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domingo, 29 de julho de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
No Amapá, uma Stonehenge amazônica
Um misterioso círculo de pedras gigantes foi descoberto no Amapá. As primeiras escavações levam a crer que os astros regulavam a vida e o cotidiano dos indígenas que o construíram. PLANETA foi lá conferir
Heitor e Silvia Reali, de Calçoene, Amapá
Um misterioso círculo de pedras gigantes foi descoberto no Amapá. As primeiras escavações levam a crer que os astros regulavam a vida e o cotidiano dos indígenas que o construíram. PLANETA foi lá conferir
Heitor e Silvia Reali, de Calçoene, Amapá
O espaço interno do círculo não é grande. Nele cabem, no máximo, 300 pessoas. Assim, é possível estimar que em determinados dias do ano, quando os frequentadores chegavam para suas festas e seus rituais, o local poderia abrigar pelo menos o dobro de pessoas, dentro e fora do círculo. |
Laços fortes com ancestrais
Como curiosidade, vale dizer que as cerâmicas encontradas são cheias de significado. Por que as peças mais próximas ao centro são decoradas com desenhos de animais aquáticos (peixes e sapos, por exemplo) e as mais afastadas, de animais terrestres, como macacos e aves? Mariana explica que ainda não se pode caracterizar qual grupo indígena construiu o círculo. Sabe-se apenas que tinham uma relação muito forte com os ancestrais. “Talvez esses desenhos indicassem a classe social do morto”, avalia.
A cerâmica é um ponto de inflexão do processo civilizador, tão importante quanto foi a pedra lascada. Por meio dela, os arqueólogos chegam a mais algumas conclusões. As peças desenterradas dali são da fase Aristé (ou Cunani). Esse tipo de utensílio, com pinturas em quatro cores e urnas antropomorfas, pertence a uma tradição ceramista característica dos povos que habitaram a região do Amapá até a Guiana Francesa, há cerca de mil anos.
A construção é, portanto, algo nosso, o que contraria os estudos feitos nos anos 1950 pelos arqueólogos norte-americanos Betty Meggers e Clifford Evans, que já tinham conhecimento desses círculos de pedra. Para eles, as chamadas sociedades complexas da Amazônia eram oriundas de imigrações de índios culturalmente mais avançados, como os dos Andes. Contudo, perguntas intrigantes permanecem no ar. Por exemplo: onde moravam os construtores e os frequentadores do círculo de pedra, se não existem vestígios de aldeias em suas proximidades? De onde os indígenas tiravam comida para nutrir as pessoas que trabalharam na construção desse e dos demais círculos de pedra? E como isso era feito durante os dias dedicados aos rituais sagrados? Viriam eles de muito longe?
O sítio de Rego Grande foi um empreendimento do qual toda a comunidade participou. Devem ter sido necessárias muitos dias e algumas centenas de homens para carregar as pedras até aquele lugar, entalhar a superfície dura, dar-lhe a forma correta, ajustar os encaixes e pôr cada pedra em seu lugar. O espaço interno do círculo não é grande. Nele cabem, no máximo, 300 pessoas. Assim, é possível estimar que em certos dias do ano, quando os frequentadores chegavam para suas festas e rituais, o local poderia abrigar pelo menos o dobro de pessoas, dentro e fora do círculo.
Todas as perguntas mencionadas acima fazem sentido, pois não existem no Amapá as chamadas manchas de terra preta (pequenas faixas de solo fértil em meio à terra pobre e ácida da floresta) comuns em outras partes da Amazônia, que acompanham o curso de rios e igarapés e que em geral resultam do aumento da ocupação humana no local. Esse solo mais fértil se forma a partir do acúmulo de matéria orgânica produzida pelos assentamentos humanos mais densos em solo amazônico.
Alguns estudiosos afirmam que o adensamento populacional não se dá exclusivamente por conta da produção agrícola, mas também pela maior abundância da caça, pesca e coleta de caranguejos. Outros refutam isso, afirmando que tal ocorre apenas no caso de comunidades muito reduzidas, o que não seria o caso do sítio de Calçoene.
Não se sabe exatamente o que se fazia no círculo de pedras de Rego Grande. Nem se sabe se ele era visitado pela totalidade dos integrantes do grupo indígena que o construiu ou somente por alguns indivíduos escolhidos. Tampouco se sabe qual culto ali era praticado ou se ele era simplesmente um observatório astronômico. A única coisa que se sabe com quase certeza é que, para os indígenas que o edificaram, o círculo de pedras era um lugar sagrado
Como curiosidade, vale dizer que as cerâmicas encontradas são cheias de significado. Por que as peças mais próximas ao centro são decoradas com desenhos de animais aquáticos (peixes e sapos, por exemplo) e as mais afastadas, de animais terrestres, como macacos e aves? Mariana explica que ainda não se pode caracterizar qual grupo indígena construiu o círculo. Sabe-se apenas que tinham uma relação muito forte com os ancestrais. “Talvez esses desenhos indicassem a classe social do morto”, avalia.
A cerâmica é um ponto de inflexão do processo civilizador, tão importante quanto foi a pedra lascada. Por meio dela, os arqueólogos chegam a mais algumas conclusões. As peças desenterradas dali são da fase Aristé (ou Cunani). Esse tipo de utensílio, com pinturas em quatro cores e urnas antropomorfas, pertence a uma tradição ceramista característica dos povos que habitaram a região do Amapá até a Guiana Francesa, há cerca de mil anos.
A construção é, portanto, algo nosso, o que contraria os estudos feitos nos anos 1950 pelos arqueólogos norte-americanos Betty Meggers e Clifford Evans, que já tinham conhecimento desses círculos de pedra. Para eles, as chamadas sociedades complexas da Amazônia eram oriundas de imigrações de índios culturalmente mais avançados, como os dos Andes. Contudo, perguntas intrigantes permanecem no ar. Por exemplo: onde moravam os construtores e os frequentadores do círculo de pedra, se não existem vestígios de aldeias em suas proximidades? De onde os indígenas tiravam comida para nutrir as pessoas que trabalharam na construção desse e dos demais círculos de pedra? E como isso era feito durante os dias dedicados aos rituais sagrados? Viriam eles de muito longe?
O sítio de Rego Grande foi um empreendimento do qual toda a comunidade participou. Devem ter sido necessárias muitos dias e algumas centenas de homens para carregar as pedras até aquele lugar, entalhar a superfície dura, dar-lhe a forma correta, ajustar os encaixes e pôr cada pedra em seu lugar. O espaço interno do círculo não é grande. Nele cabem, no máximo, 300 pessoas. Assim, é possível estimar que em certos dias do ano, quando os frequentadores chegavam para suas festas e rituais, o local poderia abrigar pelo menos o dobro de pessoas, dentro e fora do círculo.
Todas as perguntas mencionadas acima fazem sentido, pois não existem no Amapá as chamadas manchas de terra preta (pequenas faixas de solo fértil em meio à terra pobre e ácida da floresta) comuns em outras partes da Amazônia, que acompanham o curso de rios e igarapés e que em geral resultam do aumento da ocupação humana no local. Esse solo mais fértil se forma a partir do acúmulo de matéria orgânica produzida pelos assentamentos humanos mais densos em solo amazônico.
Alguns estudiosos afirmam que o adensamento populacional não se dá exclusivamente por conta da produção agrícola, mas também pela maior abundância da caça, pesca e coleta de caranguejos. Outros refutam isso, afirmando que tal ocorre apenas no caso de comunidades muito reduzidas, o que não seria o caso do sítio de Calçoene.
Não se sabe exatamente o que se fazia no círculo de pedras de Rego Grande. Nem se sabe se ele era visitado pela totalidade dos integrantes do grupo indígena que o construiu ou somente por alguns indivíduos escolhidos. Tampouco se sabe qual culto ali era praticado ou se ele era simplesmente um observatório astronômico. A única coisa que se sabe com quase certeza é que, para os indígenas que o edificaram, o círculo de pedras era um lugar sagrado
No alto, um portão de madeira guarda um imenso descampado onde está a casa do guarda-parque. Acima, o pesquisador Evandro em frente à casa do guarda-parque e quartel-general dos pesquisadores do Iepa. |
Enigmas visuais
Quem chega ao sítio de Rego Grande depois de um trecho de terra de 18 quilômetros, a partir de Calçoene, percebe que o lugar realmente tem pegada forte. O caminho é cercado por casas esparsas e também por muito pasto e palmeiras que despontam na paisagem. Um portão de madeira guarda um imenso descampado onde está a casa do guarda-parque. Logo a seguir, causa grande impacto a visão do círculo de pedras que domina todo o alto de uma colina. Principalmente se a visita for ao entardecer, quando as sombras se alongam e crescem. Esse é um território de enigmas visuais.
Desde 2006, o círculo de 30 metros de diâmetro com 147 blocos de granito, alguns com 4 metros de altura e peso de até 4 toneladas, vem sendo estudado pela equipe de arqueólogos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), liderada pelos pesquisadores Mariana Petry Cabral e João Saldanha.
Mariana está há sete anos no Amapá, mas ainda não perdeu seu sotaque gaúcho. Ela enfatiza que é provável “que o lugar tenha sido um misto de calendário ou observatório astronômico e de centro ritualístico, mas que até o momento isso permanece apenas no terreno da hipótese”.
Para o meteorologista José Ávila, também pesquisador do sítio Rego Grande, não há dúvida de que o conjunto é um gigantesco calendário e um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil. Desde o final de 2006, esse discurso repercute mais forte quando se considera a posição do maior bloco de pedra ali existente.
Há quase quatro anos, a equipe de pesquisadores comprovou o que já se esperava. Aquele monólito projeta uma sombra no chão, mas ela some no dia do solstício de inverno, 21 ou 22 de dezembro. Nesse dia, quando alcança sua posição mais alta no céu (o chamado zênite), o Sol aparece exatamente acima da pedra, de forma que ela não lança sombra alguma no chão.
Segundo Mariana, a inclinação desse bloco não é um acaso, resultante de passagem dos anos, dos ventos e das queimadas feitas no local. Ela é intencional. “Geólogos que acompanharam os estudos escavaram o terreno e verificaram que havia estruturas de sustentação, calçadas por outras pedras, bem calculadas para os blocos principais, e alinhadas ao solstício e talvez a outros astros.”
Quem chega ao sítio de Rego Grande depois de um trecho de terra de 18 quilômetros, a partir de Calçoene, percebe que o lugar realmente tem pegada forte. O caminho é cercado por casas esparsas e também por muito pasto e palmeiras que despontam na paisagem. Um portão de madeira guarda um imenso descampado onde está a casa do guarda-parque. Logo a seguir, causa grande impacto a visão do círculo de pedras que domina todo o alto de uma colina. Principalmente se a visita for ao entardecer, quando as sombras se alongam e crescem. Esse é um território de enigmas visuais.
Desde 2006, o círculo de 30 metros de diâmetro com 147 blocos de granito, alguns com 4 metros de altura e peso de até 4 toneladas, vem sendo estudado pela equipe de arqueólogos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), liderada pelos pesquisadores Mariana Petry Cabral e João Saldanha.
Mariana está há sete anos no Amapá, mas ainda não perdeu seu sotaque gaúcho. Ela enfatiza que é provável “que o lugar tenha sido um misto de calendário ou observatório astronômico e de centro ritualístico, mas que até o momento isso permanece apenas no terreno da hipótese”.
Para o meteorologista José Ávila, também pesquisador do sítio Rego Grande, não há dúvida de que o conjunto é um gigantesco calendário e um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil. Desde o final de 2006, esse discurso repercute mais forte quando se considera a posição do maior bloco de pedra ali existente.
