua geladeira enquanto ele tentava descobrir o que eles foram
Andando em torno de seu jardim encontrou muitas esferas mais azul foram espalhados pela grama.
Ele disse: "Eles têm uma concha exterior com uma suave interior, mas não têm cheiro, não são pegajosos e não derreter."
Sr. Hornsby disse que estava mantendo as bolas em sua geladeira enquanto ele tentava descobrir o que eram.
Josie Pegg, um assistente de pesquisa aplicada da ciência na Universidade de Bournemouth, especulou que os fenômenos aparentemente estranho pode ser "marinhos invertebrados ovos".
"Estes têm sido implicados em anteriores estranha gosma" incidentes ", disse ela. "Eu pensaria que ele é um pouco cedo para a desova, mas eu suponho que nós tivemos um inverno muito suave.
"A transmissão de ovos nos pés das aves é bem documentada e eu acho que se um pássaro foi pego em uma tempestade esta poderia ser a causa."

BBC NEWS 

Gigantes: Mistérios e Mitos

Os maias e os incas da América do Sul acreditavam que existia uma raça de gigantes na Terra antes do grande dilúvio. O mesmo se deu com muitas outras antigas civilizações. Alguns os tomaram por deuses, outros reproduziram suas imagens em pedra, ou escreveram sobre eles em suas estórias. Os gregos e os romanos falaram de sangue que caiu do céu e caiu no colo da deusa Gaia, gerando os Titãs, uma raça de temidos gigantes.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Os Hebreus
 
   Os hebreus eram um povo de origem semita (os semitas compreendem dois importantes povos: os hebreus e os árabes), que se distinguiram de outros povos da antigüidade por sua crença religiosa. O termo hebreu significa "gente do outro lado do rio”, isto é, do rio Eufrates.
    Os hebreus foram um dos povos que mais influenciaram a civilização atual. Sua religião o judaísmo influenciou tanto o cristianismo quanto o islamismo.
   O conhecimento acerca desse povo, vem principalmente das informações e relatos bíblicos (o Antigo Testamento), das pesquisas arqueológicas e obras de historiadores judeus.
    Em 1947, com a descoberta de pergaminhos em cavernas às margens do Mar Morto (os Manuscritos do Mar Morto), foi possível obter mais informações sobre os hebreus. Esses pergaminhos foram deixados por uma comunidade que viveu ali por volta do século I a.C.

Os Patriarcas
   Os hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades, organizados em clãs ou tribos, chefiadas por um patriarca. Conduzidos por Abraão, deixaram a cidade de Ur , na Mesopotâmia, e se fixaram na Palestina (Canaã a Terra Prometida), por volta de 2000 a.C.
    A Palestina era uma pequena faixa de terra, que se estendia pelo vale do rio Jordão. Limitava-se ao norte, com a Fenícia, ao sul com as terras de Judá, a leste com o deserto da Arábia e, a oeste com o mar Mediterrâneo.
   Governados por patriarcas, os hebreus viveram na palestina durante três séculos. Os principais patriarcas hebreus, foram Abraão (o primeiro patriarca), Isaac, Jacó (também chamado Israel, daí o nome israelita), Moisés e Josué.
   Por volta de 1750 a.C. uma terrível seca atingiu a Palestina. Os hebreus foram obrigados a deixar a região e buscar melhores condições de sobrevivência no Egito. Permaneceram no Egito, cerca de 400 anos, até serem perseguidos e escravizados pelos faraós. Liderados então, pelo patriarca Moisés, os hebreus abandonaram o Egito em 1250 a.C., retornando à Palestina. Essa saída em massa dos hebreus do Egito é conhecida como Êxodo.
 Moisés
  De acordo com a Bíblia, foi durante o êxodo dos hebreus, que Moisés recebeu de Deus a tábua dos Dez Mandamentos (Decálogo), quando atravessava o deserto do Sinai. A partir daí, os hebreus passaram a adorar um só deus, Jeová (ou Iahweh), adotando o monoteísmo.
Moisés
Os Juízes
   De volta à Palestina, sob a liderança de Josué, os hebreus tiveram de lutar contra o povo cananeu e , posteriormente, contra os filisteus. Josué (sucessor de Moisés), distribuiu as terras conquistadas entre as doze tribos de Israel.     Nesse período os hebreus, passaram a se dedicar à agricultura, a criação de animais e ao comércio, tornavam-se portanto sedentários.
   No período de lutas pela conquista da Palestina, que durou quase dois séculos, os hebreus foram governados pelos juízes. Os juízes eram chefes políticos, militares e religiosos. Embora comandassem os hebreus de forma enérgica, não tinham uma estrutura administrativa permanente. Entre os mais famosos juízes destaca-se Sansão, que ficou conhecido por sua grande força, conforme relata a Bíblia. Outros juízes importantes foram Gedeão e Samuel.

