quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A aspirina pode trazer mais problemas do que benefícios na prevenção de doenças coronárias

Tomar pequenas doses de aspirina como medida preventiva contra doenças do coração pode levar a mais danos do que a benefícios em alguns homens, conforme um estudo publicado esta semana no British Medical Journal.

Pesquisadores do Instituto Wolfson de Medicina Preventiva, em Londres, identificaram mais de 5 mil homens, entre 45 e 69 anos, que estavam sob risco elevado de doença do coração, embora nunca tenham tido qualquer problema análogo previamente.

Os participantes foram distribuídos em quatro grupos diferentes de tratamento para determinar, com exatidão, o efeito da aspirina.

Os autores encontraram maior efeito benéfico da aspirina com relação a doenças do coração, bem como a derrames, em homens com baixa pressão sangüínea do que naqueles com alta pressão. Aqueles com pressão mais elevada podem não usufruir de benefícios protetores da aspirina, mas correrão o risco de sérios sangramentos.

Mesmo em homens com pressão baixa, os benefícios não necessariamente compensam os riscos de sangramento.

Dado o amplo uso de aspirina na prevenção de doenças do coração, tais descobertas têm importantes implicações para a prática clínica, embora mais testes sejam necessários para confirmar os resultados. Todavia, pode-se concluir que o controle da pressão sangüínea é importante para aqueles em que o uso preventivo da aspirina é considerado. Homens que já tiveram anteriormente problemas cardíacos e derrames que estejam tomando aspirina devem continuar a fazê-lo.
Fonte: British Medical Journal,


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