Há quase quatro anos, a equipe de pesquisadores comprovou o que já se esperava. Aquele monólito projeta uma sombra no chão, mas ela some no dia do solstício de inverno, 21 ou 22 de dezembro. Nesse dia, quando alcança sua posição mais alta no céu (o chamado zênite), o Sol aparece exatamente acima da pedra, de forma que ela não lança sombra alguma no chão.
Segundo Mariana, a inclinação desse bloco não é um acaso, resultante de passagem dos anos, dos ventos e das queimadas feitas no local. Ela é intencional. “Geólogos que acompanharam os estudos escavaram o terreno e verificaram que havia estruturas de sustentação, calçadas por outras pedras, bem calculadas para os blocos principais, e alinhadas ao solstício e talvez a outros astros.”
A arqueóloga Mariana Petry Cabral. Ela está há sete anos no Amapá e enfatiza que é provável “que o lugar tenha sido um misto de calendário ou observatório astronômico e de centro ritualístico, mas que até o momento permanece apenas no terreno da hipótese”. As cerâmicas indígenas estudadas por Mariana. |
“Os blocos vieram em bruto de outro lugar, mas foram talhados ali. A
cinco quilômetros da área, os pesquisadores encontraram cicatrizes em
uma pedreira: com certeza, foi dali que retiraram a maioria das pedras”,
prossegue Mariana.
Embora sem possuir nenhum dos sofisticados instrumentos astronômicos atuais, o povo que há cerca de mil anos vivia na região de Calçoene estava muito à frente do seu tempo em termos de conhecimentos de astronomia. Ele estudava o céu sempre que surgisse a necessidade de se respeitar um ciclo temporal, como provavelmente detectar a época certa para o plantio e a colheita, festas comemorativas, etc.
Algumas descobertas já são bem concretas: “Está claro que o local era um cemitério indígena, além de lugar para a prática de cerimônias”, relata Mariana. Ela afirma ainda que durante a fase de escavação “foram achados no interior do círculo dois poços funerários, de dois e três metros de profundidade, tampados por uma pesada pedra. Dentro e fora do círculo estavam enterrados muitos potes, vasos e urnas funerárias”.
Embora sem possuir nenhum dos sofisticados instrumentos astronômicos atuais, o povo que há cerca de mil anos vivia na região de Calçoene estava muito à frente do seu tempo em termos de conhecimentos de astronomia. Ele estudava o céu sempre que surgisse a necessidade de se respeitar um ciclo temporal, como provavelmente detectar a época certa para o plantio e a colheita, festas comemorativas, etc.
Algumas descobertas já são bem concretas: “Está claro que o local era um cemitério indígena, além de lugar para a prática de cerimônias”, relata Mariana. Ela afirma ainda que durante a fase de escavação “foram achados no interior do círculo dois poços funerários, de dois e três metros de profundidade, tampados por uma pesada pedra. Dentro e fora do círculo estavam enterrados muitos potes, vasos e urnas funerárias”.
O espaço interno do círculo não é grande. Nele cabem, no máximo, 300 pessoas. Assim, é possível estimar que em determinados dias do ano, quando os frequentadores chegavam para suas festas e seus rituais, o local poderia abrigar pelo menos o dobro de pessoas, dentro e fora do círculo. |
Laços fortes com ancestrais
Como curiosidade, vale dizer que as cerâmicas encontradas são cheias de significado. Por que as peças mais próximas ao centro são decoradas com desenhos de animais aquáticos (peixes e sapos, por exemplo) e as mais afastadas, de animais terrestres, como macacos e aves? Mariana explica que ainda não se pode caracterizar qual grupo indígena construiu o círculo. Sabe-se apenas que tinham uma relação muito forte com os ancestrais. “Talvez esses desenhos indicassem a classe social do morto”, avalia.
A cerâmica é um ponto de inflexão do processo civilizador, tão importante quanto foi a pedra lascada. Por meio dela, os arqueólogos chegam a mais algumas conclusões. As peças desenterradas dali são da fase Aristé (ou Cunani). Esse tipo de utensílio, com pinturas em quatro cores e urnas antropomorfas, pertence a uma tradição ceramista característica dos povos que habitaram a região do Amapá até a Guiana Francesa, há cerca de mil anos.
A construção é, portanto, algo nosso, o que contraria os estudos feitos nos anos 1950 pelos arqueólogos norte-americanos Betty Meggers e Clifford Evans, que já tinham conhecimento desses círculos de pedra. Para eles, as chamadas sociedades complexas da Amazônia eram oriundas de imigrações de índios culturalmente mais avançados, como os dos Andes. Contudo, perguntas intrigantes permanecem no ar. Por exemplo: onde moravam os construtores e os frequentadores do círculo de pedra, se não existem vestígios de aldeias em suas proximidades? De onde os indígenas tiravam comida para nutrir as pessoas que trabalharam na construção desse e dos demais círculos de pedra? E como isso era feito durante os dias dedicados aos rituais sagrados? Viriam eles de muito longe?
O sítio de Rego Grande foi um empreendimento do qual toda a comunidade participou. Devem ter sido necessárias muitos dias e algumas centenas de homens para carregar as pedras até aquele lugar, entalhar a superfície dura, dar-lhe a forma correta, ajustar os encaixes e pôr cada pedra em seu lugar. O espaço interno do círculo não é grande. Nele cabem, no máximo, 300 pessoas. Assim, é possível estimar que em certos dias do ano, quando os frequentadores chegavam para suas festas e rituais, o local poderia abrigar pelo menos o dobro de pessoas, dentro e fora do círculo.
Todas as perguntas mencionadas acima fazem sentido, pois não existem no Amapá as chamadas manchas de terra preta (pequenas faixas de solo fértil em meio à terra pobre e ácida da floresta) comuns em outras partes da Amazônia, que acompanham o curso de rios e igarapés e que em geral resultam do aumento da ocupação humana no local. Esse solo mais fértil se forma a partir do acúmulo de matéria orgânica produzida pelos assentamentos humanos mais densos em solo amazônico.
Alguns estudiosos afirmam que o adensamento populacional não se dá exclusivamente por conta da produção agrícola, mas também pela maior abundância da caça, pesca e coleta de caranguejos. Outros refutam isso, afirmando que tal ocorre apenas no caso de comunidades muito reduzidas, o que não seria o caso do sítio de Calçoene.
Não se sabe exatamente o que se fazia no círculo de pedras de Rego Grande. Nem se sabe se ele era visitado pela totalidade dos integrantes do grupo indígena que o construiu ou somente por alguns indivíduos escolhidos. Tampouco se sabe qual culto ali era praticado ou se ele era simplesmente um observatório astronômico. A única coisa que se sabe com quase certeza é que, para os indígenas que o edificaram, o círculo de pedras era um lugar sagrado.
Como curiosidade, vale dizer que as cerâmicas encontradas são cheias de significado. Por que as peças mais próximas ao centro são decoradas com desenhos de animais aquáticos (peixes e sapos, por exemplo) e as mais afastadas, de animais terrestres, como macacos e aves? Mariana explica que ainda não se pode caracterizar qual grupo indígena construiu o círculo. Sabe-se apenas que tinham uma relação muito forte com os ancestrais. “Talvez esses desenhos indicassem a classe social do morto”, avalia.
A cerâmica é um ponto de inflexão do processo civilizador, tão importante quanto foi a pedra lascada. Por meio dela, os arqueólogos chegam a mais algumas conclusões. As peças desenterradas dali são da fase Aristé (ou Cunani). Esse tipo de utensílio, com pinturas em quatro cores e urnas antropomorfas, pertence a uma tradição ceramista característica dos povos que habitaram a região do Amapá até a Guiana Francesa, há cerca de mil anos.
A construção é, portanto, algo nosso, o que contraria os estudos feitos nos anos 1950 pelos arqueólogos norte-americanos Betty Meggers e Clifford Evans, que já tinham conhecimento desses círculos de pedra. Para eles, as chamadas sociedades complexas da Amazônia eram oriundas de imigrações de índios culturalmente mais avançados, como os dos Andes. Contudo, perguntas intrigantes permanecem no ar. Por exemplo: onde moravam os construtores e os frequentadores do círculo de pedra, se não existem vestígios de aldeias em suas proximidades? De onde os indígenas tiravam comida para nutrir as pessoas que trabalharam na construção desse e dos demais círculos de pedra? E como isso era feito durante os dias dedicados aos rituais sagrados? Viriam eles de muito longe?
O sítio de Rego Grande foi um empreendimento do qual toda a comunidade participou. Devem ter sido necessárias muitos dias e algumas centenas de homens para carregar as pedras até aquele lugar, entalhar a superfície dura, dar-lhe a forma correta, ajustar os encaixes e pôr cada pedra em seu lugar. O espaço interno do círculo não é grande. Nele cabem, no máximo, 300 pessoas. Assim, é possível estimar que em certos dias do ano, quando os frequentadores chegavam para suas festas e rituais, o local poderia abrigar pelo menos o dobro de pessoas, dentro e fora do círculo.
Todas as perguntas mencionadas acima fazem sentido, pois não existem no Amapá as chamadas manchas de terra preta (pequenas faixas de solo fértil em meio à terra pobre e ácida da floresta) comuns em outras partes da Amazônia, que acompanham o curso de rios e igarapés e que em geral resultam do aumento da ocupação humana no local. Esse solo mais fértil se forma a partir do acúmulo de matéria orgânica produzida pelos assentamentos humanos mais densos em solo amazônico.
Alguns estudiosos afirmam que o adensamento populacional não se dá exclusivamente por conta da produção agrícola, mas também pela maior abundância da caça, pesca e coleta de caranguejos. Outros refutam isso, afirmando que tal ocorre apenas no caso de comunidades muito reduzidas, o que não seria o caso do sítio de Calçoene.
Não se sabe exatamente o que se fazia no círculo de pedras de Rego Grande. Nem se sabe se ele era visitado pela totalidade dos integrantes do grupo indígena que o construiu ou somente por alguns indivíduos escolhidos. Tampouco se sabe qual culto ali era praticado ou se ele era simplesmente um observatório astronômico. A única coisa que se sabe com quase certeza é que, para os indígenas que o edificaram, o círculo de pedras era um lugar sagrado.
Revista planeta
Eram os deuses geométricos?
Novos sítios arqueológicos na Amazônia poderão revelar surpresas sobre o passado dos habitantes da América do Sul antes da chegada dos colonizadores. Os cientistas suspeitam que os geoglifos - figuras geométricas esculpidas na terra - descobertos no Acre e em Rondônia podem ter inspiração divina
Por Fabíola Musarra
Novos sítios arqueológicos na Amazônia poderão revelar surpresas sobre o passado dos habitantes da América do Sul antes da chegada dos colonizadores. Os cientistas suspeitam que os geoglifos - figuras geométricas esculpidas na terra - descobertos no Acre e em Rondônia podem ter inspiração divina
Por Fabíola Musarra
O desmatamento no sudeste do Acre
já revelou 270 geoglifos indígenas. O tamanho dos aterros sugere que as
antigas sociedades amazônicas eram mais numerosas do que se supunha.
|
Equipes multidisciplinares do Brasil, dos Estados Unidos, da
Finlândia e do Reino Unido estão pesquisando na Amazônia o passado dos
povos que habitaram a região muito antes da formação da maior floresta
do planeta. Baseados em imagens aéreas, os cientistas estudam centenas
de geoglifos - imensas figuras circulares, quadradas, retangulares,
octogonais ou com outras formas geométricas desenhadas no solo do Acre,
de Rondônia, do sul do Amazonas e do norte da Bolívia. A análise dessas
colossais estruturas de terra sugere que uma civilização maior e mais
desenvolvida do que se supunha já vivia na região antes do Descobrimento
do Brasil.