Os Reis
   A seqüência de lutas e problemas sociais criou a necessidade de um comando militar único. Os hebreus adotaram então, a monarquia. O objetivo era centralizar o poder nas mãos de um rei e, assim, ter mais força para enfrentar os povos inimigos, como os filisteus.
   O primeiro rei dos hebreus foi Saul (1010 a.C.). Depois veio o rei Davi (1006-966 a.C.), conhecido por ter vencido os filisteus (segundo a Bíblia, ele derrotou o gigante filisteu Golias). Com a conquista de toda a Palestina, a cidade de Jerusalém tornou-se a capital política e religiosa dos hebreus.
   O sucessor de Davi foi seu filho Salomão, que terminou a organização da monarquia hebraica e seu reinado marcou o apogeu do reino hebraico.  Durante o reinado de Salomão (966-926 a.C.), houve um grande desenvolvimento comercial, foram construídos palácios, fortificações, a construção do Templo de Jerusalém, criou um poderoso exército, organizou a administração e o sistema de impostos. Montou uma luxuosa corte, com muitos funcionários e grandes despesas.
   Para poder sustentar uma corte tão luxuosa, Salomão obrigava o povo hebreu a pagar pesados impostos. O preço dessa exploração foi o surgimento de revoltas sociais.
   Com a morte de Salomão, essas revoltas provocaram a divisão religiosa e política das tribos e o fim da monarquia unificada. 
Formaram-se dois reinos: ao norte, dez tribos formaram o reino de Israel, com capital em Samaria e, ao sul, as duas tribos restantes formaram o reino de Judá, com capital em Jerusalém.
   Em 722 a.C., os reinos de Israel foram conquistados pelos assírios, comandados por Sargão II. Grande parte dos hebreus foi escravizada e espalhada pelo Império Assírio.
   Em 587 a.C., o reino de Judá foi conquistado pelos babilônios, comandados por Nabucodonosor. Os babilônios destruíram Jerusalém e aprisionaram os hebreus, levando-os para a Babilônia. Esse episódio ficou conhecido como o Cativeiro da Babilônia.
   Os hebreus permaneceram presos até 538 a.C., quando o rei persa Ciro II conquistou a Babilônia, e puderam então à Palestina, que se tornara província do Império Persa e reconstruíram então o templo de Jerusalém.
   A partir dessa época, os hebreus não mais conseguiram conquistar a autonomia política da Palestina, que se tornou sucessivamente província dos impérios persa, macedônio e romano.
   Durante o domínio romano na Palestina, o nacionalismo dos hebreus fortaleceu-se, levando-os a se revoltar contra Roma. No ano 70 da nossa era, o imperador romano Tito, sufocou uma rebelião hebraica e destruiu o segundo templo de Jerusalém. Os hebreus, então, dispersaram-se por várias regiões do mundo. Esse episódio ficou conhecido como Diáspora (Dispersão).
   No ano de 136, sofreram a Segunda Diáspora, no reinado de Adriano (imperador romano), os judeus foram definitivamente expulsos da Palestina.
Dispersos pelo mundo, o povo israelita, organizou-se em pequenas comunidades. Unidos, preservaram os elementos básicos de sua cultura, como a linguagem, a religião e alguns objetivos comuns, entre eles voltar um dia à Palestina. Assim, os hebreus se mantiveram como nação, embora não constituíssem um Estado.
   Somente em 1948, os judeus puderam se reunir num Estado independente, com a determinação da ONU (Organização das Nações Unidas), que criou o Estado de Israel. Decisão que criou sérios problemas na região do Oriente Médio, pois com a saída dos judeus da Palestina, no século I, outros povos, principalmente de origem árabe ocuparam e fixaram-se na região. A oposição dos árabes à existência do Estado de Israel, tem resultado em continuados conflitos na região.

Economia e Sociedade
   A vida socioeconômica dos hebreus pode ser dividida em duas fases: a nômade e a sedentária.
   A princípio, os hebreus eram pastores nômades (não tinham habitação fixa), que se dedicavam à criação de ovelhas e cabras. Os bens pertenciam a todos do clã.
   Mais tarde, já fixados na Palestina, foram deixando os antigos costumes das comunidades nômades. Desenvolveram a agricultura e o comércio, tornaram-se sedentários.
   Nos primeiros tempos a propriedade da terra era coletiva, depois foi surgindo a propriedade privada da terra e dos demais bens. Surgiram as diferentes classes sociais e a exploração de uma classe pela outra. A conseqüência dessas mudanças foi que grandes proprietários e comerciantes exibiam luxo e riqueza, enquanto os camponeses pobres e os escravos viviam na miséria.

Cultura
   A religião é uma das principais bases da cultura hebraica e representa a principal contribuição cultural dos hebreus ao mundo ocidental.
   A religião hebraica possui dois traços característicos: o monoteísmo e a idéia messiânica. A maioria dos povos da antigüidade era politeísta (acreditavam na existência de vários deuses), enquanto os hebreus adotaram o monoteísmo, acreditavam em um único Deus, criador do universo.
   A idéia messiânica foi divulgada pelos profetas. Acreditavam na vinda de um messias, um enviado de Deus para conduzir os homens à salvação eterna. Para os cristãos esse messias é Jesus Cristo, o que os judeus não aceitam. Assim, continuam aguardando a vinda do messias.
   A doutrina fundamental da religião hebraica (o Judaísmo) encontra-se no Pentateuco, contido no Velho Testamento da Bíblia. O Pentateuco é composto pelo: Gênesis, Êxodo, Deuteronômio, Números e Levítico. Os hebreus chamam esse livro de Torá.
   A religião hebraica prescreve uma conduta moral orientada pela justiça, a caridade e o amor ao próximo. Entre as principais festas judaicas, destacam-se: a Páscoa, que comemora a saída dos hebreus do Egito em busca da Terra Prometida; o Pentecostes, que recorda a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés; o Tabernáculo, que relembra a longa permanência dos hebreus no deserto, durante o Êxodo.
   Na literatura, o melhor exemplo são os livros bíblicos do Velho Testamento, dentre os quais destacam-se os Salmos, o Cântico dos Cânticos, o Livro de e os Provérbios.
   A Bíblia é um conjunto de livros escritos por vários autores ao longo de vários séculos. 

Retirado de História mais. 

domingo, 15 de janeiro de 2012

GALERIAS PARA O DESCONHECIDO - II

GALERIAS PARA O DESCONHECIDO - II
"Nem sempre é dado ao sábio de gabinete o privilégio de ser o primeiro a comprovar as suas próprias teorias. Muitas vezes não se lhe oferece uma unica oportunidade de ver com os olhos os lugares que percorreu durante decênios na imaginação"
(C. W. Ceram)

E as inúmeras e sempre insistentes referências quanto à existência desses mundos subterrâneos acham-se registradas em todas as antigas culturas deste planeta - algumas de forma direta, ao passo que outras veladas através de um sutil simbolismo somente compreendido pelos Iniciados. Osíris, o deus egípcio da imortalidade, era também conhecido como "O Senhor dos Caminhos Subterrâneos" e "O Guardião dos Caminhos e dos Secretos Portais para o Mundo Inferior".

Um fantástico quebra-cabeças que se estende desde o Egito, onde os pouco túneis subterrâneos descobertos (foto) não representam senão a minúscula ponta de um imenso e sobretudo complexo mosaico de enigmas - ainda situado para muito além da nossa limitada compreensão. Que raça misteriosa e muito antiga os construiu, quando e para qual finalidade? Uma pergunta que paira sobre a nossa História e que talvez jamais seja respondida!

E o intrigante fenômeno dos túneis subterrâneos não é privilégio de uns poucos países ou continentes: está mesmo presente em TODO O NOSSO PLANETA! Aqui você vê a foto de uma dessas entradas, descoberta na Nova Zelândia! Essa outra imensa e verdadeira "galeria para o desconhecido" tem uma profundidade ignorada. E assim como todas as demais não se sabe para aonde exatamente leva!