A versão histórica predominante é de que a Amazônia era povoada
por pequenas tribos de índios, que viviam em terra firme, em locais
distantes dos rios. No entanto, as fotografias aéreas e as imagens de
satélite desmistificam essa teoria, pois mostram que os geoglifos foram
erguidos tanto em solo firme quanto em terrenos próximos aos rios. A
descoberta também coloca em xeque a teoria de que os povos amazônicos
viviam em sociedades simples, que nada produziam de perene além de
cerâmicas.
O questionamento sobre as "limitações materiais" das culturas
amazônicas começou na década de 1990, quando o geógrafo e paleontólogo
Alceu Ranzi, ao sobrevoar a região, viu várias dessas estruturas. Ao
constatar que estava diante de um fenômeno regional e as vastas
construções eram artificiais, batizou-as com o nome de geoglifos, cujo
significado quer dizer desenho na terra. Hoje, sabe-se que os geoglifos
amazônicos foram erguidos a partir da escavação de um fosso. A terra
escavada ia sendo colocada cuidadosamente na parte externa e formava uma
mureta. Desse modo, criava-se um desenho geométrico, em alto e baixo
relevo.
Trata-se de uma construção engenhosa. Os aterros geométricos
desenhados na terra têm de 113 a 200 metros de largura e de 30
centímetros a 5 metros de profundidade. Em 1977, foram vistos pela
primeira vez no Acre, quando o arqueólogo Ondemar Dias fez um
levantamento deles no âmbito do Programa Nacional de Pesquisas
Arqueológicas na Bacia Amazônica, do qual participaram Ranzi e o
arqueólogo Franklin Levy.
Na ocasião, a equipe identificou 8 geoglifos circulares, mas a
pesquisa não foi divulgada. Entre 1986 e 1999, Ranzi identificou 24
novas estruturas. A descoberta só foi possível devido ao desmatamento da
região nos últimos 40 anos. Até a década de 1970 os grandes projetos
agropecuários não haviam invadido a Amazônia Ocidental, a floresta
estava intacta e os geoglifos permaneciam escondidos pela copa de
árvores, o que impossibilitava a observação.
Em 2000, as pesquisas se intensificaram, assim como os sobrevoos
para a obtenção de fotos aéreas visando ao registro. Imagens de satélite
e do Google Earth permitiram a localização de novos geoglifos sem a
necessidade de usar aviões. Hoje, graças às novas tecnologias, já foram
identificadas 270 construções. Contudo, os pesquisadores afirmam que, em
razão da dificuldade de se observar a Amazônia via satélite, os
geoglifos encontrados podem ser apenas 10% do total existente na região
Rituais religiosos
Os pesquisadores ainda não sabem qual a finalidade dessas imensas
obras dos antigos povos amazônicos. Alguns acreditam que tinham um
significado simbólico ou religioso. Outros acham que a remoção da
vegetação que realizaram pode ter tido algum tipo de função militar. De
qualquer modo, descobrir quais foram as culturas amazônicas responsáveis
pela construção dos geoglifos faz parte dos objetivos dos projetos
multidisciplinares em andamento.
Outra incógnita é a grandiosidade das estruturas do Acre. Para
Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida (EUA), os geoglifos
tinham finalidades cerimoniais. Uma das razões de sua monumentalidade
seria a comunicação com seres superiores. "Não temos inferências para
afirmar que os geoglifos estavam alinhados ou direcionados para algum
corpo celeste", diz Denise Pahl Schaan, pesquisadora do CNPq e
coordenadora do grupo de pesquisa Geoglifos da Amazônia Ocidental.
"As imensas valetas serviam para circundar um espaço aberto
interno que era usado para encontros, rituais religiosos e moradia em
alguns casos", prossegue Denise. Segundo ela, os construtores dos
geoglifos constituíram as primeiras sociedades sedentárias do Acre. Eles
habitaram a região há mais de 2.000 anos e, possivelmente, foram povos
agricultores.
Os maiores inimigos dos geoglifos
são as plantações de cana, o pisoteio do gado, as máquinas agrícolas, os
assentamentos de terra e as estradas.
|
Co-organizadora do livro Geoglifos - Paisagens da Amazônia
Ocidental, Denise lembra que, em 1887, o então governador de Manaus (AM)
ordenou ao coronel Antonio Labre subir o Rio Madeira e encontrar uma
rota por terra em meio aos entrepostos de produção de borracha no Rio
Madre de Diós e algum ponto navegável do Rio Acre. Ao seguir por terra
até o Rio Acre, Labre passou por várias vilas da etnia araona (da
família linguística tacana).
Na fronteira do Estado, o militar encontrou uma vila povoada por
umas 200 pessoas e ficou impressionado com a sua organização social. Ali
aprendeu que aqueles povos adoravam deuses de formato geométrico,
esculpidos em madeira. As efígies eram mantidas em templos no meio da
floresta. O pai dos deuses tinha forma elíptica e chamava-se Epymará.
"Labre não descreveu os templos, mas tudo nos leva a cogitar sobre as
possíveis funções religiosas dos geoglifos, encontrados não muito longe
das antigas aldeias araonas", comenta Denise.
Savana
A ocorrência de geoglifos no Acre também é um forte indicativo de
ausência da floresta. Posteriormente, a mata ocupou e recobriu a
paisagem cultural dos povos construtores dos aterros. Denise diz que é
provável que na região existissem áreas abertas, de savana, mas os
cientistas ainda não têm certeza. Por isso, coletaram amostras para
realizar análises que deverão esclarecer o assunto. O material está
sendo analisado no Reino Unido, na Universidade de Exeter.
Para realizar as pesquisas, os cientistas recorrem ao
sensoriamento remoto, técnica que utiliza imagens de satélites,
fotografias aéreas e sobrevoos com pequenos aviões, além de um georradar
da Universidade Federal do Pará. "A disponibilidade de imagens de
satélite tem sido fundamental para os nossos estudos, assim como
softwares para cruzamento de dados culturais e geográficos, como o
ArcGis. Além das imagens gratuitas do Google Earth, o governo do Acre
nos fornece imagens do satélite Formosat", afirma Denise.
Os cientistas também visitam os sítios identificados para tirar
medidas, fazer coletas e registros. O estudo contribui para novas
interpretações sobre como os antigos amazônidas viviam e como era a sua
organização sociopolítica. "Esse conhecimento é fundamental para
subsidiar programas de preservação do patrimônio arqueológico da
região", explica Denise.
Apesar de sua relevância, os geoglifos estão ameaçados. Seus
maiores inimigos são as plantações de cana, o pisoteio do gado, as
máquinas agrícolas, os assentamentos de terra e as estradas, que já
danificaram muitos deles.
Revista Planeta
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Conheça ingredientes funcionais que fazem bem ao coração
Conheça ingredientes funcionais que fazem bem ao coração
Especiarias são capazes de dobrar o valor medicinal da sua refeição
Alimentos funcionais ou
nutracêuticos são aqueles que colaboram para melhorar o metabolismo e
prevenir problemas de saúde. Algumas ervas e especiarias são capazes de
dobrar ou mesmo triplicar o valor medicinal da sua refeição. A
nutricionista Roseli Nascimento ajuda a desvendar quais são os
ingredientes que dão uma forcinha a mais para o coração.
1 de 6
Salsa: A salsa possui flavonóides que agem como
antioxidantes naturais. Isso significa que eles são capazes de
neutralizar os radicais livres antes que possam causar danos às células.
A salsa também é fonte de ácido fólico, uma vitamina que ajuda a
reduzir risco de câncer e aterosclerose. A vitamina K, que ajuda a
regular a capacidade de coagulação do sangue também está presente na
salsa
Alho: O alho traz benefícios extraordinários para
a saúde do sistema cardiovascular. Estudos demonstram que o consumo de
alho ajuda a regular a pressão arterial. Ele faz isso através de vários
mecanismos diferentes, incluindo a estimulação do óxido nítrico nas
paredes dos vasos sanguíneos, o que ajuda a relaxá-los. O alho também
inibe a formação de placas e reduz os níveis do colesterol considerado
ruim e sua fixação na parede das artérias. O ingrediente contém alicina,
que parece funcionar como um relaxante das células nervosas que se
contraem com a passagem do fluxo de sangue
Manjericão: Rico em flavonoides, como a orientina
e a vicenina, o manjericão é uma erva eficaz na prevenção de danos às
células. É fonte de vitamina K, ferro, cálcio, vitamina A, manganês,
magnésio, vitamina C e potássio. O tempero faz bem para o coração porque
ajuda a evitar a formação de placas nas artérias, além de combater os
radicais livres. O magnésio, por exemplo, ajuda a relaxar os vasos, o
que facilita a circulação sanguínea
Canela: Curiosamente, a canela diminui o açúcar
no sangue, atuando em vários níveis diferentes. Ela ajuda a retardar o
esvaziamento do estômago, reduzindo o aumento acentuado de glicose no
organismo após as refeições, e melhora a eficácia ou sensibilidade à
insulina. A canela também aumenta as defesas antioxidantes do corpo, que
agem contra os radicais livres
terça-feira, 19 de junho de 2012
Aparições luminosas
Aparições luminosas
Os povos indígenas escandinavos já especularam muito sobre as luzes celestes do Ártico: espíritos de antepassados, presságios divinos, manifestações de entidades do mal. Por milênios as aparições bruxuleantes da aurora boreal permaneceram insondáveis, mas a ciência, aos poucos, vem dissecando o fenômeno
Texto e fotos por Johnny Mazzilli
Noite surreal sobre a vila de Svolvaer, no Arquipélago Lofoten, no Ártico norueguês.
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As auroras boreais têm sua origem na atividade solar. Na
superfície do Sol, erupções gigantescas, ejeções de plasma, expelem
labaredas colossais, com centenas de milhares de quilômetros de
extensão, cuja temperatura ronda os 20 milhões de graus Celsius. Essa
atividade é constante e acontece em todas as direções. O Sol alterna
períodos de maior e menor atividade a cada 11 anos, aproximadamente. Em
2011, uma dessas erupções alcançou 800 mil km de extensão. Além de
calor, são expelidas enormes quantidades de partículas atômicas -
elétrons, prótons e partículas alfa, que vagam como radiação solar, ou
vento solar, em nossa direção.
No norte, as auroras são boreais, e no sul, austrais. São mais
vistas no norte, uma vez que há mais ocupação humana até as proximidades
do Polo Norte, enquanto no sul, devido à vastidão de águas abertas ao
redor do polo, há menos gente para observá-las. Quando ocorre no norte,
está acontecendo igualmente no sul. O que pode fazer a diferença entre
vê-las ou não é o céu nas regiões polares, frequentemente encoberto.
Foi Galileu quem cunhou a expressão Aurorae borealis,
em 1619, em referência a Aurora, a deusa romana do amanhecer, e a seu
filho, Bóreas, o representante dos ventos do norte. Já a expressão Aurora australis
foi cunhada um século depois pelo navegador inglês James Cook
(1728-1779), ao observar as intrigantes luzes durante sua
circum-navegação global a bordo das naus Resolution e Adventure, quando
alcançou a mais baixa latitude até então (70°10"S), cruzando pela
primeira vez o Círculo Polar Antártico.