Aliás, foi mesmo nessa rede subterrânea da Nova Zelândia, que foi encontrado este estranho esqueleto fossilizado, pertencente a uma criatura que era dotada de crânio ovalado, uma ossatura diferente, além de reduzidas dimensões corporais. Em suma, pertencente a uma raça desconhecida!

Também no antiqüíssimo e misterioso Tibet, existe uma vasta rede de túneis subterrâneos que jamais foram explorados - a não ser pelos Lamas durante os seus secretíssimos rituais iniciáticos - logicamente antes da ocupação chinesa daquele país. (FOTO: W. Dire Wolff)

Aliás, os antigos registros das Lamasserias Tibetanas, bem como todas as antigas tradições daquele país, dizem textualmente que "todas as passagens subterrâneas no planeta inteiro levam ao Mundo de Agartha. Os habitantes dos continentes pré-históricos submersos da Lemúria e Atlântida nelas encontraram refúgio e passaram a viver". (FOTO: W. Dire Wolff)

Simples lendas? Talvez não! Os arqueólogos e cientistas já sabem - porém não divulgam - que TODA A AMÉRICA DO SUL, por sua vez, é percorrida por uma vasta e desconhecida galeria de túneis subterrâneos - obras de uma avançada civilização, em tempos muito antigos e esquecidos! Na foto, uma das entradas recentemente descoberta para a imensa rede de túneis que percorre o Equador! Em matéria de Engenharia, simplesmente perfeita! Porém, não representa nenhuma novidade uma vez que a existência dessa fantástica rede de túneis naquele país já era conhecida há bastante tempo......

..... Nesta foto, de autoria de Erich Von Däniken, vemos o Padre Carlos Krespi, em 1972 pároco da Igreja Maria Auxiliadora, em Cuenca, Equador, exibindo peças do mais puro ouro encontradas nos túneis subterrâneos daquele país e a ele trazidas em profusão pelos índios. Pelo fato de ter se tornado o responsável pela guarda desses imensos e valiosos tesouros, o Vaticano estranhamento concedeu-lhe o título de "Guardião do Santo Graal". O próprio Padre Krespi, aliás, reconhecia que tudo isso representa uma herança deixada pelos misteriosos construtores dos túneis e que esses túneis já existiam há muitos milênios antes do Império Inca! São peças de inestimável valor arqueológico e que, além de tudo, trazem gravadas mensagens e talvez importantes registros históricos - transmitidos através de estranhos símbolos e também de um alfabeto inteiramente desconhecido......

...... Tais como esse disco no mais puro ouro, mostrado na foto acima! Aliás, as velhas tradições dizem que os Incas, ao serem invadidos e massacrados pelos conquistadores espanhóis, levaram todo o seu povo para o interior dessas passagens carregando consigo, em uma caravana composta por mil lhamas, todos os seus valiosos tesouros - tesouros até hoje desaparecidos e dos quais os saqueadores, apesar do tanto que rapinaram, não conseguiram levar senão uma pequena parte. Contudo, os simbolismos gravados nessas peças arqueológicas do Equador nem de longe dizem respeito à Civilização Incaica: são obras de uma civilização inteiramente desconhecida! E essas mesmas tradições que passam de geração a geração, como por exemplo a dos atuais índios Quichuas, dizem que esses túneis que conduzem ao tal reino subterrâneo eram iluminados por um processo artificial e tinham sido edificados por uma antiga raça que ainda os habitava e dera abrigo àqueles refugiados - uma raça extremamente antiga a qual, segundo afirmam, inclusive teria sido a responsável pela construção do intrigante Complexo de Tiahuanaco, por sua vez situado na Bolívia!