Observatório gelado
No fim do século 19, o cientista norueguês Kristian Birkeland construiu um dispositivo formado por uma câmara a vácuo e uma esfera e provou que os elétrons eletricamente estimulados eram guiados para as regiões polares da esfera. Hoje, cientistas como os holandeses Rob Stammes e Th erese van Nieuwenhoven perscrutam o céu dia e noite para analisar o fenômeno, instalados na pequena vila pesqueira de Laukvik, nas Ilhas Lofoten, localizadas dentro do Círculo Polar Ártico, no norte da Noruega.
No fim do século 19, o cientista norueguês Kristian Birkeland construiu um dispositivo formado por uma câmara a vácuo e uma esfera e provou que os elétrons eletricamente estimulados eram guiados para as regiões polares da esfera. Hoje, cientistas como os holandeses Rob Stammes e Th erese van Nieuwenhoven perscrutam o céu dia e noite para analisar o fenômeno, instalados na pequena vila pesqueira de Laukvik, nas Ilhas Lofoten, localizadas dentro do Círculo Polar Ártico, no norte da Noruega.
Rob e Th erese são responsáveis por um centro de vanguarda de
monitoramento, pesquisa e observação de auroras boreais, o Polar Light
Center. Mesmo a luz do dia, que impossibilita a observação visual do
fenômeno, não é problema para a dupla de pesquisadores, amantes
inveterados da "grande dama da noite" - como diziam os samis, os povos
indígenas na Lapônia, no norte da Escandinávia.
Os cientistas podem verificar se uma aparição ocorre, com ou
sem luz, através de uma parafernália de equipamentos. Mesmo à noite, a
intensidade do fenômeno pode ser baixa ou o tempo pode estar fechado,
mas os instrumentos sempre permitem saber se algo está ou não ocorrendo.
"Viemos da Holanda para Laukvik por conta das particularidades
geográficas e climáticas deste local. Este é um posto de observação
estratégico privilegiado", diz Therese. Para financiar a base, os
pesquisadores oferecem uma modesta estrutura de hospedagem aos viajantes
e aos aficionados nas luzes mágicas. Afinal, a ciência das auroras
boreais ainda tem que avançar.
As Ilhas Lofoten, na Noruega, já oferecem hospedagens para turistas e viajantes
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Didático, Rob explica que "as partículas atômicas deslocam-se
muito mais lentamente do que a luz solar, que se move a 300 mil
km/segundo, levando, todos os dias, oito minutos para alcançar a Terra. O
vento solar precisa de mais tempo: em média, três dias para atingir
nossa atmosfera", diz. Ao se aproximarem da Terra, as partículas colidem
com a atmosfera, se dispersam, são imediatamente atraídas pelo
magnetismo dos polos e "reorganizadas" em forma de anéis em torno das
regiões polares. Com o impacto, é liberada energia luminosa. Processo
semelhante se dá nos antigos tubos de televisão. Rob explica também que,
quando um de seus instrumentos detecta uma explosão solar mais ou menos
alinhada em direção à Terra, ele sabe que em aproximadamente 72 horas
haverá uma aurora boreal.
Analisando a intensidade da explosão solar, ele pode deduzir a
magnitude aproximada da aurora e classificá-la em uma escala de
intensidade de 0 a 9. O efeito luminoso ocorre geralmente em torno de
200 km de altitude, mais comumente na coloração verde, devido à emissão
de átomos de oxigênio nas altas camadas atmosféricas. Quando a
tempestade é mais intensa, camadas mais baixas da atmosfera são
atingidas, em torno de 100 km acima da superfície do planeta, produzindo
a tonalidade vermelho-escura pela emissão de átomos de nitrogênio.
Quanto mais intensa a erupção solar, maior a ejeção de
partículas, mais potente é o vento solar e maior magnitude tem a aurora
boreal. E, quanto maior sua magnitude, mais o anel formado em torno das
regiões polares se alarga - nessas circunstâncias, a aurora pode ser
vista de latitudes mais baixas. Há poucos meses ela foi observada de
lugares incomuns, na Alemanha, Bélgica, Dinamarca e norte dos Estados
Unidos, em uma das maiores erupções solares dos últimos seis anos. Em
1956, uma aurora boreal teria sido supostamente avistada no Egito.
Luzes humanas
Nas manifestações mais intensas, as auroras podem causar danos a instrumentos eletrônicos, interferindo em sua precisão e causando possíveis riscos em setores sensíveis, como a navegação aérea e as telecomunicações, através de alteração do movimento de bússolas, da ação de radares e da queima de células solares em satélites artificiais. No entanto, até hoje são raros os danos significativos relatados. A atividade humana também é lamentavelmente capaz de desencadear o fenômeno: um teste atômico denominado Starfish Prime, realizado pelos Estados Unidos em 9 de julho de 1962, que detonou uma bomba nuclear a aproximadamente 400 km de altitude, gerou uma aurora artificial que iluminou durante sete minutos o céu sobre o Oceano Pacífico.
Nas manifestações mais intensas, as auroras podem causar danos a instrumentos eletrônicos, interferindo em sua precisão e causando possíveis riscos em setores sensíveis, como a navegação aérea e as telecomunicações, através de alteração do movimento de bússolas, da ação de radares e da queima de células solares em satélites artificiais. No entanto, até hoje são raros os danos significativos relatados. A atividade humana também é lamentavelmente capaz de desencadear o fenômeno: um teste atômico denominado Starfish Prime, realizado pelos Estados Unidos em 9 de julho de 1962, que detonou uma bomba nuclear a aproximadamente 400 km de altitude, gerou uma aurora artificial que iluminou durante sete minutos o céu sobre o Oceano Pacífico.
A aurora não é exclusividade terrestre, ocorrendo em Vênus,
Marte, Júpiter e Saturno e até mesmo em luas de Júpiter. Apesar de Vênus
ser destituído de campos magnéticos, assim mesmo o fenômeno ocorre, a
partir da ionização de partículas da atmosfera venusiana pelos ventos
solares, que assolam a fervente superfície do planeta a mais de 400
km/h. Em 2004, uma sonda espacial detectou uma aurora boreal em Marte.
Aurora em Hov,
nas Ilhas Lofoten. Prótons e elétrons do vento solar, atraídos pelo
magnetismo dos polos, adquirem luminosidade esverdeada em contato com o
oxigênio da atmosfera.
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Em segundos, as cores da aurora mudam em Gimsoya.
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As auroras de Saturno podem se estender por vários dias, ao contrário das terrestres, que duram um punhado de horas. Júpiter e Saturno são planetas com campos magnéticos muito mais fortes do que os da Terra, o que potencializa o fenômeno. Por meio do telescópio Hubble vêm sendo observadas auroras em ambos os planetas. Algumas luas de Júpiter, especialmente Io, são fontes poderosas de auroras, através de correntes elétricas que transitam pelo campo magnético, geradas pelo mecanismo de dínamo relativo ao movimento contrário entre a rotação do planeta e a translação de suas luas.
Além de ser um palco privilegiado de observação de auroras boreais, o arquipélago de Lofoten é um dos centros mais antigos da pesca de bacalhau, devido à Corrente do Golfo, que nasce no Golfo do México, atravessa o Atlântico como um rio dentro do oceano e se dispersa na costa da Noruega. Suas águas, muito mais quentes do que as do Mar do Norte, deslocam também enormes massas de ar quente, que aquecem toda a região. Essas condições únicas tornam as ilhas o destino migratório milenar do bacalhau do Atlântico.
Lofoten também é um paraíso cênico cuja beleza selvagem encanta navegadores e turistas descolados que se aventuram naquelas paragens. A beleza dos barcos coloridos ancorados nas vilas pesqueiras, a luz quente e oblíqua e os picos pontiagudos dão ao arquipélago uma atmosfera bucólica e marinheira. Grandes picos rochosos em toda parte completam a paisagem grandiosa, às vezes ameaçadora. Uma linha costeira caprichosamente recortada forma incontáveis baías, ilhas, istmos e estreitos, que em conjunto oferecem abrigo para a fixação do homem defronte de um mar por vezes assustador.
Em 1981, um agricultor descobriu cacos de louça enterrados numa ilha. As escavações dos arqueólogos revelaram a maior moradia viking já descoberta, hoje reconstruída e transformada no Museu Lofotr, que mantém vivas algumas tradições da época, como a produção de pães, a forja de espadas e a tecelagem, sempre sob a precária luz amarelada de lamparinas alimentadas por óleo de fígado de bacalhau. Foi com os barcos abarrotados de bacalhau seco que os guerreiros vikings, exímios negociantes e (hoje se sabe) hábeis fazendeiros, se lançaram em grandes conquistas, cortando mares desconhecidos, sob um céu onde bruxuleavam luzes misteriosas.
Revista Planeta
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Fibras ajudam a emagrecer
Novos estudos provam que o consumo de alimentos ricos em fibras auxilia e muito quem precisa emagrecer além de fortalecer o sistema imunológico. Paula Desgualdo
Elas
estão ocultas na consistência crocante de uma cenoura e no sabor
levemente adocicado de uma maçã. Na soja e na lentilha, aparecem aos
montes. E ainda emprestam suas qualidades ao arroz integral, à aveia, à
linhaça e às folhas. Diferentemente de micronutrientes como a vitamina
C, que dá aos alimentos um toque cítrico, as fibras não alteram o sabor
da comida — interferem muito mais na textura.
Você certamente já ouviu falar dos seus benefícios, especialmente para o bom funcionamento do intestino. Agora a ciência acaba de revelar outro megafavor que as fibras prestam à nossa saúde: ajudam a esvaziar pneus do abdômen. "Quanto maior o consumo de fibras, menor o acúmulo de gordura visceral, que fica entre o intestino e outros órgãos abdominais", garante Jaimie Davis, professora do Departamento de Medicina Preventiva na Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos. A constatação vem de um estudo que ela acaba de apresentar na China, no I Congresso Internacional de Obesidade Abdominal.
Já Huaidong Du, cientista do Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente, na Holanda, fez outro trabalho que confirma a relação entre as fibras e a circunferência abdominal. "Consumir mais de 10 gramas por dia durante um ano reduz um pouco menos de 1 centímetro de barriga", conta. Essas são duas novíssimas evidências do elo entre o consumo de fibras e a eliminação do tecido adiposo — tanto aquele escondido entre os órgãos como o que impede que o botão da calça se feche. Para desvendar o complexo mecanismo por trás da redução da barriga, no entanto, é preciso entender todas as benfeitorias que elas realizam corpo adentro. A partir de agora, você abocanhará uma cenoura ou uma maçã com muito mais satisfação.
Acompanhe o raciocínio da nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg, do Hospital das Clínicas de São Paulo: "Pessoas que consomem mais alimentos ricos em fibras tendem a ingerir menos gorduras e calorias, o que leva a um controle do peso e, consequentemente, à redução da circunferência abdominal". Mas a explicação — que provavelmente você já ouviu antes — não é a única para justificar o fato de elas murcharem os pneus.
"As fibras formam uma goma em contato com água e tornam a digestão mais lenta, fazendo com que o açúcar seja absorvido de maneira gradual", acrescenta a nutricionista Giane Sprada Mira, da Universidade Federal do Paraná, entregando uma chave importante para o enigma. E por que isso é bom? Ora, se não fosse assim, o organismo produziria mais insulina, o hormônio que coloca a glicose dentro das células. E, em excesso, ele favorece o estoque de gordura na região do abdômen — sem falar que libera o caminho para que o diabete se instale.
Da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, vem a prova de que a versão solúvel é capaz, também, de melhorar o sistema imunológico. "As fibras solúveis transformam células de defesa pró-inflamatórias em anti-inflamatórias", detalha Gregory Freund, professor de patologia da instituição. Há quem atribua essa ação a um tipo específico delas, as chamadas de prebióticas — como a inulina e os fruto-oligossacarídeos. "Elas estimulam o crescimento de bactérias benéficas na flora intestinal e bloqueiam a atividade dos micro-organismos danosos", afirma Eline Soriano, da Associação Brasileira de Nutrologia.
Você certamente já ouviu falar dos seus benefícios, especialmente para o bom funcionamento do intestino. Agora a ciência acaba de revelar outro megafavor que as fibras prestam à nossa saúde: ajudam a esvaziar pneus do abdômen. "Quanto maior o consumo de fibras, menor o acúmulo de gordura visceral, que fica entre o intestino e outros órgãos abdominais", garante Jaimie Davis, professora do Departamento de Medicina Preventiva na Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos. A constatação vem de um estudo que ela acaba de apresentar na China, no I Congresso Internacional de Obesidade Abdominal.
Já Huaidong Du, cientista do Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente, na Holanda, fez outro trabalho que confirma a relação entre as fibras e a circunferência abdominal. "Consumir mais de 10 gramas por dia durante um ano reduz um pouco menos de 1 centímetro de barriga", conta. Essas são duas novíssimas evidências do elo entre o consumo de fibras e a eliminação do tecido adiposo — tanto aquele escondido entre os órgãos como o que impede que o botão da calça se feche. Para desvendar o complexo mecanismo por trás da redução da barriga, no entanto, é preciso entender todas as benfeitorias que elas realizam corpo adentro. A partir de agora, você abocanhará uma cenoura ou uma maçã com muito mais satisfação.
Acompanhe o raciocínio da nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg, do Hospital das Clínicas de São Paulo: "Pessoas que consomem mais alimentos ricos em fibras tendem a ingerir menos gorduras e calorias, o que leva a um controle do peso e, consequentemente, à redução da circunferência abdominal". Mas a explicação — que provavelmente você já ouviu antes — não é a única para justificar o fato de elas murcharem os pneus.
"As fibras formam uma goma em contato com água e tornam a digestão mais lenta, fazendo com que o açúcar seja absorvido de maneira gradual", acrescenta a nutricionista Giane Sprada Mira, da Universidade Federal do Paraná, entregando uma chave importante para o enigma. E por que isso é bom? Ora, se não fosse assim, o organismo produziria mais insulina, o hormônio que coloca a glicose dentro das células. E, em excesso, ele favorece o estoque de gordura na região do abdômen — sem falar que libera o caminho para que o diabete se instale.
Da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, vem a prova de que a versão solúvel é capaz, também, de melhorar o sistema imunológico. "As fibras solúveis transformam células de defesa pró-inflamatórias em anti-inflamatórias", detalha Gregory Freund, professor de patologia da instituição. Há quem atribua essa ação a um tipo específico delas, as chamadas de prebióticas — como a inulina e os fruto-oligossacarídeos. "Elas estimulam o crescimento de bactérias benéficas na flora intestinal e bloqueiam a atividade dos micro-organismos danosos", afirma Eline Soriano, da Associação Brasileira de Nutrologia.
Segundo
a especialista, o produto da fermentação das prebióticas no intestino
está relacionado ainda à produção de natural killers, as células que
estão na vanguarda do batalhão de defesa do organismo. Ah, sim, para
aproveitá-las, invista na banana, na alcachofra, na cevada, no alho, na
cebola e no centeio.
Outra enorme vantagem das fibras solúveis, de maneira geral, é a sua atração pelas moléculas de colesterol. "A betaglucana, cuja principal fonte é a aveia, se liga a essas gorduras dentro do intestino e inibe sua absorção", diz Mariana Del Bosco, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Então, junto com os sais biliares, colesterol e fibras solúveis, unidos, acabam eliminados nas fezes. Isso obriga o fígado a usar mais moléculas de colesterol para produzir a bile, mantendo-as afastadas da corrente sanguínea. O resultado é um corpo mais protegido das doenças cardiovasculares, como infartos e derrames. Antes de se perguntar onde estão escondidas essas substâncias poderosas, saiba que o bom e velho feijão é uma excelente fonte — servido com arroz integral, então, só faz potencializar o consumo diário de fibras totais.
Se por um lado o altruísmo das fibras é duradouro, não podemos dizer o mesmo desses compostos em si. A passagem delas pelo organismo tem período restrito. "Por definição, trata-se da parte comestível das plantas ou carboidratos que são resistentes à digestão e à absorção no intestino delgado", resume Mariana Del Bosco. Quer dizer: elas entram, cumprem o seu papel e vão embora, sem mergulhar na circulação como vitaminas e minerais. Por isso mesmo, embora presentes nos alimentos, o correto seria nem sequer classificá-las como nutrientes.
Recentemente, pesquisadores descobriram que essa passagem fugaz pelo corpo rende bons frutos inclusive aos pulmões e ao estômago — comer fibras ajudaria a afastar a doença pulmonar obstrutiva crônica e a gastrite. E mesmo na hora do adeus elas continuam agindo em seu favor. "Além de aumentar o bolo fecal, melhorando o funcionamento do intestino, as fibras varrem as toxinas acumuladas nesse órgão que, se ficassem muito tempo em contato com suas paredes, facilitariam o desenvolvimento de tumores", afirma a nutricionista Daniela Jobst, em São Paulo.
Seguir os preceitos da boa saúde, investindo em porções de frutas, verduras e legumes todos os dias, é o melhor caminho para atingir a recomendação diária de fibras, de 25 gramas — hoje há quem defenda um valor de até 35 gramas! Como nem todo mundo consegue alcançar essa cota, vale apostar nos alimentos que levam doses extras da substância, como pães e massas integrais e iogurtes suplementados de fibras solúveis ou com cereais.
Note que, para que qualquer item seja considerado fonte de fibras, ele deve ter, no mínimo, 3 gramas desse ingrediente por 100 gramas de alimento. "Os produtos industrializados ricos em fibras são um complemento a dietas pobres em fibras dos vegetais propriamente ditos", comenta Eline Soriano. "Mas é importante lembrar que, muitas vezes, eles são enriquecidos com um único ingrediente e deixam a desejar em relação ao resto", pondera. Em sua forma natural — ou seja, nas frutas, nos cereais e nas hortaliças —, as fibras sempre vêm bem acompanhadas de uma série de substâncias fundamentais para uma saúde equilibrada.
Os especialistas insistem que uma dieta adequada e a prática de atividade física, aliás, são parte essencial tanto do processo de emagrecimento como da busca por qualidade de vida. Uma coisa, porém, é certa: as fibras podem não ser uma solução única para os seus problemas — nada, afinal, é —, mas as suas fontes são, também, as melhores escolhas para um cardápio saudável.
Outra enorme vantagem das fibras solúveis, de maneira geral, é a sua atração pelas moléculas de colesterol. "A betaglucana, cuja principal fonte é a aveia, se liga a essas gorduras dentro do intestino e inibe sua absorção", diz Mariana Del Bosco, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Então, junto com os sais biliares, colesterol e fibras solúveis, unidos, acabam eliminados nas fezes. Isso obriga o fígado a usar mais moléculas de colesterol para produzir a bile, mantendo-as afastadas da corrente sanguínea. O resultado é um corpo mais protegido das doenças cardiovasculares, como infartos e derrames. Antes de se perguntar onde estão escondidas essas substâncias poderosas, saiba que o bom e velho feijão é uma excelente fonte — servido com arroz integral, então, só faz potencializar o consumo diário de fibras totais.
Se por um lado o altruísmo das fibras é duradouro, não podemos dizer o mesmo desses compostos em si. A passagem delas pelo organismo tem período restrito. "Por definição, trata-se da parte comestível das plantas ou carboidratos que são resistentes à digestão e à absorção no intestino delgado", resume Mariana Del Bosco. Quer dizer: elas entram, cumprem o seu papel e vão embora, sem mergulhar na circulação como vitaminas e minerais. Por isso mesmo, embora presentes nos alimentos, o correto seria nem sequer classificá-las como nutrientes.
Recentemente, pesquisadores descobriram que essa passagem fugaz pelo corpo rende bons frutos inclusive aos pulmões e ao estômago — comer fibras ajudaria a afastar a doença pulmonar obstrutiva crônica e a gastrite. E mesmo na hora do adeus elas continuam agindo em seu favor. "Além de aumentar o bolo fecal, melhorando o funcionamento do intestino, as fibras varrem as toxinas acumuladas nesse órgão que, se ficassem muito tempo em contato com suas paredes, facilitariam o desenvolvimento de tumores", afirma a nutricionista Daniela Jobst, em São Paulo.
Seguir os preceitos da boa saúde, investindo em porções de frutas, verduras e legumes todos os dias, é o melhor caminho para atingir a recomendação diária de fibras, de 25 gramas — hoje há quem defenda um valor de até 35 gramas! Como nem todo mundo consegue alcançar essa cota, vale apostar nos alimentos que levam doses extras da substância, como pães e massas integrais e iogurtes suplementados de fibras solúveis ou com cereais.
Note que, para que qualquer item seja considerado fonte de fibras, ele deve ter, no mínimo, 3 gramas desse ingrediente por 100 gramas de alimento. "Os produtos industrializados ricos em fibras são um complemento a dietas pobres em fibras dos vegetais propriamente ditos", comenta Eline Soriano. "Mas é importante lembrar que, muitas vezes, eles são enriquecidos com um único ingrediente e deixam a desejar em relação ao resto", pondera. Em sua forma natural — ou seja, nas frutas, nos cereais e nas hortaliças —, as fibras sempre vêm bem acompanhadas de uma série de substâncias fundamentais para uma saúde equilibrada.
Os especialistas insistem que uma dieta adequada e a prática de atividade física, aliás, são parte essencial tanto do processo de emagrecimento como da busca por qualidade de vida. Uma coisa, porém, é certa: as fibras podem não ser uma solução única para os seus problemas — nada, afinal, é —, mas as suas fontes são, também, as melhores escolhas para um cardápio saudável.
Revista Saúde vital
quarta-feira, 2 de maio de 2012
PRESERVE OS SEUS TELÓMEROS E ABRANDE O ENVELHECIMENTO
Os
telómeros são as estruturas que estão implantadas nos terminais dos
cromossomas. Quanto mais curtos forem os cromossomas mais aumenta o
risco de envelhecimento acelerado e de doenças crónicas como o cancro e
as doenças cardiovasculares. Há 8 conselhos para preservar os telómeros.
Os telómeros
são as estruturais terminais nos cromossomas que se encurtam cada vez
que estes se dividem, até ao ponto em que já não é possível haver mais
divisão celular (limite de Hayflick) ou seja, não há lugar a mais
rejuvenescimento. Não podemos modificar a idade mas podemos e devemos
agir sobre os factores que contribuem para preservar o comprimento dos
telómeros.
Permaneça magra
As
pessoas obesas têm telómeros mais curtos que as magras. Mas há
esperança pois os obesos que perdem peso vêm os telómeros alongar-se;
quanto mais massa gorda se perde maior é o alongamento dos telómeros.
Exercício físico
Um
estudo com 2401 participantes demonstrou quanto mais exercício físico
as pessoas praticam, mais se alongam os seus telómeros. Isto vem mostrar
o interesse da actividade física regular para prevenir o
envelhecimento.