Porém, quem descobriu esse gigantesco complexo de túneis subterrâneos no Equador, foi o cidadão búlgaro de nacionalidade argentina (?) Juan Moricz. E precisamente em 21 de julho de 1969, mais estranhamente ainda, o Governo daquele país concedeu a ele uma ESCRITURA DE PROPRIEDADE de TODOS os sistemas de túneis existentes no subsolo daquele país, os quais comprovadamente se estendem por milhares de quilômetros e cuja entrada principal se situa nas proximidades da Província de Morona-Santiago!!! Essa absurda e além de tudo surrealista escritura, porém, outorgava ao Governo do Equador um certo controle estatal, de modo a "abrir caminho para quaisquer pesquisas". Pesquisas que por sinal jamais foram realizadas, caindo tudo no mais profundo esquecimento e cabendo depois ao Padre Crespi recolher todos os tesouros e se tornar "O Guardião do Santo Graal"......! E não se trata de mera abstração. Von Dänilken esteve de fato com Moricz nessas vastas galerias artificiais de paredes polidas, dispostas em ângulos retos, dentro das quais havia imensos salões escavados na rocha bruta e que além de tudo eram dotadas de uma espécie de radiação desconhecida que paralisava as bússolas! O ouro espalhava-se por todas as partes, em enormes placas e diversos outros artefatos - sempre contendo aqueles misteriosos símbolos e caracteres. Däniken, porém, foi expressamente proibido por Moricz de fotografar qualquer coisa lá dentro!!!

Porém, em matéria de túneis subterrâneos e misteriosos portais, o Brasil ocupa posição de destaque. Um enigma estonteante para os arqueólogos, essas entradas realmente existem em grande número por todo o nosso vasto e ainda quase inexplorado território. Serra do Roncador (foto), em Mato Grosso, é um exemplo típico. Nas suas proximidades despareceu em 1925 o Coronel do Exército Inglês, Percy Fawcett, à procura das tais misteriosas entradas para os mundos subterrâneos, nos quais acreditava ainda estarem estabelecidos os refugiados, remanescentes da Civilização Atlante. Porém, o que pouca gente sabe é que Fawcett não foi o único a sumir sem deixar vestígios lá por aquelas bandas! Durante o antigo governo do Presidente Arthur Bernardes, em 1924 ocorreu uma revolução interna sob o comando do General Isidoro Dias Lopes. Derrotados pelas forças militares, quatro mil desses revoltosos receberam anistia e puderam partir, tomando então rumos diferentes. Mil deles se dirigiram à região sul da Ilha do Bananal e desapareceram sem deixar quaisquer traços ao exatamente penetrarem em cavernas situadas nas misteriosas proximidades do Roncador!

Os túneis, segundo as lendas existentes na Pedra da Gávea, Rio de Janeiro, teoricamente ainda não foram encontrados. Salvo, conforme já divulgamos nos nossos livros e também neste Site, aqueles que foram mapeados pelo Projeto RADAM através de levantamentos aerofotograméticos em 1970, e que se estendem pelo subsolo desde essa montanha até uma vasta região linear, já na direção do litoral do Estado de São Paulo! Por sinal, foi mesmo pesquisando essa fantástica rede subterrânea do litoral oeste do Rio de Janeiro, cujas fotos mostravam inclusive estranhas edificações por baixo da terra, que desde 13 de maio de 1970 desapareceu sem deixar quaisquer vestígios o avião prefixo PT-KHK que levava dois tripulantes e cinco geógrafas daquele órgão governamental em missão ultra-sigilosa! Temos, talvez, como uma das chaves principais para a total compreensão desse intrigante enigma subterrâneo - tanto na Pedra da Gávea quanto em todos esses túneis e entradas espalhados por todo o planeta - a invariável e sempre insistente presença dos UFOs que rondam esses locais. Na foto, à direita, vemos um deles quando há algumas décadas sobrevoava justamente a Pedra da Gávea, tendo sido nítida e amplamente fotografado pelos jornalistas João Martins e Ed Keffel, a serviço da extinta Revista "O Cruzeiro"!

E por falar nisso, na foto você vê uma antiga imagem, tomada pelos serviços secretos da Alemanha nazista, por sobre uma certa região do Pólo Sul, denominada "Terra da Rainha Maud". Isso fez parte de um levantamento que visava ao posterior envio de unidades científicas e militares de modo a manter contato com entidades alienígenas que habitavam a região situada "para além daquela abertura polar" e ali estabelecer uma "nova Alemanha" - em uma colônia a ser definitivamente estabelecida. Isso veio a gerar,como forma de retaliação, uma das mais sigilosas operações aliadas (aliás fracassada) contra aquela região, a qual foi batizada com o codinome de "Operação High Jump".

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