Diminuir o stress oxidativo e a inflamação silenciosa
O
stress oxidativo está relacionado com as agressões por radicais livres
de oxigénio às membranas celulares e aos organelos das células. Estes
radicais são exacerbados pelo fumo, sol, poluição, álcool, abuso de
medicamentos, exposição aos pesticidas e a metais pesados. O stress
oxidativo acompanha-se sempre de inflamação ! As pessoas com maior
stress oxidativo e inflamação são as que têm os telómeros mais curtos.
De notar que as substâncias naturais como o açafrão, as vitaminas C e E,
o selénio e o zinco diminuem estas reacções aumentando o comprimento
dos telómeros.
Vitamina D
Segundo
um estudo em 2160 mulheres entre os 18 e os 79 anos, as que tinham os
níveis mais elevados de vitamina D eram as que tinham os telómeros mais
longos, equivalendo a menos 5 anos de envelhecimento celular.
Folatos (vitamina B9)
Os
folatos (vitamina B9) fornecem substâncias apelidadas de grupos metilo
os quais servem de percursores às bases azotadas que entram na
composição do ADN e dos telómeros. Um estudo acaba de demonstrar que as
pessoas com taxas elevadas de folatos têm telómeros mais longos.
Encontramos esta vitamina nos espinafres, na couve, e nos espargos entre
outros.
Suplementação com multivitaminas
Segundo
um estudo publicado em Junho 2009 com 586 mulheres entre os 35 e 74
anos, as que consumiam mais vitaminas tinham em média mais 5.1% de
comprimento nos telómeros.
Reencontre o equilibrio
O
comprimento dos telómeros tem sido associado, em diversos estudos, ao
stress crónico e à depressão. Segundo a laureada Dr.ª Elizabeth
Blackburn, certas formas de meditação podem evitar os efeitos do stress e
controlar os níveis de cortisol e insulina. Vida Sã
Finalmente,
um estilo de vida sã, que compreenda um regime rico em legumes e
frutos, uma actividade física regular, a prática de relaxamento, ioga ou
meditação está associado a maiores telómeros, em todos os estudos.
publicado por Anti-Envelhecimento
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Cátaros, a morte em nome de Deus
Cátaros, a morte em nome de Deus
Há oito séculos, a guerra contra a heresia dos cristãos cátaros abalou o sul da França. Os ecos das suas ideias ainda podem ser ouvidos nos dias de hoje.
Por Luis Pelegrini Fotos: Lamberto Scipioni, do Languedoc-Roussilon, França
Muralhas do centro histórico de Carcassone, considerada uma das mais belas cidades medievais em todo o mundo. Estas muralhas abrigaram uma das principais comunidades cátaras durante os séculos 12 e 13. |
O catarismo - uma das mais importantes heresias que sacudiram o mundo cristão na Idade Média - encontrou na decadência institucional da Igreja Católica terreno fértil para germinar e crescer. Há 800 anos, no início do século 13, o papa Inocêncio III lamentava a situação do seu pontificado: as igrejas estavam desertas, a crise de vocações reduzia o número de sacerdotes, os fiéis mostravam desconfiança e pouco interesse pelas sagradas escrituras e pelas questões da Santa Madre Igreja. O clero estava entregue ao luxo, à corrupção política, ao tráfico de influências e, em muitos casos, à luxúria e à devassidão.
A coisa vinha de longe, desde quando, havia 3 ou 4 séculos, no seio da Igreja, o poder espiritual começou a se confundir com o temporal e muitos papas e altos prelados passaram a ser escolhidos não mais por sua vocação e virtudes, e sim por pertencerem a famílias da nobreza detentora do poder. Poucas décadas antes, o papa Bento IX (1032-1048) herdara o título por ser sobrinho do papa João XIX. Acusado de estupros e assassinatos, ele foi descrito por São Pedro Damião como "um banquete de imoralidade, um demônio do inferno sob o disfarce de um padre" que organizava orgias patrocinadas pela igreja. Em seu último ato de corrupção como papa, Bento IX decidiu que queria se casar e vendeu seu título para seu padrinho por 680 quilos de ouro.
Inocêncio III, por seu lado, tentou moralizar a Igreja. Em 30 de maio de 1203, ele escreveu ao escandaloso arcebispo de Narbonne, no sul da França, uma carta contundente na qual afirmava sem meias palavras que o seu estilo de vida o tornava maldito aos olhos de Deus. O alto prelado, titular de uma das arquidioceses mais ricas e vastas da França, tinha abandonado quase completamente o ofício de padre para viver na esplêndida abadia de Montearagón, onde habitava com a viúva de seu irmão, com quem tinha tido dois filhos. Tudo isso de forma escancarada, diante de todos, sem se preocupar com o escândalo. Embora, naqueles tempos, os critérios que definiam um escândalo eclesiástico fossem bem outros. De fato, boa parte do alto clero na época vivia assim, à exceção de uns poucos bispos e abades que, obstinadamente, mantinham a fé nos votos proferidos.
As notícias sobre os desmandos da Igreja corriam por toda parte, enquanto, ao mesmo tempo, em vários lugares da Europa, pipocavam movimentos heréticos. Eram quase sempre caracterizados por interpretações esdrúxulas e divergentes dos evangelhos e capitaneados por líderes carismáticos e milagreiros, que se mostravam abertamente contrários à autoridade papal.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Tratamentos Naturais O sene é um fitoterápico formulado à base de extrato padronizado de sene (Cássia angustifólia), e contém glicosídeos hidroxiantracênicos em sua composição. É reconhecido por suas propriedades terapêuticas laxativas e atua nos casos de constipação intestinal ocasional. TRIBULUS TERRESTRES É uma erva natural que estima o aumento da produção do hormônio (LH) que é responsável pela produção de testosterona no corpo. Este aumento natural de testosterona proporcionará um significativo ganho de força e massa muscular magra juntamente com a perda da gordura corporal e o aumento do libído e desempenho sexual. UNHA DE GATO Possui ação restauradora em atividades inflamatórias, principalmente nos casos de artrite, reumatismo, amidalite, rinite e sinusite. Auxilia nos casos de desequilíbrio orgânicos que provocam a redução da capacidade de defesa do organismo contra gripes, resfriados e alergias em geral. VALERIANA Tratamento de neuroses, histerias, angústia, dores de estômago de origem nervosa, epilepsia. Tem efeito sedativo, podendo ser usado contra desequilíbrio nervoso e depressão. Sedativo e anti-espasmódico. Indicado nos casos de angústia, depressão e distúrbio do sono. VIGOR MAX O Vigor Max tem componentes escolhidos que estimulam o sistema nervoso e diminuem o estresse físico e a fadiga menta, ou seja, têm a função de reanimarem o organismo debilitado ou apenas o cansaço. Aumenta a energia e a vitalidade, revigora o desempenho físico e mental, mantém um bom equilíbrio orgânico, além de ser um excelente complemento nutricional. Sua principal função é de resgata a sensação de vigor e ânimo, comprovadamente perceptíveis com o seu uso. VIGOR PLUS Tem componentes escolhidos, e com função de estimularem o sistema nervoso e diminuírem o stress físico e fadiga mental, que são conseqüências de quando o organismo está debilitado ou apenas com cansaço. Aumenta a energia e vitalidade, melhora o desempenho físico e mental, mantém um bom equilíbrio orgânico, repõe as energias do corpo esgotado e é excelente complemento nutricional. Sua função será de resgata a sensação de vigor e ânimo comprovadamente perceptíveis com seu uso. VINAGRE DE MAÇÃ É um produto natural que apresenta em sua composição, além de um vinagre de Maçã de boa procedência e excelente qualidade, uma formulação balanceada com glucomannam, fucus vesiculosus, fibra de beterraba, fibra de aveia e cenoura pó que, auxiliam a manutenção da saúde, melhorando a qualidade de vida. Um dos elementos que confere ao vinagre de Maçã, que, entre outras funções, entra no chamado “Ciclo de Krebs”, um conjunto de reações bioquímicas responsável pela produção de energia no interior das células. O Vinagre de maçã, em sua apresentação encapsulada, é dotado de muitos elementos nutricionais, como, vitaminas, aminoácidos essências e oligoelementos. Tanto o Vinagre de maçã como outros componentes da formulação, contém fibras, mas possui baixo teor de gorduras, sal e açúcares. Este produto também pode ser um bom auxiliar no controle e diminuição do peso. HIPÉRICO (Curcuma zedoária) Possui ação tônica estimulante excelente no tratamento do mau hálito de origem gástrica. Ativa e promove a desintoxicação do organismo. ACEROLA (Malpighia glabra) Tem um alto grau de Vitamina C, a qual é muito importante nas funções de aumentar a resistência do organismo contra infecções, atenuar os efeitos do stress e pela sua ação antioxidante, é usada por seqüestrar os radicais livres prevenindo contra o envelhecimento. AGAR-AGAR Auxilia nos tratamentos em casos de prisão de ventre, queda de cabelos, unhas fracas e quebradiças, rugas prematuras. Usado nos casos de obesidade, atenua a flacidez da pele enrijecendo os tecidos. ALCACHOFRA (Cynara Scolymus) Contribui para alivio da má digestão. Possui comprovada função terapêutica, sendo inclusive, componente de diversos medicamentos. Pura e obtida naturalmente, inclui entre suas substancias ativas, aquelas que te efeito sobre as afecções hepatobiliares, diminuindo o colesterol, aliviando os males gástricos renais. Coadjuvante nos regimes de emagrecimento. Atenção: não deve ser administrada em mães na fase de amamentação, pois diminui a secreção e coagula o leite. Em caso de Hipersensibilidade o produto descontinuar o uso. BERINJELA (Solanum melongena) É uma planta cultivada em zona tropical que está sendo ainda bastante estudada quanto aos seus efeitos terapêuticos. Mas em relação à sua composição revelou ter proteínas, vitaminas e sais minerais que apresentam consideráveis propriedades como dissipadora do fluxo sanguíneo. Alivia dores, é desintoxicante, diminui inchaços, estanca hemorragias e auxilia a ação diurética. Em estudos sobre colesterol, demonstrou sua ação através da redução do LDL oxidado (reduzido em 29% após 15 dias). BERINJELA COMPOSTA (Cynara Scolymus, Solanum Melongena) Apresenta em sua composição a Alcachofra e berinjela que possuem comprovada função terapêutica, reduzindo o colesterol, utilizado como coadjuvante em dietas de emagrecimento, auxilia na ação diurética. CHAPÉU DE COURO (Echinodoros Macrophyllus) Famoso diurético com diversas propriedades medicinais, através dos sais minerais, iodo e grande porcentagem de taninos em suas folhas. Eficiente nos quadros reumáticos, em doenças renais e urinárias, também regula o intestino na prisão de ventre. CAROTENO (Daucus carota, Beta vulgaris, Bixxa orellana) Dietas ricas em caroteno possuem esse pigmento que fica armazenado nos melanócitos e posteriormente, são distribuídos por todo o tecido epitelial, dando à pele uma coloração natural quando houver exposição ao sol; proporcionando um bronzeamento bonito saudável duradouro. É indicado também na anemia, acne e outras moléstias da pele. COMPOSTO CIRCULATÓRIO Melhora a função sanguínea auditiva. Coadjuvante nos tratamentos de varizes e hemorróidas, ação vasos constritora, aumenta a resistência dos vasos capilares e reduz inflamações, diminuindo o desconforto e a dor, inclusive nas febrites. CARQUEJA (Baccharis triptera) É indicado como uma das mais eficientes purificadoras do aparelho digestivo, originaria da América do Sul, é composta de resinas, matérias pépticas e óleos essenciais (principalmente o carquejo). Seus princípios ativos têm ação sobre gastrites, azia, cálculos biliares, prisão de ventre, sendo também um diurético. Atenção: não se aconselha o uso em gestantes e lactantes. Em caso de Hipersensibilidade ao produto, descontinuar o uso. CASCARA SAGRADA (Rhamnus purshiana) Seu principal uso é no mau funcionamento intestinal, pois exerce ação laxativa e restabelece o tônus natural, aumentando os movimentos peristálticos do intestino. Atenção: é contra-indicado na gestação, pois pode provocar abordo, e também na lactação, pois seus princípios ativos passam para o leite materno, podendo causar cólicas ao bebê. CASTANHA DA ÍNDIA (Aesculus hippocastanum) Um poderoso agente contra diversos males decorrentes da má circulação sanguínea, a Castanha da Índia é um produto que apresenta grande resultados como coadjuvante nos tratamentos de varizes e hemorróidas, ação vasos constritora, aumenta a resistência dos vasos capilares e reduz inflamações, diminuindo, consequentemente, o desconforto e a dor, inclusive flebites. Atenção, seu uso é contra indicado em crianças. CATUABA (Anemopaegma Mirandum) Conhecido por suas propriedades afrodisíacas, possui, uma ação terapêutica muito ampla. É indicado como coadjuvante nos tratamentos do sono agitado, distúrbios emocionais, impotência sexual, dificuldade de raciocínio e concentração (memória). Atenção: seu uso é contra indicado em crianças e gestantes. QUEBRA PEDRA (Phyllantus niruri) Diurético. Propicia dissolução dos cálculos renais, impedindo a contração do ureter e promovendo a sua desobstrução. Auxilia ainda, nos tratamentos de nefrites e cistites. SPIRULINA (SPIRULINA maxima) Complemento dietético, fonte natural de proteínas e vitaminas. Seus efeitos mais conhecidos são o tratamento de anemias e o combate ao estresse. Pode ser especialmente usado por gestantes, diabéticos, lactantes e no pré-operatório. Restaura o sistema nervoso no alivio das intoxicações, além de retardar o envelhecimento. Usado em regimes alimentares sem causar qualquer dano ao organismo. CARVÃO VEGETAL Atua como absorvente natural. Auxilia na redução e eliminação de gases produzidos pela fermentação intestinal de toxinas do organismo. Combate as dores no aparelho digestivo e no estômago, aftas, mau hálitos e diarréia. Considerado útil nos tratamentos de intoxicação alimenta, pela rapidez de sua ação. CENTELHA ASIÁTICA (hydrocotyle asiática) É usada à século no Oriente e na África, nas curas de distúrbios da pele como aczemas, hematomas, fissuras (rachaduras), manchas tipo hematomas, varizes e celulite. A celulite é causada por uma disfunção no metabolismo por má circulação local, que ocasiona, por conseqüência, retenção de água e gordura nos tecidos. A Centella Asiática age regularizando a produção de colágeno, ajudando a liberar gordura localizada normalizando a limpeza e a aparência dos tecidos. Atenção, em casos de hipersensibilidade, recomenda-se descontinuar o uso. Evitar o uso de produtos contendo Centella Asiática em crianças. CHÁ VERDE EM CÁPSULAS O Chá Verde é uma pequena árvore de muitos ramos, medindo até 15 metros de altura. Foi introduzida no Brasil em 1812, trazido da Ilha - de – França por Luis de Abreu. Esta planta da família das Theaceae, é originária da Ásia continental e Indonésia e cultivada na Índia e China entre outros grandes produtores . Vem sendo utilizada há milhares de anos pelos habitantes do Oriente em cerimônias e nas refeições diárias. Nos últimos 30 anos, muitos trabalhos têm sido publicados, confirmando a atividade farmacológica já conhecida há séculos pela população oriental. Foi demonstrado que esta planta é rica em polifenóis, flavonóides, ácidos fenocarboxílicos, taninos catéquicos; bases púricas, principalmente a cafeína e a teobromina, vitamina do complexo B e C, proteína , sais minerais eglicídeos. Aparte da planta utilizada na fabricação de nosso composto é a folha. CLOROFILA Com mais de 100 nutrientes, a Clorofila é considerada o alimento do futuro. Extraída da grama de trigo ou alfafa, proporciona inúmeros benefícios à saúde e ao equilíbrio do corpo humano. Entre várias outras propriedades, a Clorofila é um poderoso antioxidante combatendo o envelhecimento, um desintoxicante natural ao organismo e um importante aliado ao combate de doenças graves através do aumento da oxigenação celular. COLÁGENO Suplemento alimentar rico em colágeno, é obtido por hidrólise total do colágeno de certos animais, ele está presente nos tendões, vasos sanguíneos, e fibras da pele. Por isso é usado para aumentar a tonicidade dos tecidos, ajuda na boa formação de ossos e cartilagens. COMPOSTO ENERGÉTICO Tem componentes escolhidos, com função de estimularem o sistema nervoso e diminuírem o estresse físico e fadiga mental, que são conseqüências de quando o organismo está debilitado ou apenas com cansaço. Sua função será de regatar a sensação de vigor e ânimo comprovadamente perceptíveis com seu uso. COMPOSTO VEGETAL É um composto preparado para combater a obesidade causada por uma alimentação excessiva e desequilibrada, formada por extratos de ervas 100% naturais, que são: Alcachofra, Centella Asiática, Carqueja, Fucus, Cavalinhas, Chapéu de Couro e Cáscara Sagrada. Cada erva vai atuar de uma maneira, ajudando no funcionamento do fígado, estomago, intestino e, com uma alimentação equilibrada, os resultados serão claros, sem prejudicar a saúde. Atenção: Apenas para usos adultos. DOLOMITA O uso da Dolomita auxilia na prevenção e redução de osteoporose, contração muscular involuntária, diminuição da elasticidade muscular, cólicas menstruais, câimbras, insônia, irregularidades em atividades enzimáticas, dificuldades na recuperação de fraturas, aumento da pressão arterial. EQUINACEA (Equinacea purpúrea e angustifólia) A Equinacea foi utilizada durante séculos pelos índios da América do Norte, com a intenção de curar feridas. A ação da equinacea se manifesta por estimulação inespecífica das reações defensivas e por aumento de resistência orgânica às agressões microbiológicas. Possui também a propriedade de tornar os microorganismos mais sensíveis ao efeito dos antibióticos. Esta planta é usada na prevenção da maioria das doenças infecciosas, pois possui ação bacteriostática direta. Sua principal indicação é nos casos de gripes e resfriados, doenças infecciosas generalizadas (virais e bacterianas), alergias e nas imunodeficiências moderadas. Atenção: seu uso não é recomendado nos primeiros meses de gravidez e, em casos de hipersensibilidade, descontinuar o uso. ESPINHEIRA SANTA (Maytenus ilicifolia) Atua sobre os males gastrintestinais, possui ação analgésica nas dores, estomacal com um grande poder cicatrizante nos ferimentos gástricos e pela ação anti-séptica paralisa rapidamente as fermentações gastrintestinais. Corrige o funcionamento geral dos intestinos, tem ação diurética, além de auxiliar nos estados anêmicos. Atenção: não deve ser administrada a crianças e nutrizes. Em mulheres que amamentam, pode haver redução da decreção láctea. É contra indicada na gestação e em caso de hipersensibilidade ao produto, descontinuar o uso. FARINHA DE MARACUJÁ (passiflora ssp) A farinha de Maracujá é extraída da casca do maracujá (100% natural). Ela é rica em pectina, uma fibra solúvel que em contato com o organismo, se transforma em gel que irá dificultar a absorção de carboidratos e glicose. FIBRA DE MARACUJÁ Produzida a partir da casca de maracujá, (também conhecida como farinha de maracujá), este produto é 100% natural e foi desenvolvido pelo departamento de nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudos clínicos demonstram os grande benefícios das fibras no controle do diabetes e do colesterol, no aumento da saciedade devido ao maior tempo de esvaziamento gástrico, contribuindo para a perda de peso em indivíduos obesos. Importante este produto não é remédio e sim um alimento 100% natural que auxilia no controle das taxas de glicemia. Produto rico em pectina (fibra solúvel) que forma um gel, dificultando a absorção de carboidratos de uma maneira geral, inclusive de glicose. FUCUS Fucus é um complemento usado em casos de hipotireoidismo, obesidade, úlcera gastroduodenal e diarréia. GARRA D DIABO Utilizado como antiinflamatório natural, principalmente no auxílio de tratamento de doenças reumáticas. Propicia a redução de dores nas articulações (artroses, artrite, reumatismo e gosta). GARCINIA (Garcini cambogia) É obtido do fruto de uma planta muito comum no Sul da Ásia. A principal substância responsável por propriedades é o Ácido Hidroxicítrico. Atua de uma maneira um tanto complexa, reduzindo a formação de gorduras e acelerando a eliminação do seu excesso no organismo. Conjuntamente, diminui a sensação de desejo de comer doces por outro mecanismo. Auxilia no regimes de emagrecimento. GELATINA De origem animal, possui estimável valor alimentar. É indispensável como complementos nos regimes, pois nutre sem engordar e apresenta grande quantidade de proteínas. Fortifica a pele, as unhas e cabelos e todos os tecidos que recobrem outros órgãos. GINKGO BILOBA (Ginkgo biloba) A árvore Ginkgo Biloba pode chegar a 30m de altura. Faz parte do milenar arsenal terapêutico chinês. No Ocidente, começou a ser estudada há cerca de 15 anos. É Considerada a “Árvore da Vida Eterna”, pois foi a única que resistiu à bomba de Hiroshima. Sua principal característica é a de melhorar a circulação sanguínea, sendo empregado em tratamento de micro varizes, cansaço nas pernas, enfim, precessos causados pelo abastecimento deficiente de oxigênio e substâncias nutritivas. Utilizada em casos de vertigens, deficiência auditiva, dificuldade de concentração ou perda de memória e labirintite. Utilizado também como preventivo do envelhecimento celular e tratamento estético pela sua ação contra os radicais livres e pela inibição do colágeno. Atenção: uso adulto e apenas dentro da dosagem recomendada. GINSENG (Pfaffia paniculata) Estimula o corpo e a mente, sendo um grande antídoto contra o cansaço e o desânimo acumulados, eliminando a fadiga física e mental, aliviando estados de estresse e depressão. Melhora as funções cerebrais (memória). Auxilia no tratamento de irregularidades circulatórios, anemia e diabetes. Melhora as funções sexuais. Atenção: não é recomendado o uso durante a gestação, lactação e em pessoas hipertensas, sem orientação médica. GLICOERVAS Auxilia no controle e tratamento de diabetes regulando o nível de insulina no plasma sanguíneo, normalizando o nível de glicose no sangue e urina e também depurativas e diuréticas. GRAVIOLA Encontrada na região norte e nordeste do Brasil e em outros países tropicais. A Graviola, uma árvore regular que chega a medir até 10 metro de altura, e casca aromática, tem longa história de uso medicinal indígena, sendo que todas as partes desta extraordinária planta tem sido utilizada: folhas, caule, raiz e fruto. Estudos científicos recentes demonstram que certos constituintes fito químicos presentes na Graviola são responsáveis por uma ação suavemente: sedativa, antidepressiva, relaxante, calmante, hipogliominante. GUARANÁ (Paullina cupana) É de valor energético, proporcionando uma agradável disposição e alegria. É muito consumido como tônico, mas possui certa ação afrodisíaca. Corrige o funcionamento intestinal, desintoxica, melhora as funções cardíacas e estimula o potencial cerebral. Indicado contra o estresse. Atenção: é contra indicado em pacientes portadores de úlcera péptica ativa e hipertensão. Pode provocar irritação gástrica, hipertensão e diarréia, portanto, em pacientes sensíveis à cafeína, ingerir junto com outros alimentos. HIPÉRICO Os componentes químicos do Hipérico estimulam os órgãos digestivos, funcionando como remédio para feridas e úlceras. Possui também ação adstringente e estimulante na circulação sanguínea, e pode ser usado como calmante auxiliar em casos de depressão. O chá de Hipérico contém propriedades a serem empregadas nos casos de insuficiência do fígado, má digestão, gosta, reumatismo, doenças pulmonares, vermes intestinais, diarréias crônicas, insônia e nervosismo. IPÊ ROXO (Tabebuia sp) Tem efeito sobre o sistema respiratório, com sua ação antiinflamatório, analgésica e antineoplástica. Indicada como coadjuvante nos tratamentos de bronquite, infecções em geral, asma, úlceras gástricas e duodenais, arteriosclerose gastrite, eczema, estomatite, pacientes com neoplasias submetidas à radioterapia. Atenção: esse produto não deve ser ingerido durante gestação, pois pode causar aborto ou má formação fetal. Não deve ser utilizado por pessoas com casos de hipersensibilidade ao produto. ISOFLAVONA Isoflavona de soja, fito hormônio utilizado no tratamento dos sintomas ligados ao climatério como: ondas de calor, desânimo, cansaço, alterações de humor, depressão e insônia. Além disso. O uso de Isoflavona, reduz o risco de doenças cardiovasculares e osteoporose, sendo especialmente indicado para pacientes que não podem ou não querem fazer uso da TRH (terapia de reposição hormonal) tradicional. LECITINA É rica em vitaminas, hidratos de carbono, sais minerais e grande quantidade de vitaminas, hidratos de carbono, sais minerais e grande quantidades de vitamina E. Auxilia na prevenção de aterosclerose, e outras gorduras em excesso no sangue. Evita complicações cardíacas e hepáticas, revigorando seus tecidos LEVEDO DE CERVEJA (Saccharomyces cervisae) É um composto rico em proteínas, vitaminas e sais minerais, mantendo todas as características do puro levedo. Útil nas anemias, após o uso de antibióticos sintéticos (para suprir a destruição da flora intestinal). Auxilia nos tratamentos de infecções da pele, como acne, e é utilizada em regimes para pessoas diabéticas. MAÇA (Lepidium meyenil) A Maça é uma planta (raiz) que cresce e se desenvolve nos Andes Peruanos em atitudes elevados e em baixas temperaturas, sobrevivendo em condições totalmente desfavoráveis. Os relatos sobre o uso de Maça remontam à colonização espanhola nos Andes mais especificamente no Peru, quando os espanhóis aprenderam com os Incas as propriedades medicinais das raízes do Maça, objeto de pesquisas cientificas avançadas * Aumenta a energia e vitalidade * Melhora o desempenho físico e mental * Mantém um bom equilíbrio orgânico * Repõe as energias do corpo esgotado * Complemento nutricional. A Maça contêm elementos essenciais ao bom desenvolvimento do organismo, como: vitaminas (tiamina, riboflavina), proteínas, aminoácidos, minerais (Manganês, Zinco, Cobre, Sódio e Fósforo), alcalóides, taninos. MARACUJÁ (Passiflora alata) É um dos melhores calmantes naturais conhecidos. As substâncias ativas são extraídas das folhas do maracujá e são responsáveis pelo efeito sedativo em todos os casos de tensão nervosa e insônia. Promove a redução de pressão sanguínea, acalma a tosse e auxilia no tratamento de infecções intestinais e intoxicações. NONI Noni concentra mais de 150 Nutracêuticos, que atua em nosso organismo prevenindo e proporcionando melhor expressiva em nossa saúde. Nutracêuticos são nutrientes que atuam como agentes medicinais no organismo. Tais pesquisas constataram que Noni apresenta características que auxiliam significantemente a estimulação do sistema imunológico, bem como na regeneração celular. NUTRY ERVAS Nutry ervas é um complemento alimentar elaborado especialmente para população brasileira, pois possui em sua fórmula uma combinação única e exclusiva de ervas medicinal brasileiras. Sua forma e preparo proporciona o máximo de aproveitamento de suas propriedades medicinais. Tratam de forma rápida e eficaz as principais doenças com as quais nós, brasileiros convivemos no nosso dia a dia. Atuam com eficácia os principais problemas de saúde, auxiliar contra insônia, crises de nervosismo, stress, labirintite, vertigens, age rapidamente no sistema gastriotenal no combate ao mau hálito, boca amarga, no combate e prevenção contra úlceras gástricas, gastrite, azia, má digestão, possui propriedades protetoras do fígado, aumenta a secreção biliar, e auxilia na eliminação de cálculos biliares, coadjuvante no tratamento da hepatite e cirrose. É diurético, age nas inflamações dos rins e bexiga, age na eliminação de cálculos renais. Auxilia no combate aos gases intestinais, prisão de ventre, vermes, colite e regula a função intestinal. No sistema circulatório age desintoxicando o sangue, diminuindo, os níveis de triglicérides e colesterol diminuindo assim as chances de ter um problema cardíaco, regulam os níveis de açúcar no sangue controlando a diabete. Auxilia no combate ao reumatismo, artrite, e alivia dores musculares e das juntas. Possui propriedades antioxidantes que previnem contra o envelhecimento precoce, aumenta as defesas do organismo. É um produto natural livre de produtos químicos e dos efeitos colaterais indesejáveis. NUTRY LIGHT A Mistura de cereais é um produto natural à base de fibras, compostas de celulose, de hemicelulose, de mucilagens, de gomas e de pectinas. Essa mistura tem o papel de auxiliar no processo de perda de peso, além de melhorar o trânsito intestinal e atenuar os casos de prisão de ventre. Possui baixo calor teórico, e suas fibras são importantes para o combate à obesidade, assim como na prevenção de doenças cardiovasculares arteriosclerose. NUTRYBEL Digestivo, diurético, calmante, um complemento no tratamento de emagrecimento, queimando as gordurinhas e eliminando líquidos retidos no organismo, inibindo o apetite e proporcionando um bem estar. NUTRYBELA Auxiliam no tratamento do útero e ovários, mucosas, bexigas, vias urinárias, corrimentos, cólicas menstruais e hemorragias. Regulador menstrual, laxativo brando, cicatrizante, diurético, inibidor de gases. Alivia mal estar que ocorrem nos períodos da menopausa. NUTRYCALME É usado como complemento alimentar, auxiliando no relaxamento do sistema nervoso, insônia, depressão, ansiedade, estresse e angia no peito. NUTRYSENG Combate esgotamento físico, mental, recupera a energia vital e por ser um afrodisíaco natural é um coadjuvante no combate a impotência sexual. NUTRITOTAL É um antibiótico e antiinflamatório natural com alto poder de cura, aumentando a capacidade de defesa do organismo combatendo tumores e todas as possíveis infecções do corpo, tais como reumatismo, artrite, artrose, reumatrose, inflamação na coluna, dores musculares e fibromialgias. Um produto que pode ser usado por homens e mulheres tornando-os muito mais saudáveis e por muito tempo. ÓLEO DE ALHO (Allium Sativum) Riquíssimo em sais minerais, vitaminas (17% Vitamina C) e outras substâncias ativas que possuem funções antiinflamatórias e bactericidas. Além da poderosa e conhecida ação contra a pressão alta. E eficaz em afecções respiratórias como bronquites, tosse, asma, rouquidão e gripe. ÓLEO DE CAPAÍBA (Copaifera sp) Age como anti-séptico e cicatrizante, sendo excelente contra infecções urinárias. Além de serem recomendadas contra problemas pulmonares como tosses e bronquites e problemas de pele como anti-séptico em feridas, eczemas, na psoríase e urticária. Atenção: é contra indicado a gestantes e lactantes. Em caso de hipersensibilidade ao produto, descontinuar o uso. ÓLEO DE FÍGADO DE BACALHAU Rico em vitamina D, é muito utilizado como preventivo e curativo do raquitismo. A vitamina D é responsável pelo papel de ajuda na fixação do cálcio nos ossos. Muito utilizado para gestantes e crianças em idade de crescimento. ÓLEO DE GERME DE TRIGO (Trictum sativum) Tendo como principais componentes 80 a 85 % de glicerídeos de ácidos graxos insaturados, uma pró-vitamina A e vitamina E . Desempenha um efeito benéfico nos problemas coronários e na arteriosclerose, prevenindo a aclusão de vasos sanguíneos. Quando associada a vitamina C, a vitamina E produz um aumento da vitalidade dos vasos fortalecendo-os. É indicado como tônico fortificante e revitalizante, e em estado de carência de vitamina E. ÓLEO DE LINHAÇA Óleo de Linhaça tem coloração alaranjada e sabor levemente amargo. Como notável antioxidante e imunoestimulante, previne doenças degenerativas, cardiovasculares e apresenta excelentes resultados no tratamento da tensão pré-menstrual e menopausas, e na redução dos riscos de câncer de mama, próstata e pulmão. O óleo de Linhaça contém Lignana, uma substância responsável pelo restabelecimento do hormônio sexual, estrogênio que cai bruscamente na menopausa. ÓLEO DE PEIXE ÔMEGA 3 O Óleo de Peixe Ômega 3 Nutrivida é, sem dúvida, a melhor fonte de Omega 3 que se pode encontrar e é considerado como o “alimento para o cérebro”. O Fish Oilage, fortalecendo os sistema imunológico e a formação do sangue, além de conter uma impressionante taxa de 18% de EPA e 12% de DHA. Este produto atinge praticamente a mesma composição do tecido cerebral, tornando-se um “óleo da inteligência”. Ele influencia muitas funções do metabolismo, como a redução de inflamações e o aumento da produção hormonal e alivia o estresse do dia-a-dia. O Omega 3, no óleo de peixe, possui um papel importante na manutenção dos hormônios do sangue, chamados de prostaglandins. As altas produções de prostaglandins, série de 3 (Pg3) produzido por Omega 3 de fonte marinha, aumentam suavemente a circulação, e mantém o sistema imunológico no topo de sua superfície. ÓLEO DE PRÍMULA (Oenothera bienis) É um suplemento dietético rico em GLA (Ácido Gamalinolênico), que equilibra as funções hormonais. É indicado nos casos de pessoas hiperativas (inclusive crianças) e para tratar danos causados pelo uso do álcool. Mas tem como principal indicação, o controle da tensão pré-menstrual, tanto os “sintomas físicos”: insônia, dores musculares, seios inchados e doloridos, inchaço das pernas e ganho de peso; quanto os “sintomas emocionais”: irritabilidade, tensão nervosa, depressão, ansiedade, crise de choro e desânimo. PATA DE VACA (Bauhinia sp) Utilizada principalmente como auxiliar no controle e tratamento de diabetes. Atua ainda, como diurético e seus efeitos como depurativo são proveitosos no combate a moléstias causadas pelas impurezas do sangue. PRÓPOLIS EM CAPSULA Com propriedades terapêuticas comprovadas, é antibiótico natural, sem efeitos, contrários dos antibióticos sintéticos. Utilizado por via oral, aumenta a resistência do organismo e estimula a formação dos anticorpos. É amplamente usado no tratamento de úlceras gástricas e duodenais, estomatites, aftas, gengivites, faringite, bronquites, sinusites, queimaduras e inflamações bucais. | ||
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